Sem medo de incomodar, Banda Trampa mostra que o rock político ainda move o público

Foto: Fabricius Costa 

Por Fabrícius Costa

O sábado (26) no Capital Moto Week teve riffs, suor e discurso. A Banda Trampa subiu ao palco sem freio nem censura e entregou um show que foi além do entretenimento. Com duas décadas de estrada, o grupo brasiliense segue provando que o rock com conteúdo político não só resiste como pulsa, provoca e ainda encontra eco, inclusive na nova geração.

Em entrevista após o show, o vocalista André Noblat falou sobre o peso de tocar num festival como o Moto Week: “É um evento muito importante para a manutenção da cultura do rock e a gente sempre foi muito feliz aqui!”

Mas para ele, estar em um festival não é um fim em si mesmo. “A gente não sonha em estar em festivais só pela música, mas pela oportunidade de espalhar mensagem, de fazer com que as letras cheguem em mais pessoas! Isso vai muito além do sonho de estar num grande festival.”

Foto: Fabricius Costa 

E se engana quem pensa que essa é uma banda que fala só com os mais velhos. Trampa vem renovando seu público, com presença forte em playlists alternativas e presença nos festivais. “As gerações mais novas leem menos, se informam menos e estão muito presas nas mídias sociais, mas no nosso show dá pra ver que tem muitos jovens, então é muito gratificante fazer um show e ver o público assim entendendo a mensagem!”

Foto: Fabricius Costa 

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No palco, esse discurso vira energia e incômodo àqueles que não entendem ou discordam e não tentam entender a mensagem que a banda transmite. Mas ao final, fica a certeza: enquanto houver injustiça, vai ter guitarra distorcida e letra afiada para incomodar.

Principalmente no rock alternativo!

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