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19 de julho de 2025

Edu Falaschi, Roy Khan e Orquestra - Tokio Marine Hall - São Paulo/SP

Foto: João Zitti 


Edu Falaschi / Temple Of The Shadows In Concert - Tokio Marine Hall - São Paulo/SP - 05 de julho de 2025


Por: Jair Cursiol Filho 

Fotos: João Zitti (@joaozitti.work)


Roy Khan e Edu Falaschi se reuniram com o apoio da Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira no último dia 05 de julho no Tokio Marine Hall em São Paulo/SP para celebrar os 20 anos dos maiores clássicos de suas carreiras: The Black Halo do Kamelot e Temple of Shadows do Angra. Veja como foi.


AURO CONTROL

A noite começou com os baianos da Auro Control, que estão em turnê do seu primeiro disco, The Harp. Lançado em 2024 com participações de peso do metal em Jeff Scott Soto, Aquiles Priester, Felipe Andreoli, Fábio Laguna e Thiago Bianchi, além da cantora de MPB Aiace. Vinte anos atrás essa quantidade de participações levantaria questões (infundadas) no público. Hoje são um selo de qualidade. O disco é excelentemente produzido por Thiago Bianchi e traz um power metal competente. Nada inovador, mas extremamente competente, o que já é excelente para uma banda novata. O único nome já bem conhecido no cenário é o de Thiago Baumgarten, ex-baixista da banda Hibria. O resto da banda é formado pelo vocalista Lucas de Ouro (que também é o principal letrista), o excelente guitarrista Lucas Barnery (principal compositor) e o baterista Thiago Drum'on. 

Bandas de abertura sofrem com horário e som, em qualquer lugar, independentemente do tamanho da casa - só não sofreram mais que o Noturnall, mas isso fica para depois no texto. O som às vezes estava embolado e ficava difícil de entender exatamente o que estava acontecendo, especialmente nas duas primeiras músicas. 

Quando o som melhorou, foi possível ver uma banda muito boa tecnicamente, capaz de reproduzir no palco o que gravaram no estúdio. Este é um feito mais difícil do que parece atualmente e me fez depois comprar o CD dos rapazes, cuja arte é de autoria do próprio vocalista. Aplausos especiais para Barnery, que deu um jeito de fazer músicas feitas para dois guitarristas soarem boas em apenas uma guitarra.

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


Lucas de Ouro ainda precisa de uma certa experiência de palco. Em alguns momentos, quando a atenção está nos solos, ele ainda parece perdido. Mas isso virá com a experiência. A performance vocal, o mais importante, está lá!

Destaques para "The Harp", a mais diferentona da bolacha e do show, e "Feel the Fire", que assume com gosto o que parecem ser influências de Fire" do Dr. Sin. Acompanhemos o futuro, e vamos torcer para que seja longo!

Obs.: Eu só queria saber a origem do nome. Não consigo tirar da cabeça a música "Out of Control" do Edguy. Seria um trocadilho?


Setlist

1. Not Alone 

2. Feel the Fire

3. Rise of the Phoenix

4. The Harp

5. Head Up High

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


NOTURNALL

Aí subiram ao palco Thiago Bianchi e a Noturnall, hoje formada por Saulo Xakol (baixo), Henrique Pucci (bateria) e o novo guitarrista Guilherme Torres. A troca de guitarristas é quase marca registrada da banda, que depois de ter Léo Mancini (Wizards, Spektra, ex-Shaman) por três discos, parece não conseguir segurar um na posição. O último a sair inclusive foi para a banda de Edu Falaschi! 

Estava bastante ansioso por este show. Bianchi é um vocalista cuja performance ao vivo é muito próxima das versões de estúdio e gosto muito do primeiro e do quarto disco da banda. Apesar de já ter visto Bianchi ao vivo antes em outros projetos, foi a primeira vez com o Noturnall. 

Infelizmente o gostinho de um show decente ficará para uma próxima, pois a guitarra de Torres falhou em absolutamente todas as músicas. Deu pena, na verdade, pois trocaram de guitarra várias vezes e nem o violão na belíssima "Shadows (Walking Through)" saiu ileso. "No Turn at All", pedrada do primeiro disco, teve só bateria e baixo, por exemplo.


