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13 de junho de 2019

Trago lança single novo, prepara álbum e turnê

Foto: Divulgação

A música veio antes da banda n’O Trago. Começou com o guitarrista Filipe Fi e o multi-instrumentista Rafael Mimi, parceiros do NX Zero. Eles deixaram a criatividade correr solta, trouxeram os timbres feminino e masculino para os vocais – Alê Labelle (The Mönic) e Yuri Nishida (NX, Granada e Vowe) -, o baterista Daniel Weksler (NX Zero e Pitty) e nesta metade de 2019  se consolida como um supergrupo para valer, com o lançamento do oitavo single, “Mar Aberto”, que precede álbum e tour no segundo semestre.

A estrutura do grupo derruba preceitos, pois você olha a foto da formação com seis artistas de currículo estrelado (Brunno Cunha é o sexto elemento) e cria uma “imagem” sonora do que virá ao clicar no Play. 

Quando você o faz, como neste single da segunda leva de músicas que lançam, “Mar Aberto”, percebe que eles não só demoliram toda a imagem pré concebida como os muros de gêneros musicais, em confluência tão sonoramente rica que é arriscado tentar categorizar ou descrever o grupo e sua música. Mas tentemos.

Em comum, além da amizade musical de longa data, todos são compositores. Os seis constroem uma tela sonora que o guitarrista Fi define bem como “fazer música (que traga experiência) como quem olha para um quadro, assiste um filme, é transportado para um local além da audição”.

“Mar Aberto” traz elementos que se for definir grosseiramente caracterizam um chamber pop (termo emprestado da rica e concisa música de câmara). É uma canção que trafega com uma raiz no folk na espinha dorsal mas com arranjos em camadas, levada quase disco e flerte com pop oitentista de sintetizador.

As duas outras canções do trabalho novo traçam um caminho de assinatura própria da banda ao mesmo tempo em que abrem ainda mais o espectro sonoro. “Frequência” foi lançada em música e clipe. A próxima será “Lentamente”, que tem no núcleo um garage-blues-indie rock de guitarra com timbre vintage, baixo gordo e harmonia de vocais e batidas pop. São tantos elementos, nuances, que é difícil entender como empacotam à perfeição em embalagem de três minutos.

A descrição escrita não traz vocabulário suficiente para se captar a experiência auditiva a cada uma das seis canções do EP de estreia – Arauna (2017) - ou das três deste novo trabalho. Tento então perguntar a fórmula para Mimi. “São seis cabeças pensando juntas. De tanto passarmos por estúdios, produtores, desenvolvemos maturidade e sabemos o que gostamos. A amizade trouxe um entrosamento, como time de futebol, sabe? E no final fazemos algo que tem que ser como a roupa que se usa, tem que representar a todos”, diz.

Se mesmo assim sobrou dúvida, clique no Play. Ela se dissipa em viagem sonora e imagética.

Ouça “Mar Aberto”:


Agradecimento: Simone catto / Denise Catto - Catto Comunicação

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