Neste
domingo (24), os ingleses do Def Leppard entraram no palco do Allianz Parque
exatamente no horário agendado, às 19:45hs, para o terceiro dia do São Paulo Trip.
Pura pontualidade britânica.
O show
teve início com “Let’s Go”, que levantou o público e foi acompanhada de “Animal”,
para mostrar que a banda não estava para brincadeira. O clima montado remetia
totalmente aos anos 80, com luzes, projeções do início da banda e muito brilho.
A banda estava
em perfeita sintonia com a plateia, que vibrava e aplaudia a cada canção
anunciada. Os integrantes iam de um lado ao outro do palco, aproveitando o
espaço e interagindo com o público.
Os
guitarristas Phil Collen e Vivian Campbell tocavam em perfeita sintonia e suas
guitarras ecoavam por todo estádio. O carismático vocalista Joe Elliott
declamava as canções e apresentava os integrantes da banda. Com certeza a
estrela maior foi o baterista Rick Allen, que mostrou sua grande forma e toda
força da cozinha da banda.
As
baladas oitentistas e as pedradas mostraram que a banda está melhor
tecnicamente do que há alguns anos e ainda é capaz de queimar muita lenha nos
palcos.
Após
desfilar alguns sucessos, como “Pour Some Sugar On Me”, além de canções mais
recentes, o Def finalizou com “Rock of Ages” e “Photograph”, fazendo a galera
pular e cantar junto.
De fato,
o show foi impecável, com muita energia e certa nostalgia, e o público
definitivamente não teve vergonha de voltar no tempo, de usar roupa de couro
apertada e de assoviar todos os solos entoados pelas guitarras.
Vamos falar sobre o Aerosmith. Eles realmente
fazem jus ao título de seu último disco e mostraram que são de outra dimensão.
Depois de um grande show no Rock in Rio, os dinossauros do rock desembarcaram
em São Paulo para fechar o penúltimo dia da São Paulo Trip.
Quebrando os protocolos, entraram no palco com praticamente 30 minutos
de atraso, coisa que nenhuma outra banda tinha feito ainda. Todas as demais
entraram no palco exatamente no horário. Mas estamos falando de Steven Tyler,
então, é compreensível.
O público estava completamente eufórico e ansioso quando as luzes se
apagaram e o telão começou a mostrar uma viagem na história da banda: as capas
de todos os discos juntamente com trechos históricos dos americanos.
Após essa breve introdução de quase 50 anos em 2 minutos, Steven Tyler,
Joe Perry, Joey Kramer, Tom Hamilton e Brad Whitford começaram o show com
"Let the Music Do the Talking", e colocou o público todo pra pular.
Logo em seguida mandaram uma pedrada, "Love in an Elevator", que
levou todo mundo a loucura.
Steven, que está com 69 anos, se mostra melhor do que nunca.
Completamente endiabrado, ele correu por todo palco, falou um bom português com
um "Eai, meu?", chamou fãs
pro palco, tocou gaita, piano e não deixou seus companheiros nem o câmera em
paz. Ele não parou um segundo sequer. Joe Perry mostrou sua bela forma,
deixando seus solos ecoarem pelo estádio.
A banda se concentrou na fase entre os anos 80 e 90, soltando clássicos
como "Crazy", "Cryin", "Livin' on the Edge" e "Rag Doll". Mandaram clássicos do
Fleetwood Mac e dos Beatles, como "Come Together".
Era visível que a banda estava completamente à vontade e se divertindo
muito, enquanto o público pulava, se emocionava, chorava e gritava. Após uma
breve pausa para inclusão do piano no palco, a banda voltou arrebentando com
"Dream On" featuring Joe em cima do
piano. A apresentação foi encerrada com "Walk This Way", numa levada
e força que contagiava a todos.
O show foi completamente avassalador e não deixou pedra sobre pedra.
O Aerosmith não apenas tocou, deu uma aula de Rock n' Roll! Um verdadeiro
espetáculo!
O que rola é que a banda está em sua turnê de despedida e não sabemos se
é verdade ou uma jogada de marketing. O que sabemos é que
os Bad Boys de Boston podem manter o alto nível por anos e anos, e isso é
incrível e sensacional!
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