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28 de março de 2017

Resenha: Gerson Conrad em São Paulo

Gerson Conrad retomou os palcos na noite de sábado (25) no Teatro UMC com a Trupi. Para uma plateia pequena, formada essencialmente de amigos e fãs, Gerson e sua banda apresentaram releituras de sucessos dos Secos & Molhados, músicas de sua carreira solo, além de material inédito que está sendo negociado para lançamento. O show atrasou pouquíssimos minutos, mas em compensação, o público pôde se deliciar com o músico tomando um refrigerante antes do show no saguão de entrada do teatro. Eu mesma fui uma que não conseguiu parar de ficar encarando! (risos)

 

A banda se posicionou no palco e logo começou com “Bons Tempos”, de seu álbum solo em parceria com Zezé Motta de 1975: “Essa música se refere ao tempo quando eu tinha entre meus 17 aos 20 anos quando a vida estava para acontecer, com mil ideias... E aconteceu: com o Secos & Molhados”. Logo em seguida, ele e a Trupi abriram o bloco dedicado aos sucessos de Gerson Conrad à época de Secos. Apresentaram “El Rey” numa das releituras, ao meu ver, mais diferentes de todas as feitas das músicas da banda. Em seguida, Gerson desceu do palco e deliciou a plateia com “O Vira”, cantada entre o público. “Sangue Latino”, featuring um versinho de “Amor” e “Rosa de Hiroshima” fecharam o bloco acompanhado das cantorias da plateia.



“E você?”, “Teias”, Cobras” e “Estação” estão entre as músicas apresentadas pelo grupo. O blues permeou boa parte da apresentação da banda que estava visivelmente entrosada e se divertindo bastante no palco. Entretanto, um dos pontos altos do show foi o encore, momento em que Gerson Conrad retornou ao palco sem a banda para cantar “Patrão Nosso de Cada Dia”. A plateia adorou quando Gerson, ao fim da música, deixou que os fãs pedissem as músicas que gostariam de ouvir: “Hoje eu estou bonzinho”, disse o músico amigavelmente, deixando claro que iria atender a pedidos. Quase que automaticamente os títulos surgiram: Fala! Hierofante! Flores Astrais!



“Fala” foi a primeira da lista de pedidos, entretanto a música não estava ensaiada e Gerson, depois de perceber que o público não iria desistir tão facilmente, apenas deu a base dos acordes para que a Trupi o acompanhasse. Dito e feito! A apresentação deixou o público realizado e a banda, mesmo no improviso, estava afiadíssima. O fechamento do bloco se deu com o pedido inesperado de Mulher Barriguda. Mesmo não tendo sido ensaiada, a performance ficou incrível e o público cantou junto do começo ao fim: “Lembrar Secos & Molhados assim no grito e sem ensaios é um terror! (risos)” afirmou o cantor ao final da música. Obviamente, a apresentação ficou bem longe de estar um horror.



Numa vibe intimista, mas bastante animada e de entrosamento entre banda e plateia, o final do show, de aproximadamente 70 minutos, se deu com a canção “Direto Recado” que, como o próprio nome diz, é um poético recado sem meias palavras para brigas e rixas que já ficaram (ou deveriam ter ficado) no passado. Aplaudido de pé, Gerson Conrad em poucos momentos, estava no saguão do teatro tirando fotos, dando autógrafos e batendo um papo com os fãs e amigos. Para fãs de Secos & Molhados e de Gerson Conrad, a noite de sábado foi uma deliciosa noite de lembranças. 



Gustavo Bass, o baixista, também fez sua aparição tomando um cafezinho e, obviamente, não passou despercebido ao radar do Big Rock ‘N Roll. Confira a entrevista com o baixista no próximo post!

 
Texto por: Marcela Monteiro
Fotos: Rodrigo Normando

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