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1 de agosto de 2019

Wacken Open Air XXX - Dia Zero

Foto: Jair Cursiol Filho

A abertura oficial do Wacken Open Air XXX se dá no dia 1° de agosto e o festival dura três dias, mas nos últimos anos existe esse dia zero onde os palcos menores estão abertos, enquanto os maiores são completados.

Cheguei à pequena Wacken o mais cedo que pude no dia de hoje (31/07) (e aí meu mestrado é culpado de não ter chego antes), mas ainda assim perdi Christopher Bowes and His Plate of Beans, a terceira banda do incansável Chris Bowes (Alestorm, Gloryhammer). A primeira banda que consegui realmente ver foram os bávaros do Blechblos'n, que toca várias vezes no festival no palco Beer garden, exatamente o palco onde todo mundo vai para beber. Vestidos tipicamente bávaros, sobrou cover de Journey, Alice Cooper e AC/DC misturados a músicas típicas alemãs.

Foto: Jair Cursiol Filho

Dali saí para ver a terra sagrada do metal, com suas várias seções: esse ano há a adição do palco History, uma réplica fiel do palco do primeiro Wacken em 1990. Lá ocorreu neste dia zero a apresentação das bandas selecionadas mundialmente pelo Metal Battle. Incrivelmente lotado.

Passei por mais um palco a céu aberto, o Wackinger, para (sem querer) pegar a apresentação dos australianos do Lagerstein, cujo som é um típico pirate metal sobre rum, cerveja e pirataria. Pirate metal em si é um estilo bastante limitado em termos de quão específico ele é, então a diversão acaba dependendo do quão boa a banda é no palco. Posso dizer que o Lagerstein conquistou o público. As músicas mais empolgantes acabaram sendo “Beer Bong Song” e “Dreaded Skies”.

Parti para uma das tradições do Wacken: a apresentação da W:O:A Firefighters, a banda dos bombeiros de Wacken. Meus planos eram dividir a apresentação deles com a do UFO (ambas ocorrendo ao mesmo tempo em palcos distintos), mas o tempo não quis ajudar: quando os bombeiros estavam na terceira música, o festival teve que ser interrompido por cerca de 90 minutos devido a uma tempestade. RAIN OR SHINE! Mas, quem vier para Wacken, vá ver o show dos caras. Algumas tradições existem por um motivo!

Corri para o palco W:E:T, um dos dois dentro da tenda Bullhead City Circus, para ver o UFO, que está na tour de despedida do único membro original restante, o vocalista Phil Mogg (a banda não foi clara se irá continuar com um novo vocalista). Se você não sabe quem é a banda, procure “Doctor Doctor” no YouTube, Spotify, Deezer ou onde quer que seja e eu quero ser um mico de circo se não começar a cantar junto o refrão.

Foto: Jair Cursiol Filho

Saí do palco para ir comer e tomar um café (há horas que água e cerveja não resolvem), o que acabou se tornando um grande erro: com os palcos grandes fechados, as bandas da Bullhead City Circus se tornam as headliners do festival. Acabei vendo o final do show dos britânicos do The Damned e do Sweet pelo telão do lado de fora, já que a tenda foi fechada por superlotação (e nessas horas não há ticket de imprensa que resolva).

O Sweet é uma daquelas bandas curiosas que tem duas versões com membros originais rodando o mundo e aqui falamos da versão com o guitarrista Andy Scott e que os mais novos devem conhecer da música “Fox on the Run” do trailer de Guardiões da Galáxia 2.

Com zero visibilidade e som muito baixo, além do palco History também fechado por lotação, acabei terminando o dia antes de ver o Sisters of Mercy (para alguns, a banda que fez a versão original de “More”, que o Shaman fez cover em seu segundo disco). Não sem antes pegar o gigantesco show de fogos dos espanhóis do Crisix.

Estamos fazendo a playlist “Big Rock no Wacken 2019” no Spotify e atualizando a cada dia com as melhores músicas que ouvimos. Se quiser seguir: https://open.spotify.com/playlist/1IpQBLzAG1ltZZvrdzioWN?si=VANe_Bc2TOeEWfrL55jYaw


Por: Jair Cursiol Filho

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