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4 de maio de 2023

Primeiro Dia de Summer Breeze Brasil - Memorial da América Latina - São Paulo/SP

Fotos: @raphagarcia / @diegopadilha


Summer Breeze Brasil - Memorial da América Latina - São Paulo/SP - 29 e 30 de abril de 2023


Por Leo Wacken / Karina Storker

Fotos: @raphagarcia / @diegopadilha / @welpenilha


Minha jornada para o Summer Breeze em São Paulo começou em Guarulhos que é a cidade onde eu moro por volta das as 9hs do dia 29 de abril. Peguei o carro, segui pela rodovia Dutra e Marginal até chegar pelas imediações do evento que aconteceu no Memorial da América Latina, na Barra Funda, bem próximo da estação, onde deixei meu carro em um estacionamento cerca de alguns minutos a pé do portão de onde pegaria o credenciamento para entrar no festival. Foi tudo tranquilo e muito fácil identificar quem estava indo para o Summer Breeze, pois muitos metalheads de diversos estados e até mesmo alguns países latino americanos seguiam em massa para lá até chegar aos diversos portões de entrada espalhados. 

Enfim, cheguei ao Summer Breeze encontrei com a minha companheira “Karina Storker” a qual é minha parceira nesta jornada para a reportagem através Big Rock N' Roll, e resolvemos dar uma volta para conhecer a estrutura do festival e com certeza já pudemos ver muitos metalheads com diversos estilos dentro do metal, alguns até com coletes cheios de patches que lotavam as áreas abertas onde tinham Feira Geek, Horror Expo (Exposição de Horror), praças de alimentação, bares, feira de tatuagem, palestras, loja de discos, CDs, Acessórios, Espaço Kids, Área de Descanso, Meeting Great (Seção de Autógrafos) etc. Haviam algumas bandas tocando nos Palcos WET STAGE, HOT STAGE e SUN STAGE, então pude perceber que tudo seria ao mesmo tempo uma vez que a programação de horários das bandas já tinham sido divulgados e que teríamos que escolher o que fazer e para onde ir, “Isso sim é diversidade”, pois estávamos em um festival europeu realizado aqui na nossa terra, festival esse que naquele momento estava realizando um grande sonho de diversos metalheads que sonhavam um dia poder estar em um festival desse, porém lá na Alemanha, onde é o original.


Então vamos para o primeiro dia do festival.

A primeira banda que tive o prazer de conferir foi a Crypta composta por “Luana Dametto” (bateria), “Fernanda Lira” (baixo), “Tainá Bergamaschi” e “Jéssica di Falchi” ambas (guitarras), com seu Death Metal destruidor as 13h15 tocando musicas do seu álbum de estreia “Echoes of the Souls”, estava lotado, não consegui o lugar perfeito, mas fiz o possível para estar o mais próximo para ouvi-las tocando "Possessed", “Shadow Within” e “From the Ashes”, fazendo com que o público presente abrisse um gigante “Circle Pit”. Realmente foi um show cheio de energia, ainda mais pelo orgulho de serem brasileiras e estarem a todo vapor em turnê por diversos países. 

Foto: @raphagarcia

Foto: @diegopadilha


Recepcionados ao chegarem ao aeroporto e hotel um dia antes do festival, “Chris” (vocalista), e sua banda Lord of the Lost entram pontualmente às 15hs trazendo aos fãs brasileiros algo inexplicável, harmonias de um som gótico com uma mistura de "eletrônico", e uma pitada de "metal", como prometido. Com uma performance carregada de energia, eles iniciam o show com a música "Drag Me To Hell", música do qual os fãs pilharam demais ao tocar. Todos os integrantes ofereceram à plateia uma presença de palco animada e carismática, mantendo a precisão em cada uma das músicas do setlist. Na sequência, seguiram com, "Leave your hate and in the Comments", "Born with a Broken Heart", "The Future of a Past Life", "Reset the Preset", e a "Dry the Rain". “Chris” agradece aos fãs pela presença, e diz que está muito feliz em tocar pela primeira vez aqui. A plateia vai enchendo ainda mais, até para quem nem é fã, e eles voltam com a tão esperada "The Gospel of Judas", na sequência "Under the Sun", "Full Metal Whore" e "Loreley". Mais uma vez eles agradecem aos fãs, e mesmo com alguns problemas técnicos, seguram o show com a "Die Tomorrow", em seguida seguem com a recém lançada, "Blood & Glitter", e  voltam novamente para 2012 com a envolvente, "Blood for Blood". Enfim, fecham o show com a animadíssima "La Bomba", da qual “Klaas” (baixista) e “Pi” (Guitarrista), dançam ao tocarem. Definitivamente, o Lord of the Lost fez história neste festival e com certeza conquistou ainda mais fãs, eles deixaram claro que adoraram a experiência, e querem voltar para o Brasil em breve, onde com certeza, serão muito bem recebidos novamente.

A participação do Skid Row tocando em um dos palcos principais do evento, o Hot Stage, foi fundamental nesta edição, já que eles estão com uma nova turnê mundial com o novo vocalista Erik Grönwall que não deixou nada a desejar com sua voz potente, deixando os fãs de boca aberta e com a sensação de “Quem é Sebastian Bach” mesmo? O cara é realmente bom cantando musicas antigas como “Slave to the Grind”, “Big Guns” e “18 and Life”. O público gritava pela banda, quando a fumaça branca invadia o palco ao som de “In a Darkened Room” deixando o clima mais romântico até fecharem com a poderosa “Youth Gonne Wild”.

