C6 Fest - Parque do Ibirapuera - São Paulo - 21 de maio de 2023
Por Pedro Pellegrino
Fotos gentilmente cedidas por Flavio Santiago (OnStage)
Dia 21 de maio de 2023, estivemos na primeira edição do festival C6 Fest. O evento aconteceu no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e contou com uma bela infraestrutura: três palcos, vários guichês de comidas e bebidas espalhados pelo Parque. Tudo muito bem organizado, com muitos funcionários para nos orientar. A sala de imprensa estava caprichada com sanduiches, refrigerantes e sucos. Após circularmos por todo o evento: a pista de dança com música eletrônica só iria bombar dali algumas horas, fomos para o palco maior onde já havia começado o primeiro concerto do dia.
Tulipa Ruiz estava cantando com a banda "O ano de 1973", Arnaldo Antunes entrou na sequência, o cantor se juntou a Kiko Dinucci, Juçara Marçal, Linn da Quebrada, Giovani Cidreira e Jadsa. Fizeram uma bela homenagem para Rita Lee. Após esse show, iria rolar Tim Bernardes cantando Gal Costa, e fechando o evento, Caetano Veloso.
Encontramos algumas personalidades no festival: Lorena Calábria, Cazé (ex-MTV), Nando Machado (Wikimetal e Kazagastão), Lúcio Ribeiro e Martha Nowill.
Na Tenda Heineken estava acontecendo os shows mais concorridos: "a melhor banda do mundo" segundo a revista The Quietus: Black Country, New Road. Um som transcendental. Uma pena que o seu principal líder, Isaac Wood, saiu no ano passado para cuidar de sua saúde mental. Vamos torcer para que ele se recupere. A banda inglesa realizou um show muito bonito.
Weyes Blood é uma cantora da Califórnia, com muitos fãs no Brasil. Sua extensão vocal é impressionante, ela botou abaixo o palco do Ibira. Os fãs entoavam suas canções com paixão, choravam e pediam à cantora em casamento.
Com cinco álbuns no currículo, Weyes destilou bom humor e felicidade por finalmente estar no Brasil. Um casal a nossa frente dizia que Weyes era a nova Joni Mitchel. "Já queria ir muito ao Brasil, quando veio a pandemia, eu senti que nunca iria... obrigado aos meus amigos brasileiros por sempre me esperarem!".
Foto: Flavio Santiago |
Foto: Flavio Santiago |
Foto: Flavio Santiago |
Foto: Flavio Santiago |
Foto: Flavio Santiago |
No fim do show da musicista americana, muitos foram embora. Achamos estranho, pois a banda que fecharia a noite, era a mais conhecida, pelo menos pra nós.
Mas estávamos enganados, o The War on Drugs levou muita gente para assisti-los.
O War on Drugs foi fundado em 2005. Possui uma longa trajetória na música alternativa. Com cinco álbuns na carreira, um deles "A Deeper Understanding" levou o Grammy de melhor álbum de rock em 2017.
Várias Influências de canções dos anos 80, Bruce Springsteen, Bob Dylan, Tom Petty, e música eletrônica na medida certa, fazem do The War on Drugs, uma das bandas prediletas desse que vos escreve.
Adam Granduciel (o pequeno gênio do grupo) é o cantor, guitarrista, ele toca gaita, e quase todos os instrumentos. Aliás, a sua gaita, ele presenteou um sortudo na plateia, após executá-la lindamente durante o concerto.
Os outros integrantes do War são fabulosos também, destaque para o figurão batera: Charlie Hall, e o cool baixista David Hartley. Completam a banda: o saxofonista e tecladista Jon Natchez, Robbie Bennett no piano, teclado, violão e backing vocals, e Anthony Lamarca nos violões, guitarra e teclado.
Mas a banda é do Adam. Sua voz e sua guitarra são lendárias. O timbre que ele tira de sua guitarra é magistral, e não tem como não viajar e não se emocionar com seus solos divinos.
Adam é um dos últimos guitar heroes. Ele não é muito de falar com o público. Nem é preciso. Ele se comunica através de suas canções. Elas nos fazem sorrir e sentir felizes por estarmos vivos.
Foto: Flavio Santiago |
Foto: Flavio Santiago |
O som do War on Drugs é contemplativo, muitas baladas, canções para se pegar uma estrada, canções para se pensar na vida, nos relacionamentos e nas pessoas que já nos deixaram. Mas algumas músicas fizeram toda a Tenda Heineken pular como se quiséssemos extirpar toda a dor do mundo.
Muitas vezes quando estou sem inspiração (ou quero escrever com uma trilha-sonora), existem três bandas que me ajudam a escrever, o The War on Drugs é uma delas.
Muito obrigado pela inspiração, Adam, e valeu por esse show antológico!
*Quero dedicar esse texto à minha prima Adriana Iassuda Martelletti que faleceu no dia do show do The War on Drugs, é claro que pensei muito nela durante o show.
Agradecimento especial à SIG Conteúdo e Cultura e C6 pelo credenciamento e organização do Parque Ibirapuera pela atenção e suporte.
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