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26 de junho de 2018

Mairena e a paternidade punk


Foto: Divulgação


O músico, produtor e multi-instrumentista Mairena lançou dia (25) nas plataformas digitais o novo single “Trinca-Ferro”. A canção conta com a improvável participação especial da dupla Ari Nascimento (Placa Luminosa) no baixo e Martin Mendonça (Pitty) na guitarra. “O Ari é um baixista incrível, fez o primeiro show do primeiro Rock In Rio ao lado do Ney Matogrosso, é uma lenda! O Martin é extremamente talentoso e criou guitarras lindíssimas para essa canção. A propósito, ele estava numa fase muito corrida da vida quando eu o convidei e, por isso, achou que não conseguiria participar. Mas depois me contou que estava comendo um biscoito da sorte bem na hora e o bilhetinho dizia para ele aceitar a próxima proposta que recebesse! Meu timing foi perfeito!”, comemora Mairena.

Sobre o novo lançamento, Mairena conta que “Trinca-Ferro” foi inspirado por um casal de passarinhos que fez ninho na frente de sua casa quando sua mulher estava grávida e, por consequência, o casal também estava numa espécie de ninho, pintando o quarto e arrumando a casa para a chegada de sua primeira filha. - “Ela é toda cantada a partir da perspectiva de um pássaro que voa sobre a cidade e vê todo o tipo de coisa, boas e ruins, e se pergunta se vale a pena cantar e mostrar suas cores e manobras para as pessoas”, explica o orgulhoso papai punk.

A canção faz parte de um EP chamado TANOSHIMOU que deve ser lançado ainda em 2018, e que significa algo como ‘vamos nos divertir’ em japonês – “Porque eu quero me divertir sendo pai e sendo artista solo, chega de ter banda!”, brinca em tom de desabafo.
O primeiro single “#144” lançado no início de 2018 já pode ser ouvido pelo link: (https://soundcloud.com/mairena/144a)


Bio

À frente de bandas como Apolonio e BBGG, o músico, produtor e multi-instrumentista, Mairena já tocou em grandes festivais como SWU e Virada Cultural, além de ter aberto shows importantes, como o do Garbage no Circo Voador em 2016. Teve canções elogiadas por ninguém menos que Shirley Manson e ALT-J e já lançou trabalhos pela Deckdisc e Conteúdo Musical.

No final do ano passado, aos 36 anos e a poucos meses de sua primeira filha nascer, decidiu sair da BBGG, banda que ele próprio montou, batizou, produziu e da qual era o principal compositor. “A paternidade mexeu comigo de um jeito punk, intensificando ainda mais o senso de faça-você-mesmo, e eu fui buscar algo que fizesse mais sentido pra mim”, contextualiza.

A carreira solo sempre teve lugar secundário na vida do músico, que preferia privilegiar os outros projetos em que estava envolvido. “É difícil ser artista solo, não tem ninguém pra te ajudar, te cobrar, ninguém pra você encontrar toda semana, é muito mais solitário, mas às vezes é disso que a gente precisa”, reflete o músico.


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Agradecimento: Adriana Baldin

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