Foto: @diegopadilha

Foto: @diegopadilha


O Sepultura como sempre é uma das maiores bandas do Thrash Metal Mundial, independentemente de rótulos e época, subiram ao palco totalmente empolgados, pois estavam em casa, esse é o nosso pais, o país do Brasil Heavy Metal e de tantos ícones. Eles abriram o show com a clássica “Policia” cover dos (Titãs), “Insolation” e na sequência a magnifica “Territory” e destruíram com um setlist composto por todos os clássicos que todos nós amamos. Foi um show totalmente destruidor, no palco Ice Stage, um dos principais destacando ao fundo a bandeira do Brasil com o Logo do Sepultura , mandando seu Thrash Metal em clássicos como “Refuse/Resist”, “Arise”, “Ratamaratha” e “Roots Bloody Roots” agitando o público que não parava um só minuto, dava pra ver as rodas gigantescas se abrindo e os gritos “Sepultura” em alto e bom som.

Foto: @raphagarcia

Foto: @raphagarcia


Também pela primeira vez no Brasil, Perturbator, (nome artístico do produtor musical francês James Kent), entra no mesmo palco, se apresentando junto ao baterista “Dylan Hyard”, trazendo diversidade para o festival com o gênero musical Synth Wave. Sendo produtor musical, estava implícito que “Kent” entregaria uma qualidade de equalização altíssima e sua performance no palco Waves Stage atraiu diversos fãs e pessoas interessadas pelo som. É de surpreender o fato de Perturbator, além de ter se apresentado no Summer Breeze, também fez na noite do mesmo o show de abertura da banda Evergrey no Summer Party. Por mais que o festival já tivesse um line-up diversificado, a presença do duo foi uma excelente escolha.

Na sequencia no palco ao lado, o Hot Stage foi à vez do Lamb of God com seu poderoso Metalcore entrar no palco com o público aclamando e gritando muito ao som de “Momento Mori”, em seguida já tocam “Ruin” e “Walk With Me in Hell”, Randy Blythe com sua voz gutural levava o público ao delírio, e o “War of Death” já estavam formados. Os duetos de guitarra poderosos e ao mesmo tempo pesados, foram realmente de arrepiar. E claro que não poderia faltar uma das mais pedidas para fechar a grande apresentação do Lamb of God, a clássica “Redneck”.

Foto: @diegopadilha


O Stone Temple Pilots se apresentando no palco "Ice Stage", volta a São Paulo para a alegria de muitos que aguardaram seu retorno por quatro anos, e a espera foi muito bem compensada. Abrindo o show com a música "Wicked Garden", a banda entregou um espetáculo não só sonoro, como também visual, utilizando diversos recursos vislumbrantes de luzes e cores. Todos os membros tocaram o set impecavelmente, e felizmente, não houve nenhum problema técnico ao longo do show. Após concluir a apresentação com "Trippin' on a Hole in a Paper Heart", a banda retornou ao palco Ice Stage para tocar não um, mais duas encores. Posso terminar dizendo que o show foi fenomenal tanto para fãs, quanto para aqueles que não conhecem a banda.

Foto: @raphagarcia

Foto: @diegopadilha


Accept foi um dos shows mais esperados do primeiro dia e antes de se apresentarem, os fãs já gritavam enlouquecidamente o seu nome. Então, eles começaram com a “Zombie Apocalypse” do novo álbum “Too Mean to Die”, seguido por “Symphony of Pain” e a maravilhosa “Restless and Wild” para fechar a trinca. A performance estava matadora e o público cada vez mais empolgado, ainda mais quando mandaram diversos clássicos como "Midnight Mover", "Breaker", "Princess of the Dawn", "Fast as a Shark" e "Metal Heart", dava pra ver o público cantando e aplaudindo mais e mais, a banda ficou simplesmente de queixo caído ao ver aquele mar de gente. Sem contar com as obras primas “Balls to the Wall” e “I’m Rebel” fechando a noite com chave de ouro.

Foto: @welpenilha

Foto: @welpenilha


E para fechar a noite do primeiro dia do evento, foi à vez da banda mais aguardada, Blind Guardian entrou no palco totalmente ovacionado pelo público, embora já havia visto algumas vezes no brasil, mas um show como esse no Summer Breeze, nunca. Eles mostraram que viriam com tudo, com um som bem alto e potente no Hot Stage com um setlist destruidor contando com uma quadra inacreditável "Imaginations From the Other Side", "Welcome to Die", "Nightfall" e "Time Stands Still (At the Iron Hill)”, nessa hora o público não conseguia acreditar no que estava vendo e ouvindo, pois se trataria de um show inesquecível e pra ficar melhor ainda tocaram o álbum “Somewhere Far Beyond” na íntegra, relembrando a década dos anos 80. Enfim, todos os hits que eu gosto estavam lá e para finalizar ainda tivemos as matadoras “Valhalla” e “Mirror Mirror”.

Foto: @raphagarcia

Foto: @raphagarcia


Infelizmente não conseguimos acompanhar tudo, mas o dia ainda contou com a palestra de Bruce Dickinson, a performance em homenagem à Andre Matos com as bandas Viper e Shaman, Marc Martel cantando músicas do Queen e, encerrando a noite, a banda finlandesa de metal sinfônico Apocalyptica.


Agradecimento especial à Agência TAGA pelo credenciamento e suporte.

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