Setlist

1. Try Harder

2. No Turn at All

3. Reset the Game

4. Shadows (Walking Through)

5. Sugar Pill

6. Nocturnal Human Side

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


ROY KHAN & ORQUESTRA – A VISÃO DO FÃ

Eu preciso pedir desculpa ao leitor pela minha incapacidade de ser apenas um jornalista para este show, pois este foi uma montanha-russa emocional. Antes de dizer qualquer coisa sobre Roy, devo dizer que não sou um purista que não aceita novos vocalistas. Viajei para a Holanda para o DVD "I am the Empire" do Kamelot com Tommy Karevik nos vocais, adoro a voz do Tommy e acho que ele é um dos melhores substitutos que já vi em uma banda de metal.

Dito isso, eu nunca tinha visto Roy Khan ao vivo antes. Eu acompanho o Kamelot como fã desde o lançamento do "Ghost Opera: The Second Coming" (2008) e sempre que ele vinha ao Brasil antes, algo sempre acontecia e eu era incapaz de vê-los, seja com Roy, Lione ou Tommy. Desta vez eu fui, finalmente, e vi Roy Khan fazer o primeiro show de sua carreira com a fantástica banda brasileira Maestrick e a Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira

Esse show foi uma experiência espiritual como poucas que eu tive desde meu primeiro show mais de 20 anos atrás. Conto nos dedos de uma mão shows que me emocionei tanto quanto este (e ainda sobram dedos). Comecei a chorar quando ele começou a cantar "When the Lights are Down", a primeira do set. Parei de chorar só depois do show dele. Eu não sabia o quanto precisava desse show, o quanto eu precisava ver essas músicas na voz do Roy.

Ao final do show, ainda antes do show do Edu, encontrei o Fábio Caldeira, vocalista do Maestrick e backing vocal no show. Fui agradecer a banda por ter construído algo que me tocou mais enquanto fã do que ver o próprio Kamelot tocando algumas destas músicas.

Eu sei que Roy não vai ler isso, mas ainda assim: obrigado Roy, pelas músicas maravilhosas, pelas emoções, pelo show, por escolher o Maestrick, por escolher o Brasil para começar a sua carreira e por fazer isso de uma maneira tão especial. Esperamos a volta!

Obrigado Maestrick e Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira pela maravilhosa performance. E obrigado Edu Falaschi, por convencer o Roy Khan a fazer isso.

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


ROY KHAN & ORQUESTRA – A VISÃO DO REPÓRTER

De novo, eu preciso pedir desculpa ao leitor pela ela minha incapacidade de ser apenas um representante de imprensa para este show, mas farei o meu melhor. 

Roy Sætre "Khan" Khantatat é o ex-vocalista do Kamelot, onde foi o principal compositor e letrista entre 1998 e 2010. Roy saiu da banda ainda antes do início do tour de seu último disco com eles, "Poetry for the Poisoned" e ficou recluso por 8 anos até lançar a balada "For All" no YouTube em 2018 ( https://youtu.be/rlRJAb2p24I), mesmo ano em que voltou ao metal com a banda norueguesa Conception e já veio ao Brasil com eles. 

Mas desta vez o Brasil recebeu o show de estreia da carreira solo de Roy (que não saiu do Conception), na primeira vez em que canta músicas de sua antiga banda em 15 anos! De acordo com Khan, a ideia foi de Edu Falaschi, na verdade, se aproveitando dos 20 anos de The Black Halo, clássico máximo do Kamelot, e dos 20 anos do Temple of Shadows do Angra. Os dois discos estavam entre os mais aclamados pela mídia especializada no longínquo 2005 (se você chegou aqui no texto, sabe qual é meu favorito!). Roy havia participado como convidado de Edu em show da turnê do disco Eldorado em 2024 e abraçou a causa.

