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22 de agosto de 2025

De Papo Com...André Rossi

Foto: Luiz Moraes (@lpsete)


André Rossi lança “Ska Punk” em parceria com a banda Dupoint e fala sobre seu novo álbum 


Por: Mayara Abreu

Agradecimento: Lavi Comunicação 


O músico André Rossi está prestes a lançar o álbum Errado é Não Correr o Risco, um trabalho que reúne diferentes vertentes do rock e que traz a recém-lançada parceria com a banda Dupoint: a faixa “Ska Punk”. Misturando a energia do ska com o peso do punk, a música carrega uma mensagem de protesto e identidade, refletindo a trajetória e as influências do artista. 

Em entrevista a Big Rock N' Roll, André contou que sua ligação com a música vem de berço e que, apesar de já ter explorado outros estilos, o rock sempre foi o que mais o marcou. “Eu não sou roqueiro, eu sou músico. Eu gosto de música boa. Mas o rock and roll foi o que mais consumi na vida e o que mais teve a ver com meu estilo de vida, ligado ao skate e aos esportes radicais”, afirma. 

Sobre a escolha pelo ska punk, ele explica que antes de serem gêneros musicais, o ska e o punk são movimentos culturais e sociais. “O ska surgiu na Jamaica como um reggae mais acelerado e animado, enquanto o punk, em outro ponto do mundo, era um movimento de protesto mais direto. A gente se identifica com ambos, e unir esses elementos foi natural. O nome da música veio disso e representa nossa vivência e o movimento que a gente acredita.” 

As influências para o disco passam por nomes internacionais como Blink-182 e Rage Against the Machine, mas também por referências brasileiras como Charlie Brown Jr. e Planet Hemp. Para André, a mistura entre peso e ginga facilita a conexão com o público: “Se eu fizer uma música só xingando, não adianta. É preciso ter boa sonoridade e composição para que a mensagem chegue de verdade.” 

A letra de Ska Punk é um “grito contra as amarras sociais”, algo que ele sente desde a infância no interior de Minas Gerais. “Sempre enfrentei a pressão de seguir um roteiro: estudar, escolher uma faculdade, trabalhar e viver nisso até o fim. Eu quis romper com isso cedo, viver de música e explorar o mundo.” 

Foto: Lucas Cavallini (@lvqkinhas)


A parceria com a Dupoint nasceu de uma amizade antiga com o vocalista. “Foi muito natural. Eu já tinha a base pronta, mostrei e ele se identificou na hora. Não foi nada forçado, foi uma celebração entre amigos com a mesma ideologia.” 

O futuro promete. Além do lançamento do álbum, André já planeja uma turnê e garante que mais músicas virão, inclusive faixas que ficaram de fora do disco. Ele acredita que o rock nacional vive um momento de renovação: “Desde que o Chorão se foi, a cena perdeu muito. Agora vejo um movimento para reconstruir isso, e acredito que a nossa base, como eu, a Dupoint e a Banana Kush pode ser parte dessa nova cara do rock nacional.” 

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