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| Foto: Divulgação | 
Por: Pedro Pellegrino
Agradecimento: 20th Century Studios
ROCK AND ROLL & DEPRESSÃO
O cantor vai despejando suas fúrias, amores & rock and roll no palco. O poeta vai vasculhando, perscrutando seus momentos mais tenros, doces e genuínos e escrevendo as letras que tocam sua alma. O artista vai sofrendo de uma doença que está em seus genes. Seu amigo o encara, olha com medo, medo que seu ídolo sucumbe, se entregue, e seja mais um a entrar no clube dos 27.
Que poder é esse que o artista chamado Bruce Springsteen exerce sobre mim? Eu sou um cara preguiçoso, mas o som de Bruce Springsteen me fez pegar um avião, atravessar o oceano para assistir alguns shows de sua banda (E Street Band) em sua terra Natal, no mítico Metlife, em 2012.
2012, foi um ano bem estranho: meu pai esteve doente (no filme "Springsteen- Salve-me do desconhecido", o pai de Bruce sofre de depressão, o meu sofria da próstata, ficou um ano e meio com uma sonda), o meu time do coração foi rebaixado pra série B, e eu encarei a viagem da minha vida. Presente da minha amada mãe.
Estar em New Jersey, berço do Homem, assistindo a E Street Band foi mágico. Em 2013 assisti o Boss no Espaço das Américas, em São Paulo, e no Rock in Rio. E não vejo a hora de conferir mais uma vez. Talvez no ano que vem, quem sabe... existe uma história maluca envolvendo minha noiva, a melhor amiga dela e o Bruce que... (um dia eu conto).
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| Pedro Pellegrino e sua noiva Lizandra Pavan Colaboradores Big Rock | 
Ir até o cinema na pré-estreia do filme sobre as gravações de "Nebraska", do Bruce, 1982 (o ano que eu nasci), foi uma das melhores sensações da minha vida. O Cine Marquise, na Avenida Paulista, estava lotado, três salas, e muitas personalidades: Sarah Oliveira, Marina Person, Edgard Picolli, Rodrigo (Dead Fish), Nasi (Ira), Mário Marra (ESPN-Brasil).
Ao sentar na mesma fileira do ex-vj da MTV, Edgard, ganhamos pipoca e refrigerante. Como eu estava morrendo de fome, comi a minha pipoca rapidamente, e resolvi pegar outra. Ao caminhar para a saída, uma menina me pergunta se ao final da sessão, posso dar uma entrevista para a 20th Century Studios. Só faltava eu falar que não. Ela disse que a minha camiseta do Bruce tinha lhe chamado a atenção. Fiquei muito feliz, no vídeo, eu acabo falando do show de 2012, e ainda finalizaram a montagem com a minha chamada pro filme! Não poderia me sentir mais realizado.
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| Pedro Pellegrino - colaborador Big Rock | 
O filme é um dos melhores que vi na minha vida. Sou fã? Claro, mas com a supervisão do próprio Bruce, as atuações espetaculares de Jeremy Allen White (interpretando Bruce), Jeremy Strong (o empresário Jon Landau), Stephen Graham (pai do Bruce), e a direção certeira de Scott Cooper ("Crazy Heart" e "Tudo por Justiça" são dois filmaços), não tinha como ser ruim essa película.
Espero assistir, no mínimo, mais umas duas vezes no cinema.
Quando chegamos no evento, havia muitos pôsteres, totens, e mini palco com guitarra e microfone, pra tirar foto (fotógrafos na pré-estreia) dando uns cliques e nos entregando as fotos polaroids (ímãs de geladeira, já está na minha). Ganhamos também uma "Rolling Stone" especial do filme, bandanas do Bruce, vou usar como toalha de mesa (risos).
Fiquei reparando nos músicos que interpretam a banda que toca na lendária casa Stone Poney, em New Jersey, e caramba, é o guitarrista do Greta Van Fleet!
Bruce Springsteen, 76 anos, ainda tem muita lenha pra queimar- ele acabou de lançar 7 discos (!) de raridades de sua extensa de carreira de cinco décadas tocando rock and roll. Na entrevista à Rolling Stone, ele diz querer estar no palco até os 90 anos, igual seu ídolo, Peter Seeger.
Quer conferir um espetáculo nas telas? Assista esse filme. Um artista lutando contra seus demônios, lutando contra o mais comum, o mais óbvio, sobre só lançar hits, ele queria mostrar sua outra faceta, queria mostrar suas músicas intimistas, seu poder magistral através de letras confessionais, de pessoas que estão à nossa volta, assassinos, trabalhadores, a classe média trabalhadora, os sonhadores, pessoas iguais a mim, iguais a você.
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| Foto: 20th Century Studios | 
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| Foto: Divulgação | 
Bruce, obrigado por tudo. Eu já escrevi muitos poemas sobre você, já lancei um livro contando minhas aventuras nos EUA, no Rock in Rio, e em São Paulo, mas eu diria que poderia escrever minha vida inteira sobre o Bruce. É muito bom a gente se identificar com nossos ídolos, Bruce também é de ascendência italiana, eu também sofri com depressão, agora só falta 1% do dinheiro do Bruce. Brincadeiras à parte, vá, assista o filme, pegue uma guitarra, comece a rabiscar uns poemas, assista um filme, talvez você encontre a pérola, talvez você encontre a felicidade, talvez você encontre Deus. Eu já encontrei.
 
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