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5 de abril de 2025

De Papo com...Lachlan Galbraith – Ocean Alley

Foto: Duncan Wright


Ocean Alley mira o Brasil e reflete sobre nova fase: “Estamos mais confiantes para experimentar”


Por: Mayara Abreu

Agradecimento: ForMusic


Direto de Sydney para os palcos do mundo, a Ocean Alley é hoje um dos nomes mais interessantes da cena australiana. Conhecida pela sonoridade que mescla rock psicodélico, reggae e uma vibe surf music irresistível, a banda tem conquistado uma base fiel de fãs em diversas partes do planeta - e o Brasil parece estar nos planos para 2025.

Em entrevista exclusiva à Big Rock and Roll, o tecladista Lachlan Galbraith falou sobre o momento atual da banda, o novo single “Left of the Dealer”, influências, o processo criativo e deixou uma pista animadora: “Há uma grande chance de irmos ao Brasil ainda este ano”.


Clássico com toque Ocean Alley:

Lançada no início de março, “Left of the Dealer” surpreende ao se distanciar do groove ensolarado característico da banda e mergulhar em um som mais cru e direto, com ecos do rock clássico. A mudança foi intencional. “Queríamos algo diferente, mais simples e direto”, contou Lachlan. “A faixa começou com um riff do Mitch (Salvatto, guitarrista), e foi crescendo naturalmente. Não colocamos muita pressão, só nos deixamos levar pelo momento.

A música também marca um momento de liberdade criativa para a Ocean Alley. “Com o tempo, a gente aprendeu a confiar no nosso instinto. Hoje nos sentimos mais livres para testar coisas novas, mesmo que seja algo fora do que o público espera”, explicou o tecladista.

A estética retrô do clipe — gravado em VHS — reforça esse mergulho no passado. “Demos liberdade total ao Duncan Wright, que dirigiu o vídeo. Ele tinha uma visão muito clara, quis brincar com esse visual oitentista, quase bizarro. Ficou hilário e inesperado. Achamos que combinou bem com a energia da música.

Foto: Divulgação / Instagram


Sem pressa, mas com vontade:

Com quatro álbuns de estúdio lançados desde 2013, a Ocean Alley tem demonstrado consistência em sua trajetória, mas sem abrir mão da espontaneidade. Segundo Lachlan, não há uma fórmula pronta: “A gente tenta não pensar demais. Muitas músicas nascem de jams no estúdio. Às vezes um riff vira música em minutos, outras vezes fica guardado por meses até virar algo. O importante é que tudo surge de forma muito orgânica”.

Quando perguntado sobre um novo álbum, Lachlan foi honesto: “Estamos trabalhando em novas músicas, mas sem pressa. A gente quer lançar algo quando fizer sentido. Pode ser um disco completo, pode ser algo diferente. Ainda estamos sentindo o momento.


Cenário australiano e amizade verdadeira:

Vindo das praias do norte de Sydney, o grupo começou a tocar junto ainda na adolescência. “A gente se conhece desde moleque. Crescemos surfando, tocando música, indo a festas juntos. Isso cria um vínculo difícil de explicar. A banda é como uma família.

Essa conexão, segundo Lachlan, é o que torna tudo mais fácil na estrada. “Ficar tanto tempo viajando com as mesmas pessoas pode ser difícil em outras bandas, mas no nosso caso é divertido. A gente se respeita muito, e isso mantém a energia leve.

Ele também comentou sobre a cena australiana atual: “Tem muita coisa boa acontecendo por lá. Bandas como Tame Impala abriram caminhos. Hoje existe um interesse maior no que está sendo feito na Austrália. E acho que o público brasileiro já tem essa sintonia com a nossa energia.


Conexão emocional com os fãs:

Mais do que números em plataformas ou festivais esgotados, o que motiva a Ocean Alley é a conexão emocional que criam com os ouvintes. “Sempre ficamos emocionados quando alguém nos conta que nossa música ajudou num momento difícil, ou marcou uma fase da vida. Isso mostra que estamos no caminho certo. A música é isso: conexão.

Segundo ele, a recepção calorosa que recebem nas redes sociais vindas de brasileiros é constante. “Vocês são super apaixonados. Sempre que postamos algo, há comentários do Brasil, gente pedindo shows, cantando as letras. Isso nos dá muita vontade de ir. Nunca estivemos aí, mas temos falado com nossa equipe e existe uma boa chance de estarmos aí ainda este ano.


Ocean Alley no Brasil? Pode esperar:

Para os fãs que sonham em ver a Ocean Alley ao vivo no Brasil, a expectativa só cresce. “Queremos muito viver essa experiência. Já tocamos em vários lugares incríveis, mas o Brasil tem algo especial. A energia que sentimos mesmo à distância é absurda.

Enquanto os planos se concretizam, o grupo segue rodando o mundo com a turnê atual, testando músicas novas nos shows e prometendo surpresas para os próximos meses.

Se depender do groove, da vibe positiva e do talento, o Brasil já está mais do que pronto para receber a Ocean Alley de braços abertos.


Confira o bate-papo na íntegra:

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