O amadurecimento profissional e
os meses ocupados com minuciosos processos de composição e gravação de todas as
músicas que irão compor o segundo disco, Ma, são agora compartilhados
pelo Huey com o lançamento do primeiro single, "Pei", uma
instigante e complexa faixa que acentua o rock instrumental da banda paulista.
"Pei" já disponível para streaming e download gratuito em https://hueyband.bandcamp.com.
O single estreou com
exclusividade na última segunda-feira (27), no programa Heavy Pero No Mucho, o
principal especializado em música alternativa do país que é comandado por
Thiago Deejay na 89 Rádio Rock. Em breve, o Huey disponibilizará o videoclipe
de "Pei" e o álbum Ma, previsto para sair nos primeiros meses
de 2018, será lançado pela conceituada Sinewave Label.
"Pei" reforça a
proposta do Huey em mesclar diferentes sonoridades, mas sempre explosivas e
impactantes. Neste novo single, o instrumental é progressivo, tem groove e
peso, contém passagens introspectivas e flerta até mesmo com batidas
eletrônicas. Assim como todas as demais músicas de Ma, foi gravada no Family
Mob, em São Paulo, por Steve Evetts e Hugo Silva, e masterizado por Alan
Douches.
O guitarrista Vina explica a
relação deste primeiro single com o conceito do álbum. "Ma é a
representação de que o silêncio é tão importante quanto o que a gente quer
transmitir. Dentro disso, a música 'Pei' pode ser, antes de qualquer coisa, uma
expressão para aquilo que a gente muitas vezes não encontra palavras para
significar. Vai além do verbete ou classificação comum. É mais forte e
representa bem o momento que a gente está vivendo".
É que no Huey, não há espaço para véus. As camadas de som são expostas, orgânicas, e econômicas nos efeitos. A combustão provocada pelas três guitarras de Vina, Dane e Minoru, com o baixo de Vellozo e a bateria de Rato, não ocorre em quatro paredes, mas sim, diante de nossos olhos. Ao vivo, sem maquiagem, com a vulnerabilidade convertida em força.
Desde 2010, o Huey vem catalisando as paixões de seus integrantes em canções que nascem das experiências e sensações vividas em uma metrópole de intensidades cotidianas. Em termos de sonoridade, falamos de um metal instrumental construído sobre inspirações diárias e executado com catarse. Parece forjado em um calabouço, mas é o pleno exercício sonoro da liberdade. É alto, dramático e assertivo, sem meias palavras. Na verdade, à margem delas.
Na ausência do que poderia ser dito, aguarde braçadas violentas na bateria e graves imponentes no baixo. Das três guitarras, jamais espere timidez ou contenção: elas virão distorcidas, aceleradas e declaradamente expressivas. É esse o extrato sonoro verificado no disco “Ace” (2014); no EP “¡Qué no me chingues wey!”(2010), e no single Por Detrás de Los Ojos (2012).
No Huey estão presentes influências seminais da música contemporânea, mas sem compromisso com a temporalidade. O quinteto costura, consciente e inconscientemente, os arrepios na espinha provocados pelos anos de Black Sabbath, Metallica, Led Zeppelin, Pelican, Russian Circles, Queens of the Stone Age, Deftones, Sonic Youth, Faith no More e Sepultura, apenas para citar alguns.
O tumulto aos ouvidos, portanto, está garantido. As palavras estão aqui, e vão embora após cumprirem sua pretensão descritiva. Elas deixam apenas uma pista: aumente o volume.
Agradecimento: Erick Tedesco - Tedesco Comunicação e Midia
Foto: Divulgação
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