Páginas

25 de julho de 2025

De Papo Com...A Olívia

Foto: Divulgação 

A Olívia fala sobre novo disco, turnê na Argentina e o poder do desabafo em "Obrigado Por Perguntar"


Por: Mayara Abreu

Agradecimento: ForMusic 


A banda A Olívia lançou seu novo álbum Obrigado Por Perguntar e, com ele, abriu espaço para diálogos sinceros, daqueles que às vezes faltam no nosso cotidiano. Em uma conversa com o grupo, falamos sobre o título do disco, o processo criativo, a viagem recente para Buenos Aires e poderíamos esperar do show de lançamento que aconteceu no Bar Alto, em São Paulo.

O nome do álbum tem esse ar de desabafo mesmo, mas também de ironia. Porque no fundo, ninguém perguntou, né?”, comenta Louis Vidall, vocalista e guitarrista. A frase que dá nome ao disco aparece na música “Boa Tarde” e, segundo o grupo, ela traduz bem esse sentimento de ter algo entalado, que precisa sair, seja como desabafo ou como denúncia.

Com 13 faixas que exploram gêneros diversos, Obrigado Por Perguntar passeia por punk, pop, reggae, indie, hardcore, tudo sem perder a identidade da banda. “A gente foi entendendo com o tempo como incorporar essas influências sem soar forçado. Nada ali é tipo ‘vamos tentar fazer isso pra ver no que dá’. É tudo muito nosso”, explica Louis. A composição coletiva e o diálogo entre letra e melodia são pontos de equilíbrio que mantêm a sonoridade coesa, mesmo em meio à mistura.

Foto: Divulgação 


Sobre a seleção das músicas, o grupo contou que o processo foi cuidadoso e que algumas faixas já vinham sendo tocadas há tempos. “Foi tranquilo… mais ou menos”, brinca Pedro Tiepolo (baixo), ao lembrar que nem todas entraram no disco. “Tinha músicas que a gente já sabia que um dia estariam num álbum, mas ainda não era o momento.”

As gravações aconteceram em locais diferentes, incluindo a Serra da Cantareira. Enquanto bateria e baixo foram registrados na Dahouse, em São Paulo, as guitarras ganharam vida na casa da infância de Louis, rodeados por mato, passarinhos e a cachorra da mãe dele.

Foi mais casa do que estúdio. A gente levou cobertor, abafador de som, incomodou o vizinho por um fim de semana, mas deu tudo certo.”

A produção é de Kaneo Ramos, com mixagem e masterização de Zeca Leme. Para Louis, a imersão e o cuidado com cada etapa do trabalho fizeram a diferença: “É tipo esporte olímpico. Quatro anos treinando pra poucos segundos em cena. Mas valeu.”

Foto: Divulgação 


Outro momento marcante foi a passagem da banda pela Argentina, com dois shows em Buenos Aires. “Foi como quando tocamos fora do estado pela primeira vez, em Curitiba. Dá aquele clique de que o mundo é grande, mas não é tão longe assim”, lembra Louis. Pedro e Marcelo também ressaltaram como a cena rock argentina é viva e pulsante. “Parecia uma noite comum e o lugar estava lotado, com várias bandas diferentes tocando. A gente sentiu uma conexão real com o público.”

O show de lançamento aconteceu no dia 19 de julho, no Bar Alto. Foi a primeira vez que a banda se apresentou por lá e como vimos nas redes sociais, foi um sucesso e uma celebração, assim como dito na entrevista: “Vai ser só a gente, então vamos tocar o álbum na íntegra, na ordem, e ainda guardar algumas surpresas pro final”, adiantam. A expectativa, segundo os integrantes, é celebrar o momento, reencontrar o público e ouvir de volta o que cada um sentiu ouvindo o disco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário