Big Rock N' Roll - Pensou em rock, pensou Big Rock!: Manowar - Espaço Unimed

Foto: Jake Owens / Magic Circle Entertainment

Manowar - Espaço Unimed - São Paulo/SP - 23 de setembro de 2023

Por Léo Wacken

Fotos: Jake Owens / Magic Circle Entertainment / Léo Wacken

Finalmente após longos oito anos desde sua última vinda a São Paulo em 2015, onde os reis do Metal se apresentaram no Monsters of Rock, a espera acabou e chegou a hora de prestigia-los novamente agora em sua nova turnê mundial intitulada “Crushing the Enemies of Metal”. E como de praxe, cheguei cedo ao local do show para poder rever os amigos de longa data, colocar o papo em dia, saber das novidades de cada um, tirar muitas fotos pra relembrar velhos tempos, comprar merchandising e claro apreciar aquela boa cerveja.

Mesmo com o calor de 34°C que fazia em São Paulo não intimidou os verdadeiros fãs do Manowar que chagavam em peso de todos os cantos da cidade, percebi também muitos ônibus de excursões de diversas cidades e até mesmo países, sim isso mesmo, tanto nossos países vizinhos da América do Sul quanto gringos de outros países como Bulgária por exemplo, Manowar realmente atrai público de todos os continentes, é mesmo uma religião.

E por volta das 21:35hs já pudemos ouvir a introdução em meio toda escuridão, a euforia já tomava conta dos fãs e quando as luzes ascendem, nos deparamos com aquele palco monstruoso todo decorado com diversos desenhos e suas temáticas de guerras medievais com espadas, crânios, bandeiras e o bárbaro ao fundo atrás da bateria abrindo com a poderosa “Manowar” que logo de cara deixou o público empolgado, pois se tratava do Manowar ao vivo mais uma vez em alto e bom som, mais alto ainda em sequência mandaram a clássica “Kings of Metal” que no refrão todos cantaram “Other Bands Play, Manowar Kill”, seguido da majestosa “Fighting the Word” deixando os fãs cada vez querendo mais e mais, pois com certeza seria um show repleto de clássicos que todos queriam ouvir, cantar, bangear, etc. Mal o público parou para sequer respirar, já veio em sequência um grande clássico dos anos 80 com “Holy War” e seu potente refrão seguida de uma mais recente “Immortal.

Foto: Jake Owens / Magic Circle Entertainment

Uma breve pausa para a banda se hidratar e alguns minutos depois a produção monta um mini palco, “Eric Adams” toma a frente em quanto isso para conversar com o público e dizer o que fez pela cidade durante o dia, comentava como era linda nossa cidade e que amava muito tudo isso.

Então palco montado, eis que surgem “Joe DeMaio” e o ex-baterista “Marcus Castellani” para uma breve saudação, em seguida o ex-guitarrista “Evandro Martel” e o vocalista “Cleber Krichinak” formando o “Kings of Steel” a banda brasileira cover oficial do Manowar tocando um dos seus maiores clássicos “Warriors of the World” na primeira parte e logo após com “Eric Adams” nos vocais novamente.

Na sequência pudemos prestigiar um dueto de solos absurdamente magníficos e ensurdecedor do baixo de “Joe DeMaio” com o guitarrista “Michael Angelo” deixando o público de cabelos em pé, foi uma verdadeira aula de solos e o brilho daquele baixo com tons graves estavam perfeitos, sem contar com a performance de “Michael” com tanto virtuosismo e técnicas absurdas.

“Hail and Kill” foi um clássico a parte, pois eu que vos escrevo sou suspeito para falar algo sobre esta música em específico, “risos” que foram seguidas de “The Dawn of Batle” e “King of the Kings”, “The Power” e “Fight Until We Die”, afinal todas as músicas que nós queríamos estavam lá.

Foto: Léo Wacken

O show já se aproximava do final, pois já era hora do bis, a empolgação era tanta que não percebemos que já havia passado mais de uma hora de show, então “Joe DeMaio” entra ao palco para um clássico discurso em português sobre o metal, mas antes decide fazer uma homenagem e um brinde ao manager da banda chamado “Manoel” colocando no telão um vídeo totalmente nada a ver com o show, sem nexo nenhum como se o manager fosse o messias, gerou muita polêmica e eu prefiro nem continuar.

Após a lástima, “Joe” volta ao palco dizendo algumas “gírias” em frases como: “Ontem saí com alguns amigos para bater um rango, chapar o coco e quem não gosta do Brasil, São Paulo e Manowar Vão se F@#€R" arrancando gritos e mais gritos dos fãs...foi um momento hilário.

Então para encerrar a grande cerimônia dos reis do metal, surge ao fundo a águia dourada simbolizando o disco mais clássico da banda que intitulava a próxima música “Battle Hymn” e na sequência a poderosíssima “Black Wind, Fire and Steel” deixando os fãs completamente satisfeitos.