Escolhidos como banda de apoio foram os brasileiros do Maestrick. Renato Montanha (baixo), Guilherme Carvalho (guitarra), Charles Souls (teclado) e Fábio Caldeira (vocal, backing vocal neste show) fizeram o papel de instrumentistas para o norueguês. Se juntaram à banda a backing vocal Juliana Rossi (Hevorah), o baterista Alexandre Magno (Pense, Our Last Creaton) e a Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira/SP sob a batuta do maestro Ricardo Michelino.

Anunciado como show de comemoração aos 20 anos de The Black Halo, confesso inicialmente ter ficado frustrado ao ver que o setlist não teria todas as músicas do disco, mas todos no palco fizeram o favor de tirar esta preocupação da minha cabeça quase que instantaneamente. Já escrevi sobre o quão sentimental este show foi para mim, mas ouvir o primeiro verso de "When the lights are down" ainda um pouco antes de ver Roy Khan foi a chave para quem quer que tivesse dúvidas do show fantástico que se seguiria.

É brutal a capacidade de Roy Khan de alternar entre a personalidade que ele assume cantando, com seu jeito único e inconfundível, e a personalidade do humano Roy. E a felicidade no rosto dele estava visível, sem conseguir tirar o sorriso estampado do rosto. Poucas vezes vi alguém tão feliz no palco (o saudoso Pit Passarell do Viper vem à mente, ou o Felipe Machado da mesma banda). Khan riu, brincou, se esforçou no português e até tentou reger a orquestra no final de "March of Mephisto".

O setlist foi todo baseado no disco The Black Halo, com 7 músicas. Shows com discos completos são interessantes para amantes daquela obra e tem se tornado padrão no mundo da música. Mas a vantagem de shows menores, onde o disco homenageado não é tocado na íntegra, é que você pode arrumar o setlist de maneira que funcione melhor para um show – o que permitiu ao norueguês passar pelas 7 melhores músicas do disco, começando com um clássico do power metal e terminando com a hipnotizante "March of Mephisto".

"Moonlight" e "Soul Society" se seguiram. Esta segunda é uma que jamais deveria sair de um setlist e o próprio Kamelot com Roy abandonou ela depois de um tempo. Assistir Roy cantando-a é hipnotizante. Um clássico para os fãs é "The Haunting (Somewhere in Time)", gravado em estúdio com Simone Simons (Epica). Aqui apareceu Adrienne Cowan (Seven Spires) para fazer o mesmo papel. Já havia visto Adrienne ao vivo com o Avantasia antes e aqui ela não se intimidou com os sapatos que deveria calçar.

Foto: João Zitti 


A americana ainda participou em maneira menor em "Abandoned" e "Memento Mori", nesta última utilizando seus dotes guturais. Não sou fã de baladas metal. A maioria delas é bem chata e ainda tenta enfiar um solo no meio do caminho para soar mais metal. "Abandoned" é quase que apenas piano e voz (e que voz!), onde Ariel (baseado em Fausto, obra do poeta Johann Wolfgang von Goethe, e que é a base de todo o disco) questiona o motivo de Deus o ter abandonado quando ele pede perdão por seus pecados. É uma música emocional e que caberia praticamente em qualquer estilo.

"Memento Mori" é uma expressão em latim que significa "lembre-se de que é mortal" ou, ipsis litteris, "lembre-se da morte". É o final da história de Ariel, onde sua amada Helena (baseada em Gretchen, de Fausto) intercede com Deus para que Mephisto não fique com a alma de Ariel. Um épico de quase nove minutos, com partes em latim e que requisitou Adrienne Cowan novamente, fazendo tanto as vezes de Helena quando de Mephisto

No meu review do show do Kamelot em 2018 (https://www.bigrockandroll.com/2018/09/kamelot-maiden-united-e-leaves-eyes.html), escrevi que "March of Mephisto" ao vivo sempre me incomodou um pouco[...]: a música tem 3 vozes em estúdio (Shagrath com os guturais e a voz de Roy Khan duplicada, em grave e agudo), porém em shows a voz de Shagrath e o agudo de Roy sempre foram as versões gravadas, com Roy ou Tommy fazendo a parte grave ao vivo." A produção deste show parece ter aprendido com o DVD do Kamelot com Tommy Karevik gravado naquele dia e trouxe Adrienne Cowan novamente para fazer os guturais e a voz aguda ao vivo. Ficou fantástico. Nesta ainda tivemos a participação de Bill Hudson (Doro, NorthTale) nas guitarras.

