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| Foto: Belas Letras |
No dia 3 de dezembro, a Belas Letras começa a pré-venda no Brasil da versão em português de 'Ozzy Osbourne: O Último Ritual', o livro de memórias derradeiras de um dos maiores ícones da história do rock. Escritas com a sinceridade brutal e o humor ácido que marcaram sua vida e sua carreira, as páginas revelam um Ozzy íntimo, vulnerável e surpreendentemente inspirador, um artista que, mesmo diante da dor e do declínio físico, jamais perdeu o espírito irreverente que o transformou em um símbolo eterno da música pesada.
Aos 69 anos, em plena turnê de despedida, Ozzy vivia um momento triunfal: arenas lotadas, críticas entusiasmadas e uma consagração tardia como um dos grandes mitos vivos do rock. Até que um contratempo aparentemente banal - uma infecção no dedo — se transformou em um colapso físico devastador. Em questão de semanas, o cantor foi internado, submetido a cirurgias e viu-se paralisado do pescoço para baixo. A vida de excessos, o corpo castigado e a implacável passagem do tempo pareciam finalmente ter vencido o “Príncipe das Trevas”.
Em O Último Ritual, Ozzy mostra sua resistência incansável. Entre momentos cômicos e dolorosos, o músico relembra como o apoio de sua família foi essencial – como quando havia desistido da reabilitação e sua filha Kelly o convenceu a voltar ao estúdio, incentivando-o a cantar com o rapper Post Malone, em uma das parcerias mais improváveis de sua carreira.
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| Foto: Belas Letras |
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| Foto: Belas Letras |
O Príncipe das Trevas revisita os bastidores do turbulento casamento com Sharon Osbourne e momentos marcantes de sua trajetória. Um deles, Ozzy destaca como o melhor show de sua vida: o do Monsters of Rock, em Castle Donington (1984). Na ocasião, ele nem era a atração principal, mas ficou fora de órbita antes da apresentação e precisou de uma injeção de Decadron para conseguir subir ao palco — e entregar, segundo ele mesmo, uma performance “destruidora”.
Ozzy também revela qual foi o álbum mais difícil e irritante de sua carreira: Ozzmosis. A pressão era enorme, e o comportamento “torturador” do produtor Michael Beinhorn o levou ao limite – ele exigia que Ozzy cantasse em uma linha diferente de microfones a cada verso, fazendo dezenas de takes por dia. O processo foi tão exaustivo que o vocalista acabou se afundando em vodca e codeína líquida para suportar as gravações.
Ao falar de sua doença de Parkinson, Ozzy compartilha momentos delicados, como a do Grammy de 2014, quando o Black Sabbath ganhou o prêmio pela performance de metal. Ao apresentar Ringo Starr, um de seus heróis, Ozzy repetiu a mesma frase três vezes — efeito dos medicamentos — e viveu um momento de constrangimento em rede mundial.
O livro também traz uma das lembranças mais emocionantes de sua vida: os últimos dias de Lemmy Kilmister, vocalista do Motörhead e seu amigo de longa data. Ozzy recorda o último encontro entre os dois durante uma turnê na América do Sul, quando Lemmy já demonstrava sinais de que o fim estava próximo.
Para finalizar, Ozzy fala de um dos momentos mais importantes dos seus últimos dias: o show de despedida Back to the Beginning. Em um dos relatos mais emocionantes da obra, o vocalista relembra os ensaios com o Sabbath, as lágrimas de felicidade que compartilhou com seus filhos e amigos de longa data, como Slash, e como esse show foi seu melhor remédio desde que seus problemas médicos começaram em 2019.
Mais do que uma autobiografia, o livro é uma despedida, uma celebração de vida, caos e criatividade. É o testemunho final de um artista que sobreviveu a tudo: às drogas, aos excessos, às quedas, à fama e ao próprio corpo. E que, mesmo diante da morte, jamais perdeu a capacidade de rir de si mesmo.
O livro “Ozzy Osbourne: O Último Ritual” está disponível em formato de pré-venda em sites parceiros como Travessa, Livrarias Curitiba, Martins Fontes, Livraria da Vila, Amazon entre outros. A obra chega às livrarias a partir do dia 05 de fevereiro de 2026.



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