Translate

14 de janeiro de 2019

Metal Singers II – Espaço 555 - São Paulo – 09/12/2018

Foto: Roberio Lima

A segunda edição do Metal Singers, evento que reúne grandes vocalistas da história do Heavy Metal, trouxe a São Paulo quatro importantes personagens de uma história recheada de sucessos e polêmicas. André Matos, Blaze Bayley, Doogie White e Udo Dirkschneider apresentaram no palco do Espaço 555 a ‘nata’ do que já produziram quando estavam à frente de suas respectivas bandas. E vamos concordar que no caso dos nomes supracitados, não precisamos de uma pesquisa minuciosa para saber da importância que cada um representa para a história da música pesada.

A noite já iniciava seu protagonismo, quando alguns senhores e outros mais jovens esperavam em frente ao Espaço 555 para adentrar ao recinto e se deleitar com a enxurrada de clássicos que inevitavelmente seria apresentada aos que saíram de suas casas, em pleno domingo, para ver/ouvir/cantar, clássicos que mantém relevância cada vez mais ascendente. 

Foto: Roberio Lima

A primeira atração da noite foi Doogie White, músico que já esteve à frente das bandas de Ritchie Blackmore e Yngwie Malmsteen (isso não é pouca coisa), assumiu o palco acompanhado de uma banda de apoio, formada por Vulcano (guitarra), Kiko Shred(guitarra), Will Costa (baixo) e Lucas Tagliari (bateria), excelentes músicos da cena nacional e que foram incumbidos de acompanhar os quatro vocalistas: praticamente uma maratona! 
O set foi curto, mas condensou uma parte importante de sua trajetória. Doogie White abriu os trabalhos com “Judgement” (Tank) e emendou com "Lord of the Lost and Lonely" (Michael Schenker’s Temple of Rock), do álbum 'Bridge The Gap' (2013). O escocês encerrou sua apresentação com uma versão para “The Templo Of The King” (Rainbow), canção que ficou imortalizada na voz de Ronnie James Dio. Como podemos perceber, a noite começou muito bem! 

Foto: Roberio Lima

André Matos foi a atração seguinte, e já subiu ao palco muito empolgado com a recepção e o respeito do  público presente. Conversando e interagindo o tempo inteiro, conduziu sua apresentação como um maestro que comanda sua orquestra. Tocou canções do Angra e Viper e ainda abriu espaço para uma versão de “Painkiller” (Judas Priest). Não tocou nenhuma do Shaman. Até porque, recentemente a formação original se reuniu em duas datas concorridas na cidade. O final veio com “Carry On”, um dos maiores clássicos do Angra. Pausa para respirar e tomar “umas”, pois a atração seguinte responde por um dos legados mais controversos da história do Rock. 

Foto: Roberio Lima

Como todos já sabem, Blaze tocou em uma das mais importantes formações da história do metal e substituiu, provavelmente o mais carismáticos e talentosos vocalistas da história. Seu legado no Iron Maiden é controverso, mas hoje os fãs já percebem com um outro olhar os discos gravados por Blaze. O fato é que hoje, o vocalista é um respeitável senhor, que mantém sua carreira com muita dignidade e lançando discos regularmente. Blaze Bayley encara o público como se estivesse diante de grandes arenas, e isso é muito interessante de analisar, pois sua postura hoje,  reflete a maturidade adquirida em muitos anos de caminhada. “Lord Of The Flies” (Iron Maiden) foi o pontapé inicial de uma apresentação exclusivamente dedicada a fase em que esteve à frente da banda inglesa. “Futureal” manteve a empolgação e o agora 'simpático senhor', não continha a satisfação pela recepção calorosa do público. A cartada final veio em forma de “Man os The Edge”, música que serviu como ‘cartão de visitas’ quando estreou no Maiden.

Foto: Roberio Lima

A última atração a subir ao palco, concebeu inúmeros clássicos enquanto esteve à frente do Accept, e ainda mantém uma carreira consolidada com o U.D.O. Por ser o headliner, seu setlist foi mais generoso. Onze pérolas do Accept foram executadas para uma audiência já extasiada com as apresentações anteriores. Abrir como um clássico como “Metal Heart” prova que o artista teria muitas 'balas na agulha' para disparar naquela noite! Udo quase não se movimenta no palco, mas sua voz dominou todos os espaços do recinto com os refrões de “Fast as a Shark”, “Restless and Wild”, “I’am Rebel” e com “Balls to The Wall”, canção que fechou o evento, que só não foi perfeito, pois não havia nenhum tipo de merchandising a venda, para que os fãs pudessem guardar uma lembrança dessa noite incrível! Vamos torcer por mais Metal Singers!



Setlist Doogie White:

1. Judgement Day (Tank)
2. Lord of the Lost and Lonely (Michael Schenker’s Temple of Rock)
3. Ariel (Rainbow)
4. Five Knuckle Shuffle (Demon’s Eye)
5. The Temple of the King (Rainbow)


Setlist André Matos:

1. Wings of Reality (Angra)
2. Living for the Night (Viper)
3. Lisbon (Angra)
4. Painkiller (Judas Priest)
5. Carry On (Angra)


Setlist Blaze Bayley:

1. Lord of the Flies (Iron Maiden)
2. Futureal (Iron Maiden)
3. When Two Worlds Collide (Iron Maiden)
4. The Clasman (Iron Maiden)
5. Man on the Edge (Iron Maiden)


Setlist Udo Dirkschneider:

1. Metal Heart (Accept)
2. Living for Tonite (Accept)
3. Midnight Mover (Accept)
4. London Leatherboys (Accept)
5. Up to the Limit (Accept)
6. Princess of the Dawn (Accept)
7. Restless and Wild (Accept)
8. Son of a Bitch (Accept)
9. Fast as a Shark (Accept)
10. I’m a Rebel (Accept)
11. Balls to the Wall (Accept)



Por: Roberio Lima

Agradecimento pelo credenciamento: Luciano Piantonni - Lanciare Comunicação

Nenhum comentário:

Postar um comentário