O show, que durou apenas 45 minutos, foi um excelente início para a carreira solo de Roy e deixou a enorme quantidade de pessoas com camiseta do Kamelot na plateia extremamente felizes. Esperaremos o retorno!


Setlist

1. When the Lights Are Down

2. Moonlight

3. Soul Society

4. The Haunting (Somewhere in Time) (com Adrienne Cowan)

5. Abandoned (com Adrienne Cowan)

6. Memento Mori (com Adrienne Cowan)

7. March of Mephisto (com Adrienne Cowan e Bill Hudson)

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


EDU FALASCHI & ORQUESTRA

Aí chegamos no show principal da noite, Edu Falaschi também acompanhado da Orquestra Sinfônica Jovem de Artur Nogueira/SP sob a batuta do maestro Ricardo Michelino. A banda de Edu mudou um pouco desde a última vez que o vi, na gravação do DVD Vera Cruz em setembro de 2022 ( https://www.bigrockandroll.com/2022/09/edu-falaschi-gravacao-do-dvd-vera-cruz.html ). Jean Gardinalli assumiu de vez as baquetas no lugar de Aquiles Priester e Victor Franco substituiu o guitarrista Roberto Barros. Sinceramente, posso adiantar que neste show Victor Franco foi mais seguro e preciso do que quando vi Roberto Barros na gravação do Vera Cruz – Live in São Paulo, o que é um bom indicativo do que pode estar por vim no próximo disco de estúdio da carreira de Edu.

Preciso pausar aqui para fazer uma pequena reclamação enquanto fã de longa data (meu primeiro show do Angra foi mais de 20 anos atrás): eu não aguento mais turnês comemorativas do Rebirth e/ou do Temple of Shadows, onde esses discos são tocados na íntegra. Acho que desde a turnê Rebirth of Shadows de Edu Falaschi no já longínquo 2017 que todo ano ou ele ou o Angra fazem uma turnê de um dos dois discos. Angra tem o Cycles of Pain e o Unplugged para usar em turnês e não usa, além de jogar fora a oportunidade de fazer uma turnê de despedida com a história da banda, incluindo coisas menos tocadas, mas gasta com o Temple of Shadows de novo. Inclusive pulei o show do Angra em Campina/SP na noite anterior por não ter paciência de ver o Temple of Shadows ao vivo duas noites seguidas. Edu tocou UMA música da sua carreira solo neste show. E nem sequer foi do disco mais novo. Pra mim sinceramente já deu. O próprio Edu fez piada com isso, brincando que ele, Angra, Shaman e Viper estavam todos comemorando o disco.

Reclamações à parte, o show em si é excelente quando você aceita seu conceito. E ter uma orquestra junto torna toda a experiência única. Não há, na verdade, muito o que falar se você já viu no YouTube o "Temple of Shadows in Concert" ( https://www.youtube.com/watch?v=Zfi2vArG6Q4  ), já que é basicamente aquilo: o Temple of Shadows na íntegra com orquestra. 

Kai Hansen (Helloween) voltou ao Brasil para repetir a participação na música Temple of Hate, como já havia feito no disco original do Angra e no DVD de Edu Falaschi. Com Adrienne Cowan no backstage, é fácil saber quem fez as vozes femininas em "No Pain for the Dead". A cantora americana ainda ficou no palco para fazer as partes de Hansi Kürsch (Blind Guardian) em "Winds of Destination". Ficou fantástico. A cantora já está acostumada a fazer partes que foram de Michael Kiske e Andre Matos em shows do Avantasia, então substituir outro dos grandes vocais do metal mundial pareceu perfeitamente natural.

