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22 de dezembro de 2022

KNOTFEST BRASIL 2022 - Sambódromo do Anhembi - São Paulo - SP

Fotos: 30E



KNOTFEST BRASIL 2022 - Sambódromo do Anhembi - São Paulo - SP - 18 de dezembro de 2022


Por Ramires Almeida e Daniel Bianchi (AM Produtora)

Fotos: 30E / Midiorama



Em sua primeira edição no Brasil o KnotFest, festival criado pela banda americana Slipknot, trouxe para São Paulo grandes nomes da velha e da nova geração do Metal como os mundialmente consagrados Pantera, Judas Priest e Sepultura, e os novos expoentes como Vended, Project46 e Bring Me The Horizon.

O famoso festival, que teve sua data adiada em um ano em decorrência da pandemia, reuniu mais de 45 mil fãs no Sambódromo do Anhembi, e transformou a famosa avenida do carnaval paulista em um grandioso desfile de camisetas pretas.



BLACK PANTERA:

Começando cedo, por volta das 11h da manhã, sobem ao palco para abrir o festival os mineiros do Black Pantera. A banda de Uberaba/MG foi chamada às pressas, poucos dias antes do evento, e tiveram a missão de receber os primeiros fãs que imediatamente já tomaram completamente a frente do palco. Com maestria e muita energia, o trio deu o seu recado de maneira extremamente competente.


Foto: 30E


OITÃO + JIMMY & RATS:

Jimmy London dispensa apresentações, o consagrado vocalista, desta vez com os Rats fez um show muito interessante, com banjo ao invés da guitarra e participação de acordeom, mas sem perder o peso e energia característicos de seus trabalhos. Ao final do show o público saudou o vocalista com o tradicional coro: “Ei Jimmy Vai T0w4r no C#”. 


Foto: 30E

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O famoso chef Henrique Fogaça com o corpo e rosto pintados com uma faixa preta, e um colar com uma presa no pescoço, entrou no palco com uma máscara tribal para comandar um time de peso. Definitivamente uma das melhores bandas de hardcore do Brasil. O set foi curto, mas suficiente para mostrar a força do grupo. 


PROJECT46:

Os paulistas do Project46 não poderiam ficar de fora desse line-up. Figurando como um dos maiores nomes do metal moderno brasileiro, fizeram um show pesado, impecável e ainda tiveram que contornar um outro “problema”: tocaram na mesma hora em que estava rolando a final da Copa Do Mundo! Mesmo assim, prenderam a atenção dos fãs e fizeram uma das apresentações mais elogiadas do dia.


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TRIVIUM:

Vestindo a camisa da seleção brasileira, Matt Heafy sobe ao palco com a poderosa Trivium, para descarregar um compilado de toda sua carreira. O sol que ardia forte não intimidou em nada os fãs que agitaram muito do começo ao fim do show do quarteto norte-americano. Com pouco mais de 20 anos de carreira, foram muito bem acolhidos pelo público presente, e fizeram um bom trabalho preparando o terreno para as grandes atrações que estavam por vir.


Foto: 30E


VENDED:

O Vended tem em sua formação filhos de dois integrantes do Slipknot. Simon Crahan na bateria, filho de Shawn “Clown” Crahan, e Griffin Taylor nos vocais, filho de Corey Taylor. Talvez este fato seja motivo para desconfiança de alguns, porém logo nas primeiras notas isso fica de lado, pois a banda mostra a que veio. Fazendo um metal alternativo, com nítida influência de Slipknot e Nu-Metal, a banda quebrou tudo com músicas de seus EP What is It//Kill it e os singles “Dead to Me” e “Overall”.


Foto: 30E


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SEPULTURA:

Ter o Sepultura marcando presença em um grande evento como o KnotFest não é nenhuma surpresa. O maior representante do Heavy Metal brasileiro honrou esse título e fez um show magnífico, recheado de clássicos e também algumas músicas do recente trabalho “Quadra”. O público presente não parou um minuto sequer, e devolveu toda a energia emanada pela banda. Tivemos algumas surpresas durante o set, como por exemplo a participação de Scott Ian (Anthrax, Mr. Bungle) em “Cut-Throat”, Matt Heafy (Trivium) em “Slave New World” e Phil Anselmo (Pantera) em “Arise”. Simplesmente matador.

