Histórias dos maiores guitarristas no mundo do rock. Essa semana: Ritchie Blackmore
Richard 'Ritchie' Hugh Blackmore (Weston-Super-Mare, 14 de abril de 1945) é um músico inglês, conhecido por tocar guitarra nas bandas Deep Purple e Rainbow.
Pouco tempo depois de nascido, Ritchie se mudou de Weston-Super-Mare para Heston, Middlesex, tendo então dois anos de idade. Seu pai lhe comprou o primeiro violão em 1955, quando ele tinha 10 anos, e lhe deu algumas aulas de violão clássico.
Curiosamente, no início Ritchie se mostrou pouco talentoso e demorava
muito para aprender o instrumento, até que, aos 13 anos, seu pai – já
sem paciência – disse que lhe quebraria o violão na cabeça se ele não
progredisse,senão seria punido seriamente.
A primeira banda que Ritchie tocou, ainda muito jovem foi o 2Is Coffe Bar Junior Skiffle Group,
tocando guitarra acústica, mas, ganhou reconhecimento (somente na
Inglaterra) quando entre 1962-1967 acompanhou grupos maiores como o Savages (que trazia em seu elenco Screaming Lord Sutch, e que trouxe o primeiro solo de Ritchie gravado, em um cover de Johnny Burnett chamado “Train Kept A Rollin”) , Heinz & The Wild Boys, The Outlaws, e os Crusaders de Neil Christian.
Em abril de 1965, Ritchie Blackmore editou um compacto solo pelo selo Oriole, que trazia músicas como “Little Brown Jug”, “Getway”, e, contava com a contribuição de Nicky Hopkins no piano.
Ritchie Blackmore costuma citar Big Jim Sullivan, (famoso por tocar em discos de Tom Jones e Dave Berry) seu professor de guitarra, como sua maior influência e “maior guitarrista de Inglaterra”.
Ritchie Blackmore foi um dos fundadores do Deep Purple em 1968 juntamente com Rod Evans (vocalista), Nick Simper (baixo), Jon Lord (teclados) e Ian Paice (bateria). A banda rapidamente obteve sucesso com sua regravação de Hush, de Joe South. Evans e Simper foram depois substituídos por Ian Gillan (vocalista) e Roger Glover (baixo).
O primeiro álbum de estúdio dessa segunda formação, In Rock,
revolucionou o som da banda, tomando um rumo mais pesado. Ritchie, na
época, descreveu o vocal de Ian Gillan como "gritos profundos com uma
pegada de blues". Canções de In Rock incluem Speed King e Child in Time.
O Deep Purple gravou em seguida o álbum "Fireball" uma jóia de disco
considerado por muitos um dos melhores gravados pela banda. Músicas como
"Fireball", "No,No,No" e "Strange Kind of Woman" mostravam já um grupo
mais maduro em termos de rock com arranjos elaborados e riffs clássicos
dos guitarrista Ritchie Blackmore e do tecladista Jon Lord.
O Deep Purple então gravou seu álbum mais conhecido, Machine Head, no estúdio móvel dos Rolling Stones em Montreux, Suíça. A banda originalmente pretendia gravar num casino em Montreux mas, na noite anterior ao início da gravação, o casino estava reservado para um concerto de Frank Zappa (com os membros do Deep Purple na platéia). Neste show, alguém da platéia disparou um sinalizador no piso feito de bambu. Isso provocou um grande incêndio e o casino foi destruído. A tragédia foi documentada na letra do que se tornaria a mais famosa música do Deep Purple: Smoke on the Water. O riff de abertura dessa música é considerado por muitos como o mais distinto e original já gravado.
Após sair do Deep Purple, Ritchie formou o Rainbow, que originalmente tinha o ex-vocalista do Elf, Ronnie James Dio, o baixista Craig Gruber, o baterista Gary Driscoll, e o tecladista Mickey Lee Soule. O álbum de lançamento da banda, Ritchie Blackmore's Rainbow, foi lançado em 1975. O nome da banda fora inspirado no mundialmente famoso bar de Hollywood chamado Rainbow, freqüentado por músicos e amantes do rock. Foi no Rainbow
que Ritchie passou boa parte do tempo em que esteve fora do Deep
Purple, e foi lá que ele conheceu Dio, cuja banda Elf várias vezes abriu
shows do Deep Purple.
A música da banda Rainbow era diferente da música do Deep Purple. Suas melodias eram mais diretamente inspiradas pela música medieval e as letras de Dio falavam de castelos, reis e espadas. Dio possuía uma voz poderosa e flexível, capaz de executar tanto rocks pesados quanto baladas
leves. É interessante notar que os únicos créditos de Dio nos álbuns do
Rainbow referem-se ao arranjo das músicas junto com Ritchie e escrita
das letras.
Ritchie Blackmore mandou todos do Rainbow embora, exceto Dio, pouco tempo depois da gravação do álbum e recrutou Cozy Powell (ex-baterista do Jeff Beck Group) e mais dois desconhecidos: um baixista chamado Jimmy Bain e um tecladista chamado Tony Carey. Esta formação gravou o álbum Rainbow Rising, provavelmente o álbum preferido dos fãs do Rainbow.
Tanto com o Deep Purple quanto com o Rainbow, Ritchie Blackmore tocou quase que exclusivamente com guitarras Fender Stratocaster, geralmente com o captador central retirado ou desligado.
Seu riff mais famoso (e proibido em muitas lojas de guitarra) é o da música Smoke on the Water. Ritchie o executa sem palheta, usando dois dedos para vibrar duas cordas adjacentes e pressionadas em intervalos de quarta justa.
Em seus solos, Ritchie combinava escalas de blues e frases em escalas menores da música clássica européia, fundando o que depois foi chamado de "escala neoclássica" da guitarra, muito popularizada pelo Metal Neo-Clássico.
Atualmente é o guitarrista da banda de folk rock Blackmore's Night. Foi considerado o 50º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone
Nascimento:
14 de abril de 1945 (70 anos)
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