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23 de novembro de 2025

Limp Bizkit: curiosidades que ajudam a entender por que a banda virou um fenômeno do nu metal

Foto: Ross Halfin

Antes de se tornarem uma das bandas mais reconhecidas do nu metal, o Limp Bizkit nasceu de um jeito quase acidental em Jacksonville, na Flórida. Pouca gente sabe, mas Fred Durst trabalhava como tatuador quando começou a idealizar o grupo e foi justamente em seu estúdio que ele conheceu alguns dos futuros membros. Essa mistura de arte de rua, skate, hip-hop e metal sempre foi a base da identidade visual e sonora da banda.

Outra curiosidade é que o nome “Limp Bizkit” surgiu como uma provocação deliberada. Durst queria algo tão estranho que afastasse ouvintes casuais, a lógica era simples: se o nome já te causa estranhamento, você provavelmente não vai entender a banda mesmo. O plano não funcionou… e a banda acabou se tornando gigante.

O Limp Bizkit também ganhou projeção por um motivo inesperado: Korn. Munky e Head ficaram impressionados com o som da banda em uma demo e levaram o Bizkit para abrir seus shows, o que deu ao grupo sua primeira grande visibilidade. A partir dali, tudo acelerou: assinatura com gravadora, turnês e o lançamento de “Three Dollar Bill, Y’all$”.

Falando em turnês, poucas bandas incorporam o caos controlado de Fred Durst. Uma curiosidade marcante é que ele sempre foi obcecado por conectar público e banda sem limite (de literalmente andar sobre a plateia até subir em estruturas improvisadas no palco). Essa energia descontrolada, que renderia momentos icônicos no Woodstock 99, acabou moldando a reputação da banda como uma força imprevisível.

Outro detalhe curioso é a presença de Wes Borland, cuja estética visual virou quase um capítulo à parte na história do grupo. As pinturas corporais, máscaras e figurinos surreais criaram uma figura completamente contrastante com o tom “street” dos outros integrantes e isso foi um diferencial gigantesco para o impacto da banda. Pouca gente lembra que Borland já deixou e voltou para o Bizkit mais de uma vez, mas nenhuma fase é tão marcante quanto a atual, em que ele abraça totalmente sua liberdade artística.

Mesmo após altos e baixos, mudanças de formação e longos intervalos entre discos, o Limp Bizkit mantém algo raro: um culto de fãs que cresce a cada geração. Parte disso vem da estética do nu metal voltando ao mainstream, mas também da capacidade da banda de se reinventar sem perder a ironia, a provocação e o senso de espetáculo que sempre os definiram.

Fato é: o Limp Bizkit nunca foi só uma banda. Eles são um fenômeno cultural que marcou uma época e continua relevante — seja nos hits explosivos, na estética exagerada ou nas histórias que rodeiam cada era do grupo.


Por: Mayara Abreu

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