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| Foto: Pontus Gustavsson e Martin Öberg | 
Robert (ADEPT): “Esse álbum é um pacto de sangue com quem acreditou na gente”
Por: Mayara Abreu
Agradecimento: Napalm Records
Depois de quase uma década sem lançamentos, o ADEPT está de volta com o aguardado álbum Blood Covenant. Conversamos com Robert Ljung, vocalista da banda sueca, que falou sobre o retorno, as memórias que inspiraram o novo disco e a expectativa de finalmente tocar no Brasil.
“Estou super nervoso e muito empolgado ao mesmo tempo”, contou Robert logo no início da entrevista. “Ficamos dez anos sem lançar nada e seis sem subir num palco. Dá aquele medo: será que as pessoas ainda acham a gente relevante? Mas quando lançamos o primeiro single, Heaven, recebemos tantas mensagens de fãs dizendo que cresceram ouvindo ADEPT... Aquilo aqueceu o coração e levou embora toda a ansiedade.”
O nome Blood Covenant (Pacto de Sangue) carrega um significado pessoal e simbólico. “Nós crescemos em uma cidade pequena e éramos cinco melhores amigos que queriam fazer algo diferente. Fizemos um pacto — éramos irmãos de sangue e prometemos conquistar o mundo com a música. Nenhum de nós sabia tocar direito, mas tínhamos vontade. E mesmo depois de termos parado por um tempo, esse álbum é quase como um ressurgimento desse pacto”, explicou o vocalista. “O círculo da capa do álbum não está completo, porque nós também ainda não terminamos essa história.”
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| Foto: Divulgação | 
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| Foto: Divulgação | 
Retornar ao estúdio depois de tanto tempo não foi simples. “A logística foi um pesadelo. Todo mundo tem filhos agora, então era tipo: ‘não posso nesse dia, tenho que buscar minha filha’. A gente ia um por vez pro estúdio. E eu não gravava nada há nove anos, não gritava há seis! As primeiras tentativas foram horríveis — ainda bem que não usamos aquelas”, brincou Robert, rindo.
Ao falar sobre as faixas do novo trabalho, ele destaca Heaven como uma das mais especiais. “É uma música muito pessoal. Eu quis falar com o meu ‘eu’ mais jovem, pedir desculpas por não ter sido mais forte naquela época. É uma faixa sensível e, ao mesmo tempo, cheia de energia — acho que é uma das melhores do álbum.”
Entre as novidades e as memórias, o ADEPT também comemora 20 anos de estrada. “Esse ano é um marco — temos o novo álbum e também a turnê de 20 anos. Então, podem esperar uma mistura de tudo: músicas antigas e muitas novas. Vamos revisitar toda nossa trajetória”, disse o vocalista, adiantando que clássicos como Give Me My Dreams Back e Secrets continuarão nos setlists. “Give Me My Dreams Back é como um membro da família. Já Secrets foi uma das primeiras composições com nosso guitarrista atual, então também tem um significado enorme pra gente.”
Sobre a possibilidade de shows na América do Sul, Robert garante: “Tem planos, sim!”
“Quase posso prometer que não vamos encerrar a banda sem fazer um show de verdade no Brasil. Agora temos agentes trabalhando nessa parte, o que antes não tínhamos. Está nos planos e eu quero muito conhecer todos esses lugares lindos.”
O vocalista também comentou sobre o que espera que os fãs sintam ao ouvir o álbum completo.
“Depende de quanto tempo você ouve ADEPT. Se for um fã antigo, espero que sinta aquele cheiro de nostalgia, que lembre de quem era há 10 ou 15 anos. Mas se for um novo ouvinte, vai encontrar um disco pesado, emocional, com partes atmosféricas e refrões mais pop. É um álbum que vem do coração — tudo que fazemos é com paixão e para retribuir quem acreditou na gente.”
Para fechar a conversa, entramos em um divertido “quiz relâmpago” com Robert, que revelou algumas curiosidades: ele prefere cerveja a café, é uma pessoa da noite, e elegeu Biffy Clyro como sua banda de rock favorita. O primeiro álbum que comprou na vida? Thriller, de Michael Jackson. A comida preferida nas turnês? “Pizza, com certeza”, respondeu, rindo.
E como descrever um show do ADEPT em uma palavra?
“Party. É festa. Tem muita cerveja no palco e na plateia”, disse ele, rindo.
Então, fica o convite: quando o ADEPT vier ao Brasil, vai ser uma grande festa de suor e metal.
Confira o bate-papo na íntegra:
 
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