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1 de fevereiro de 2025

1ª edição do Dark Dimensions Fest - Carioca Club - São Paulo/SP

Foto: André Simões / Metal Na Lata


1ª edição do Dark Dimensions Fest - Carioca Club - São Paulo/SP - 25 de janeiro de 2025


Por Rodrigo Noé de Souza (Mtb 0090611/SP )

Fotos gentilmente cedidas por André Simões (@andresantos_mnp / Metal Na Lata (@metalnalata)


São Paulo comemorou seus 471 anos de sua fundação. E, para aproveitar, o Carioca Club resolveu presentear os headbangers paulistanos com um festival de Metal, organizado pela produtora Dark Dimensions. O cast era mais do que especial, com a atração principal: a banda Nervosa, que resolveu escolher a cidade como a primeira da sua turnê mundial, comemorando 15 anos de existência. Além da Nervosa, as bandas Torture Squad, Eskröta, Throw Me to The Wolves, Elm Street e The Damnation também foram escolhidas.

Antes disso, na quinta-feira, dia 23, houve um meet & Greet da Nervosa, no The Metal Bar, que fica na rua Artur Azevedo, em Pinheiros, na Zona Oeste da cidade. A banda toda estava muito energizada, e pronta para atender os fãs. Como sempre, as integrantes foram muito receptivas e simpáticas. Quem também resolveu aparecer foram as vocalistas Mayara Puertas (Torture Squad) e Yasmin Amaral (Eskröta).

Voltando ao sábado, em pleno feriado, a cidade estava muito quente, depois de enfrentar um temporal, castigando o povo, especialmente pra quem anda de metrô. Com o ingresso na mão, as portas abriram às 14h. E, do lado de dentro, encontramos muitas mesas de merchandising das bandas, além de um estúdio improvisado de tatuagem.

A primeira banda a se apresentar foi a The Damnation, liderada pela guitarrista e vocalista Renata Petrelli, que tocou no Sinaya e a baixista Fernanda Lessa no Ancestral Malediction.  O som é calcado no Thrash Metal bem composto. Embora a apresentação tenha sido um tanto tímida, com direito à Renata arrumando as cordas da guitarra, nada se comprometeu, pois a recepção foi calorosa. A baterista Leonora é uma guerreira, pois sua habilidade é monstruosa.

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata


Quem também se surpreendeu foi a banda Throw Me To The Wolves, que tocou um Death Metal Melódico, no melhor estilo Killswitch Engage e In Flames. Até o público abriu rodas e mais rodas, com tamanha brutalidade. a dupla de guitarristas são um show à parte, com técnicas absurdas.

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata


E eis que a Eskröta iniciou o massacre com Grita, para desespero dos machistas de plantão. Yasmin Amaral (vocal e guitarra), Tamires Leopoldo (baixo e backing vocal) e Jhon França (bateria) estavam radiantes, sem falar que a plateia respondia na base do circle pit. Sons, como Não Entre em Pânico (com a participação do Ghostface, do Pânico), Homem é Assim Mesmo, Mosh Feminista (com as mulheres abrindo a roda da morte), Filha do Satanás e Éticamente Questionável faziam a festa do mosh nosso de cada dia. Yasmin fazia seus discursos, agradecendo ao público, e também falando sobre que as mulheres têm voz e vez, combatendo o machismo e a violência doméstica.

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata


Agora foi a vez da banda australiana Elm Street fazer seu som espantar os fantasmas da galera. A banda despertou técnica e feeling, ao passar das faixas. Embora seja um pouco conhecida, a banda fez bonito, quando tocou o cover de Running Free, do Iron Maiden. Realmente, temos que apostar em novas bandas, que resgatam o Thrash Metal.

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata


Passando das 18h, foi a vez do Torture Squad soltar o Diablo de vez, com Hell is Coming. Mayara Puertas (vocal, violão e teclado), Renê Simionato (guitarra), Castor (baixo) e Amílcar Christófaro (bateria) tocaram como se fossem a principal atração. Divulgando seu recente disco, Devillish, a banda tocou Flukeman, Buried Alive, até a hora da Mayara chamar a lendária Leather Leone, pra cantar Warrior, em homenagem aos Gracie. Falando em homenagem, a banda resolveu fazer uma homenagem ao fundador e ex-guitarrista do TS, Cristiano Fusco, que faleceu há algumas semanas, e tocaram Abduction Was The Case.

Mais sons também fizeram a plateia se matar, como Horror And Torture, Raise Your Horns e The Unholly Spell, fazendo o Amílcar massacrar seu kit. Sobre a banda, Renê continua soberbo na guitarra, Castor come baixo com farofa. Já Mayara é uma Diva do Metal, seja cantando gutural, vocal lírico, tocando violão, teclado... Elá é divina. E o baterista dedicou seu show ao Fusco.

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata


Passado quase todas as bandas, era a hora da maior atração fazer bonito. Com uma introdução melódica, Gabriela Abud (bateria) saúda a galera, pra depois Helena Kotina (guitarra), Emmelie Herwegh (baixo) e a Prika Amaral (vocal e guitarra) soltar Seed of Death. A Nervosa abriu a turnê, em plena São Paulo, para comemorar 15 anos de atividade.

Emendando com Seed..., tocaram Behind the Wall, pra depois tocar Death!, do primeiro disco Victim of Yourself. Vale destacar que o set abrangeu toda a discografia da Nervosa, incluindo a demo 2012. Tocaram Nail The Coffin, em seguida Kill the Silence, emendado com Perpetual Chaos, e Venomous. Prika continua com sua pegada na guitarra e também no vocal, despertando a leoa adormecida.

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Era chegada a hora das surpresas, e a maior delas foi a participação do Alex Camargo, do Krisiun, dividindo os vocais com Ungreatful. Embora ele tentasse acompanhar, era visível a sua emoção ao tocar com as meninas e sendo saudado pelos fãs. Prika anunciou o Masked Betrayer, que, por causa dela, assinaram com a Napalm Records. Essa música também foi emendada com Under Ruins. Em seguida, Hostages, Urânio em Nós e Kill Or Die.

Mais participações vieram, com a chegada de Mayara Puertas e Yasmin Amaral, pra cantarem Cultura do Estupro, que foi escrita por João Gordo. E, nessa música, Prika largou a guitarra e assumiu o microfone, que também cantou Into Mosh Pit. A partir daí, cantaram o hino Jailbreak. Era a hora do final, e tocaram Wayfarer, pra depois vir com Guided By Evil, e terminar com Endless Ambition.

Após o show, a banda recebeu o carinho e a atenção dos fãs, distribuindo palhetas, baquetas e dando autógrafos. Realmente, um sábado para entrar na história. Nenhuma banda sofreu sabotagem, nem dificuldades técnicas. Todos trabalharam para dar ao público um show de qualidade soberba e espetacular.

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata

Foto: André Simões / Metal Na Lata


Gostaria de terminar com um comentário que vale a pena ser lido. Enquanto escrevo sobre o festival, no Fantástico deste domingo (26), vão exibir a reportagem sobre uma facção de bandas de Black Metal n4z1st4s. Realmente, uma reportagem dessas, pode-se abrir discussões sobre a música e os temas que serão abordados. Como não fazemos nenhuma apologia à disseminação de ódio e intolerância, venho-me, como profissional da área, dizer que apoiamos a música em geral. E que não compactuamos com discurso de ódio e intolerância. Fica um alerta para quem abrir uma discussão sobre o tema que será abordado. Amem à música, não ao ódio!


Agradecimento a JZ Press e Dark Dimensions pelo credenciamento e Carioca Club  pela atenção.

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