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| Foto: b+ca |
Planet Hemp - Fundição Progresso - Rio de Janeiro - 13 de dezembro de 2025
Por: Mayara Abreu (@mayabreuq)
Fotos gentilmente cedidas por: b+ca / 30e
Se era despedida, o Planet Hemp fez questão de transformar em celebração. O último show da banda na Fundição Progresso, na Lapa, foi daqueles que já começam históricos antes mesmo da primeira nota: sold out anunciado, fila dobrando a rua e um mar de camisetas estampando logos, letras e símbolos que atravessam gerações. Do lado de fora, a ansiedade era coletiva. Do lado de dentro, a promessa era clara: ninguém sairia ileso.
A Fundição Progresso estava tomada. Arquibancadas cheias, pista pulsando e um público que parecia saber exatamente o peso daquela noite. O merch virou ponto de encontro: filas constantes para garantir itens exclusivos criados especialmente para a ocasião — bandeiras, pins, adesivos, isqueiros personalizados. Não era só consumo, era memória sendo comprada pra levar pra casa.
Quando o Planet Hemp entrou em cena, a resposta veio no corpo. Moshpits se formaram rapidamente, abriram, fecharam, reapareceram em diferentes pontos da pista. Era suor, empurrão, abraço e grito tudo ao mesmo tempo. Um show longo, com mais de duas horas de duração, que não soou em nenhum momento cansado. Pelo contrário: parecia crescer a cada música.
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| Foto: b+ca |
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| Foto: b+ca |
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| Foto: b+ca |
O repertório passou por fases, estéticas e discursos que ajudaram a moldar não só a banda, mas boa parte da música brasileira que flerta com rap, rock, hardcore e cultura de rua. De “Dig Dig Dig (Hempa)” a “Legalize Já”, de “Não Compre, Plante!” a “Contexto”, o Planet Hemp reafirmou por que sempre foi mais do que uma banda: é um posicionamento.
Um dos momentos mais simbólicos da noite aconteceu em “Queimando Tudo”, quando Gus, do Black Alien, subiu ao palco e permaneceu até o fim do show, participando de várias músicas. A presença constante dele reforçou o clima de comunhão, amizade e história compartilhada, algo que só bandas com trajetória real conseguem sustentar em cima de um palco.
O final veio em clima de respeito e gratidão. O encore não soou como obrigação, mas como extensão natural de uma noite que ninguém queria encerrar. A Fundição Progresso virou território de despedida, mas também de reafirmação: o Planet Hemp saiu do palco do mesmo jeito que sempre esteve ali: incendiando, provocando e unindo.
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| Foto: b+ca |
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| Foto: b+ca |
Na Lapa, naquela noite, não foi só um show. Foi ritual, foi catarse, foi memória coletiva sendo escrita ao vivo.
Agradecimento à 30e pelo credenciamento e atenção.









