Um final de semana bastante movimentado,
principalmente por conta de um famoso festival que acontece anualmente na
cidade, e que costuma trazer público de todo o país para prestigiar suas
atrações. Pois se normalmente já é difícil promover shows de médio porte,
imaginem ter que disputar atenção com um evento já consolidado e com grande
suporte midiático? Pois é, certamente uma tarefa para poucos e destemidos.
O Vic Club, localizado na região central da cidade,
foi o espaço escolhido para sediar o show de uma das formações mais festejadas
da atualidade. Falo do Red Fang, que já tem bastante afinidade com o público
brasileiro. Afinal, com essa já são três passagens pelo país. E assim, como na
última aparição no festival Maximus (que atualmente hiberna, sem previsão de
retorno), a razão principal desse giro é divulgar o ótimo “Only Ghost”, último
álbum lançado pelos americanos. Como já é mais que tradição; um evento como
esse é sempre uma boa oportunidade de bandas nacionais divulgarem seus
trabalhos e alcançar um público maior. Forte Norte, Último Engano e Mad Sneaks
foram as bandas escolhidas para aquecer “os motores” de uma noite que se
tornaria memorável, como veremos adiante.
Foto: Roberio Lima |
Infelizmente não consegui presenciar a apresentação do
Forte Norte e peguei somente o finalzinho da performance do Último Engano; do
que pude ver, os caras fazem um som com uma pegada mais Nu Metal com elementos
do hardcore tradicional. Na sequência o Mad Sneaks subiu no palco com a
convicção de que esse poderia ser o último show da banda. Falo isso, pois foi
notável a entrega dos caras no palco. Agno Dissan (vocal, guitarra), estava
possuído e agitava como um louco. Se houve alguém que não curtiu o show dos
caras, não poderá acusá-los de omissão ou comodismo, pois além da performance
insana, foi possível ouvir um som visceral. Ao final, Dissan destruiu sua
guitarra e distribuiu alguns discos para o público (infelizmente não consegui
pegar o meu). Um intervalo para que o palco fosse preparado para a atração
principal e confesso que não testemunhava um clima como aquele já fazia algum
tempo. O Vic Club estava completamente tomado por fãs da banda que vibravam com
cada ajuste feito nos equipamentos. Bem, raríssimo leitor, a partir daqui, vou
deixar a emoção falar por mim, pois só assim esse relato terá contornos mais
honestos. Bryan Giles, Aaron Beam, David Sullivan e John Sherman, incendiaram o
público e as camadas sonoras que eram emitidas do palco formavam uma onda de
puro êxtase.
Foto: Roberio Lima |
“Blood Like Cream” só foi o início de uma avalanche de petardo,
que não deu descanso ao público. Aaron e Bryan dividem os vocais e, tanto um
como outro, sabe como manter a audiência atenta. Muitas cervejas depois e com o
pescoço já totalmente em frangalhos, eis que finalizam a apresentação com “Throw
Up” do segundo álbum, “Murder The Mountains”. O fato é que estamos diante de
uma safra primorosa de bandas que vem produzindo material de altíssimo nível, e
o resultado é uma reposta maciça do público que não se fez de rogado e
compareceu em peso ao Vic Club. Vale ressaltar a produção que fez um trabalho
exemplar. O que resta agora é se preparar para mais uma aula com os mestres do
Corrosion Of Conformity. E que não demore a chegar esse dia!!
Foto: Roberio Lima |
Blood Like Cream
Malverde
Crows In Swine
Not For You
Cut It Short
No Air
Into The Eye
Antidote
Wires
Number Thirteen
Sharks
The Smell Of The
Sound
Dirt Wizard
Files
Prehistoric Dog
Encore:
Hank Is Dead
Throw Up
Por: Roberio Lima
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