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


A voz de Edu Falaschi esteve boa durante o show, acho que a melhor que já vi ele que desde a época de Angra. Edu nos poupou de "Gate XIII" ao final da sessão do Temple of Shadows. Embora eu ame orquestras (e vá em concertos), não acho que ela funcione ao vivo no meio de um show de metal. Tampouco funciona como abertura, que é o que o Angra costumava fazer. Longa demais para isso e já existe "Deus le volt!" para essa função.

Passado o Temple of Shadows, a segunda parte começou com "The Ancestry" do disco Vera Cruz (primeiro da carreira solo de Edu). Nesta eu fiz parte da minoria que cantou, tendo sido claramente a menos celebrada do setlist. É uma pena que o fã de metal brasileiro volte só para coisas de 20 anos atrás e não abrace os novos clássicos. Será que vão esperar a tour de 20 anos do Vera Cruz em 2041 quando um sexagenário Edu Falaschi naturalmente não alcançará as notas que alcança hoje?

É essa característica que dá o tom do restante do setlist. "Bleeding Heart" virou um clássico do Angra sem querer. Uma sobra do Rebirth catapultada ao sucesso pelo cover feito pelo Calcinha Preta. Edu até fez um mix das duas versões após mencionar que no nordeste nem consegue cantar mais a versão em inglês. Se você quiser ter uma ideia de como fica essa mistura, Edu participou recentemente de um DVD do Calcinha Preta (https://www.youtube.com/watch?v=stK-q7I95AY ).

Se nos anos 2000 o Shaman de Andre Matos era importunado por fãs pedindo "Carry On" todo show, o Angra de Edu era importunado por plateias querendo "Pegasus Fantasy", a abertura do anime Cavaleiros do Zodíaco, grande sucesso da TV nos anos 1990 e cantada originalmente por Edu Falaschi. Em carreira solo, Edu abraçou a zoeira e até lançou uma versão nova para a música em 2024 ( https://www.youtube.com/watch?v=X-2bew0fjeA  ). Errado não está.

E aí se seguiram "Rebirth" e "Nova Era", as quais são exatamente o que já está no DVD Temple of Shadows in Concert.

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


Para finalizar, com tantos convidados, Edu resolveu homenagear Kai Hansen e trouxe ele, Roy Khan, Adrienne Cowan e Bill Hudson no palco para uma rendição de "I Want Out" do Helloween – inclusive repetindo o que a banda alemã faz de separar a plateia em duas partes no refrão. Esse tipo de música onde um monte de gente de várias bandas sobe ao palco para tocar uma música que ninguém está acostumado não é para ser avaliada com técnica, nem se importar se alguém errou um lick de guitarra, uma linha de baixo, ou se só abria a boca para gritar "I want out!!!". É para ser sentida com o coração. É para desligar o celular e cantar a plenos pulmões, desafinado e sem voz após 4 bandas e guardar na memória. Eu vivi para ver Edu Falaschi, Kai Hansen e Roy Khan cantando "I Want Out". O Jair de 20 anos atrás jamais acreditaria nisso. E por isso essa música foi apoteótica e, para mim, a melhor parte do show de Edu Falaschi.

Edu, se pudermos voltar a focar no Eldorado depois, por favor?


Setlist:

Part 1: Temple of Shadows

1. Deus Le Volt!

2. Spread Your Fire

3. Angels and Demons

4. Waiting Silence

5. Wishing Well

6. The Temple of Hate (com Kai Hansen)

7. The Shadow Hunter

8. No Pain for the Dead (com Adrienne Cowan)

9. Winds of Destination (com Adrienne Cowan)

10. Sprouts of Time

11. Morning Star

12. Late Redemption


Parte 2: Outros sucessos

1. The Ancestry

2. Bleeding Heart

3. Pegasus Fantasy

4. Rebirth

5. Nova Era

6. I Want Out (Helloween cover, com Kai Hansen, Roy Khan, Adrienne Cowan e Bill Hudson)


Agradecimento a TRM Press pelo credenciamento e MM Assessoria de Imprensa e Tokio Marine Hall pela atenção

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