Nite Stinger, Electric Gypsy e Bastardz– Legends Music Bar, São Paulo – SP - 26/11/2021
Por Otávio Augusto Juliano – Instagram @showsbyotavio
Uma sexta-feira para “lavar a alma” de qualquer fã de Hard Rock! Depois de tanto tempo sem shows devido à pandemia por conta do Coronavírus (COVID-19), a capital de São Paulo tem voltado aos poucos a receber eventos sociais.
Graças a essa gradativa retomada, foi possível ao Nite Stinger agendar sua estreia nos palcos ainda em 2021, para promover seu recente álbum autointitulado, lançado em outubro no Brasil, nos formatos físico (Animal Records) e digital (Canil Records).
Sendo a atração principal da noite, o Nite Stinger abriu seu show já na madrugada de sábado, com “Hell Is Getting Higher” e a empolgante “That Feeling”, mostrando que tem muito a oferecer quando se trata de Hard Rock, especialmente na pegada oitentista.
Foto: Rogério Talarico |
Surgida em 2019 após a saída do baixista Bento Mello do Tales From The Porn, o projeto da nova banda começou em parceria com o guitarrista Bruno Marx, e acabou postergado algum tempo, em razão das dificuldades impostas pela pandemia. Juntaram-se a eles o vocalista Jack Fahrer, o guitarrista Roger Benet e o experiente baterista Ivan Busic (Dr. Sin).
Agora com o disco lançado, faltava exatamente o que se viu na última sexta-feira: a banda tocando ao vivo, perto do seu público e dos muitos amigos presentes! Se o material de estúdio já deixava claro o potencial do Nite Stinger, acompanhar de perto “Gimme Some Good Lovin’”, o primeiro single lançado, e “You Want It, You Got It”, uma das favoritas deste redator, é certamente uma experiência ainda mais prazerosa.
Além das canções autorais, o vocalista Jack anunciou que a banda faria um cover em homenagem aos anos 80: “Danger Zone” (Kenny Loggins), hit do filme Top Gun e também anteriormente regravada por Bento Mello e Bruno Marx, para o álbum do Tales From The Porn, foi tocada e empolgou a plateia que, mais adiante, também pôde acompanhar hits como “Stand”, do Poison, durante um solo de voz e violão de Jack Fahrer, além de “You Give Love a Bad Name”, do Bon Jovi, que fechou a noite.
O Legends Music Bar pareceu muito adequado para a apresentação e se mostrou uma ótima opção para shows desse porte. O saldo do dia foi positivo, com muita diversão, boa música, celebração entre amigos e bebidas, algumas inclusive distribuídas gratuitamente pelas GlamSlam Girls.
Foto: Rogério Talarico |
Bandas Convidadas:
Se a ideia era apresentar o trabalho da recém-surgida Nite Stinger, a escolha das bandas convidadas não poderia ter sido mais certeira. De um lado o Bastardz, quase que um “patrimônio musical” da noite paulistana em matéria de Glam Rock; e de outro, o Electric Gypsy, banda mineira formada por uma garotada boa demais.
O Bastardz foi a primeira atração a se apresentar e aqui preciso abrir parênteses para comentar algo muito particular. A banda me remonta a boas lembranças de shows ocorridos nos idos de 2006, como a participação no evento Metal Sludge Xtravaganza, ao lado de Stevie Rachelle (Tuff) e Steve Summers (Pretty Boy Floyd), no Manifesto Bar.
Foto: Rogério Talarico |
À época era praticamente inconcebível para um fã de Hard Rock que transitasse pela cena underground paulistana não conhecer o Bastardz. Pioneiros no estilo Glam, a banda alcançou sucesso, teve videoclipes veiculados na MTV Brasil e canções incluídas em coletâneas lançadas no mercado americano.
Por esta razão a volta da banda foi tão festejada (ao menos por mim, mas tenho certeza que por muita gente), ainda que sem a sua formação completa, mas contando com o reforço do talentoso vocalista Fabz (Crizzy - Fabricio Zambon), “emprestado” de outro expoente da nova geração do Glam Rock, o Inluzt.
O Bastardz tocou por pouco menos de uma hora e trouxe em seu setlist canções nostálgicas como “Wasted Generation”, “Alleycat Spoiled Brat” e a clássica “Pills”, todas do inesquecível EP “No Ass No Pass” (2004). “A Little Dose”, single de 2021, já gravado com o novo vocalista, também esteve presente no show, assim como o cover de “Last Call For Alcohol”, originalmente gravada pela banda sueca Hardcore Superstar.
Foto: Rogério Talarico |
O Electric Gypsy, assim como o Nite Stinger, também está com um lançamento fresquinho no mercado. Formada por Guzz Collins (vocal), Nolas (guitarra), Pete (baixo) e Robert Zimmerman (bateria), lançou o homônimo álbum de estreia em abril (via Animal Records) e mostrou, ao vivo, porque é considerada o presente e o futuro do Hard Rock brasileiro.
Com inspiração em nomes como Whitesnake e Van Halen, o Electric Gypsy não esconde sua influência na sonoridade da década de 80, mas com pitadas de anos 70 e traços de modernidade, tudo na medida certa.
Canções como “Hit And Run”, “Roundabout” e “The Devil Made Me Do It” não passam despercebidas e se mostraram excelentes ao vivo. A banda ainda tocou uma versão de “Hot For Teacher” (Van Halen), que foi seguida pela excelente “Wild Kiss”.
É uma honra ver a garotada brasileira produzindo material novo de tamanha qualidade, levantando genuinamente a bandeira do Hard Rock. Longa vida ao Electric Gypsy!
Agradecimentos a Ricardo Batalha (ASE Assessoria de Imprensa) pela atenção e credenciamento.
Fotos gentilmente cedidas por Rogério Talarico (Metalconcerts.net).
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