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29 de dezembro de 2025

Matanza Ritual celebra seu primeiro disco de estúdio com um show caótico no Carioca Club

Foto: João Zitti 


Matanza Ritual – Carioca Club - São Paulo/SP - 21 de novembro de 2025


Por João Zitti (@joaozitti.work)

Fotos: João Zitti (@joaozitti.work)


Após muitos pedidos, Jimmy London e o Matanza Ritual passaram pela capital paulistana no mês de novembro, em um ano muito agitado tanto na cena musical no geral quanto dentro do próprio grupo, com o lançamento do seu então aguardado disco de estreia. Aos que não conhecem: o Matanza Ritual é um projeto encabeçado pelo icônico Jimmy London, ex-vocalista do Matanza, e pode ser considerado praticamente um supergrupo, contando com a presença de Antônio Araújo (guitarra - e ex-membro do Korzus), Felipe Andreoli (baixo - e que você certamente conhece por conta do Angra) e Amilcar Christófaro (bateria - do Torture Squad). O show do grupo em São Paulo fez parte da turnê de divulgação do primeiro disco de estúdio da banda, o “A Vingança É Meu Motor”, e ocorreu no Carioca Club, localizado na região de Pinheiros. 

A abertura da noite ficou por conta da banda Throw Me To The Wolves, grupo paulistano que tem crescido cada vez mais nos últimos tempos, já tendo se apresentado com outros grandes nomes como HammerFall, Exodus e Possessed. E essa ascensão não é à toa: a apresentação como um todo foi extremamente sólida do início ao fim, contando com momentos mais pesados - ocupados pela pesada sonoridade apresentada pelo grupo - e mais leves, dominadas pelas interações divertidas entre os próprios membros da banda e, também, com o público, como por exemplo a hora em que o vocalista Diogo Souza anunciou que iriam tocar uma música inspirada em O Senhor dos Anéis, o que levou o público a loucura. Mesmo como banda de abertura e, consequentemente, com uma apresentação mais curta, a banda fez questão de trazer um diferencial a mais para essa performance, chamando ao palco o vocalista do Korzus, Marcello Pompeu, para cantar a última música, trazendo aos fãs um excelente encerramento para essa primeira apresentação. 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


Pouco depois, os grandes anfitriões da noite finalmente subiram ao palco, já logo começando a apresentação com os dois pés no peito do público, tocando “Meio Psicopata”, “Remédios Demais” e a icônica “A Arte do Insulto” uma atrás da outra. A palavra que definiu a apresentação como um todo foi “caos”, mas em um sentido extremamente positivo (ironicamente): a sonoridade mais caótica e frenética das músicas, aliada com letras explicitamente escrachadas, fazem como que o ambiente se torne automaticamente uma bagunça generalizada (mas ainda sim, controlada) e, por conta disso, muito divertida. Se a energia musical desse “Matanzaverso” fosse uma pessoa, com toda certeza seria um motoqueiro barbudo em um bar, personagem esse que é muito bem interpretado pelo Jimmy London. Com uma excepcional presença de palco, Jimmy cativou (e muito) todo o público presente, que cantou palavra por palavra de todos os grandes clássicos do Matanza. O vocalista se moveu sem parar pelo palco, fazendo brincadeiras, jogando desordenadamente seus braços, em um caos e energia sem igual, quase como se estivesse pronto para quebrar uma garrafa na cabeça de alguém em uma briga de bar. Tudo isso, claro, mantendo sua característica linha vocal, um dos principais pilares na sonoridade que conhecemos quando o assunto é Matanza. 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


A parte instrumental não ficou para trás, muito pelo contrário: guitarra, baixo e bateria estavam em plena sintonia do início ao fim do show. Na apresentação, a única diferença na formação se deu no baixo, com Renan Campos assumindo o posto de Felipe Andreoli nessa e em algumas outras apresentações, visto que o titular estava participando da turnê internacional de Kiko Loureiro no momento. Mesmo assim, Renan se encaixou muito bem no show, trazendo toda a energia e velocidade necessárias para a apresentação. 

Como era de se esperar, a grande maioria do setlist da apresentação foi focado em trabalhos do Matanza, enquanto intercalado por algumas das canções realizadas pelo Matanza Ritual. Músicas como “Clube Dos Canalhas”, “Eu Não Gosto de Ninguém” e “Ela Roubou Meu Caminhão” foram os grandes destaques da noite, enquanto as canções do Matanza Ritual se encaixaram, de um modo geral, bem em meio ao setlist da apresentação, com destaque para a faixa “Lei do Mínimo Esforço”, parceria com Chico Brown que pode ser considerada uma das melhores inéditas lançadas pela banda. 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 

Foto: João Zitti 


Com um show energético, caótico e frenético, Matanza Ritual mostrou que tem um forte respeito pelo passado e que possui um futuro muito promissor, mantendo acesa a chama do Matanzaverso para as futuras gerações. 


Agradecimento Tedesco Comunicação e Midia pelo credenciamento e atenção. 

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