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7 de fevereiro de 2018

Mute e No Trigger levam fãs ao delírio na apresentação em São Paulo


Época de bloquinhos de carnaval, e as pessoas não falam de outra coisa: carnaval, carnaval, carnaval...o certo é que nem todos prestigiam esse evento que infesta a cidade de urina, de oportunistas dos mais variados tipos e de gente querendo encher a cara para aparecer. Para o bloco dos que não aderem às marchinhas e afins, o Jai Club se tornou uma opção bastante interessante para o domingo de pré-carnaval, pois na ocasião três importantes formações do hardcore se apresentariam na casa para deleite dos seus muitos seguidores. Os americanos do No Trigger fariam sua estreia por aqui, enquanto que para os canadenses do Mute já seria a quarta aparição no Brasil. 


O 69 Enfermos ficou com a responsabilidade de abrir a noite – banda que tem sede em Porto Alegre mas que foi fundada na Colômbia - fizeram uma apresentação regular, mas dava para sentir um certo nervosismo no ar. O fato é que o vocalista Dalin Focazzio havia feito recentemente uma cirurgia delicada no olho e ainda está se recuperando. De qualquer forma, o destaque fica para “Fading Way”, que tem uma levada com refrãos muito bem sacados. O público, que inicialmente acompanhava a apresentação de forma discreta se aproximou do palco para prestigiar a última música e já marcar território para a próxima atração.


Havia certa expectativa para a segunda atração da noite, pois todos queriam ver o No Trigger em ação. O que deu para perceber, foi o grande carisma por parte da banda que mesmo preparando os instrumentos para a apresentação, não ignorou os fãs. E não demorou muito para a comoção coletiva contaminar o local. O carismático vocalista Tom Rheault comandou a diversão e o público não se fez de rogado – resultado: um grande show, onde o que se viu foi uma apresentação empolgada por parte dos músicos que naquela altura, era pura satisfação pela enorme receptividade.  Seus quase vinte anos de estrada, foram reverenciados por todo público que cantava cada canção com a convicção de que o mundo acabaria naquele momento. O resultado não poderia ser outro, os caras saíram ovacionados do palco. Depois dessa experiência certamente não vão demorar a voltar.


A última atração da noite já possui grande intimidade com o público brasileiro. Étienne Dione, enquanto preparava seu instrumento, cumprimentava os que se aproximavam sem o menor sintoma de estrelismo. O responsável pelas baquetas e pela maior parte dos vocais deu inicio a apresentação se comunicando com o publico em um português quase perfeito, motivo suficiente para deixar a galera eufórica.  “Resistance” foi o estopim para que as mais variadas expressões de felicidade fossem externadas (em se tratando de um show de punk rock, o raro leitor já pode imaginar do que estou falando). Na sequencia veio “Wolf´s Den”, que manteve o clima em alta. Bastava apenas as musicas da banda para garantir a satisfação de seus seguidores, mas mandaram “Soulmate” do No Use For a Name e quando todos achavam que o set havia terminado, sacramentaram “Don´t Call Me White”, clássico do NOFX que encerrou a noite em grande estilo. O Mute cumpriu seu papel com maestria!


Vale lembrar que a Solid Music já confirmou atrações como Red Fang e Citzen para os próximos meses. Esse ano realmente promete!



Setlist:

Mute:

1- Resistance
2- Wolf´s Den
3- The Tempest
4- Nevermore
5- The Dagger
6- Allies
7- Fading Out
8- Soulmate (No Use For a Name)
9- Santa Muerte
10- Bates Motel
11- Don´t Call Me White (NOFX)


No Trigger:

1- Dried Piss
2- Neon National Park
3- Does it Again
4- The (Not So) Noble Purveyors of The Third Of Fourth
5- My Woods
6- Checkmate
7- Sleeping Bag
8- You Said it
9- Fish Eye Lens
10- More To Offer
11- Owner Operator


69 Enfermos:

1- Intro
2-In The 90´s
3- Better World
4- Maribor
5- Fading Away
6- Choices Made
7- Be Smart
8- I See It
9- The Calling


Por: Roberio Lima
Fotos: Roberio Lima
Agradecimento pelo credenciamento: Mike William - Solid Music

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