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9 de junho de 2018

Carl Palmer se apresenta em São Paulo

Foto: Bullino.Inc - A Ilha do Metal


Uma situação difícil de aceitar, e que a cada dia que passa, fica mais evidente: grandes ídolos de outrora estão nos deixando. Turnês de despedida e passamentos repentinos são noticiadas com certa frequência na mídia especializada. No caso do Emerson, Lake and Palmer, somente Carl Palmer permanece entre os vivos, e felizmente com muita lenha para queimar! Seu currículo inclui passagens por Asia (outro super grupo) e ainda teve um registro com o Atomic Rooster em inicio de carreira. Mesmo os desavisados saberão que não se trata de um músico qualquer. O baterista agora esta promovendo a "Emerson, Lake & Palmer Lives On! Carl Palmer´s ELP Legacy" que faz tributo à carreira do ELP, onde apresenta os grandes clássicos da banda. 

Foto: Bullino.Inc - A Ilha do Metal

O Espaço das Américas mais uma vez foi o local escolhido para que os amantes do rock progressivo, e principalmente de boa musica pudessem prestigiar esse grande evento. Os que adentravam ao local do show se deparavam com um palco sem grande produção, e com a bateria posicionada em destaque. Não seria possível imaginar outra configuração, pois o protagonista seria o responsável pelas baquetas. E pontualmente as 22hs, eis que entra ao palco Carl Palmer, acompanhado de Paul Bielatowicz (Baixo) e Simon Fitzpatrick (Guitarra) – mesma formação que esteve em 2014, na Mostra Internacional de Rock Progressivo, no CCBB (RJ). O número de abertura veio com "Abaddon´s Bolero" do álbum "Trilogy" e na sequencia tivemos "Karn Evil 9: 1st Impression, Part 2" do não menos indispensável "Brain Salad Surgery". 

Foto: Bullino.Inc - A Ilha do Metal

Praticamente ao final de cada música, o baterista deixava seu instrumento para se comunicar com a plateia. Contava causos, agradecia o público, e relembrava seus companheiros de ELP antes de iniciar as canções. O problema é que isso foi se tornando uma constante e fez com a apresentação ficasse cansativa. Além disso as músicas tiveram uma outra interpretação, até porque, as partes imortalizadas pelo saudoso Keith Emerson foram reproduzidas pelo guitarrista Simon Fitzpatrick. Fica estranho imaginar as canções que na voz de Greg Lake, se tornaram pérolas inesquecíveis do rock progressivo, sendo substituídas por acordes de baixo e guitarra.

Que fique claro que foi um bom show e não entra em discussão a técnica absurda dos músicos. Mas tive a impressão que a forma escolhida para interpretar os clássicos do Emerson, Lake And Palmer foi bastante burocrática, e fez com que a carga emotiva que as canções carregaram por gerações, se tornassem peças de um workshop de um musico renomado, se apresentando para alunos disciplinados, mas que nunca chegarão ao patamar do mestre. Uma pena, pois os que conhecem os projetos que Carl Palmer participou, sabem que foram na maior parte do tempo, pautados pelo talento descomunal do musico.


Foto: Bullino.Inc - A Ilha do Metal



Por: Roberio Lima
Fotos gentilmente cedidas por: Bullino.Inc - A Ilha do Metal
Agradecimento pelo credenciamento: Fabiana Fabiana Villela / Estela Lopes - Talento Comunicação

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