Foto: 30E

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MR. BUNGLE:

A super banda formada por Mike Patton (Faith No More) nos vocais, Scott Ian (Anthrax) e Trey Spruance nas guitarras e o lendário baterista Dave Lombardo (ex-Slayer), fizeram um show insano de thrash metal, com direito a alguns covers como “Speak English or Die” do S.O.D., “World Up Ass” do Circle Jerks e a inesperada “Summer Breeze” de Seals & Crofts. Mike Patton mais uma vez detonou nos vocais e falou bastante em português com o público. Com certeza o Mr. Bungle conquistou muitos fãs aqui no Brasil.

Foto: 30E

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PANTERA:

Desde que foi anunciada, a reunião dos membros remanescentes originais do Pantera gerou diversas controvérsias. Muitos a favor, muitos contra… Esse assunto rendeu entre os amantes do Metal. Porém, quem esteve presente no KnotFest presenciou e testemunhou toda a força do Pantera, e qualquer tipo de desavença ficou mesmo só nas redes sociais. Phil Anselmo está em ótima forma, muito diferente do que víamos alguns anos atrás. Derek Engemann, baixista do Cattle Decapitation, substituindo Rex Brown, afastado da turnê devido a Covid, foi escolhido para completar o time que conta ainda com Zakk Wylde na guitarra e Charlie Benante na bateria, amigos de longa data dos irmãos Abbott, além de músicos extremamente competentes e com carreiras consagradas. Com um set repleto de sucessos, o Pantera provou ao vivo que essa reunião não se trata apenas de um simples projeto, e sim da continuação de um legado que foi, infelizmente, interrompido mais de 20 anos atrás. O show foi encerrado de maneira certeira com “Cowboys From Hell”, o maior clássico do grupo. Os fãs ovacionaram a banda durante todo o show, retribuindo o sentimento de gratidão por poderem presenciar novamente ao vivo uma das maiores bandas de heavy metal da história. 

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BRING ME THE HORIZON:

Os ingleses do Bring Me The Horizon estão na ativa desde 2004 e são um dos principais representantes do Metal Core, uma espécie de mistura de Metal com Harcore, estilo que vem agradando muito as novas gerações de headbangers. No palco principal fizeram um show pesado e consistente. Oliver Sykes é um excelente frontman, interagiu bastante com o público e cantou os maiores sucessos da banda acompanhado palavra por palavra pelo seu séquito de fãs. 

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JUDAS PRIEST:

Em turnê de comemoração pelos seus 50 anos dedicados ao Heavy Metal, o Judas Priest sobe ao palco do KnotFest como uma das maiores patentes do rock em atividade. Os veteranos de Birmingham entregaram uma apresentação inacreditável! Um cenário muito bem produzido, o enorme telão de alta definição, efeitos de luz, pirotecnia e muita energia foram os ingredientes que transformaram a noite de domingo dos fãs em uma experiência surreal. Rob Halford, Ian Hill, Scott Travis, Richie Faulkner e Andy Sneap fizeram valer todo o esforço da multidão que compareceu ao Sambódromo, e durante todo o show estremeceram o local com o peso, velocidade e energia de um setlist repleto de clássicos da história da banda. Rob Halford continua com uma performance absurda e com vocais poderosos! Os riffs icônicos e o groove marcante assinam embaixo e reforçam todo o poder do Judas Priest! Um show perfeito! 

Foto: 30E

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SLIPKNOT:

Os donos da festa não poderiam estar em outra posição que não fosse o encerramento da noite. Com quase 30 anos de estrada e 7 álbuns lançados, os mascarados de Iowa, Estados Unidos, foram os responsáveis por esgotar a energia que ainda restava dos mais de 45.000 fãs que lotaram a pista do Sambódromo. Com uma introdução de arrepiar, o Slipknot entrou em cena e entrega uma apresentação matadora! Corey Taylor conduziu com maestria o show e a plateia, mostrando que já pode ser considerado um dos maiores frontmans do rock dos últimos anos. Com alguns momentos de interação e conversa com o público, o Slipknot montou um setlist pra ninguém botar defeito. Usaram e abusaram de efeitos de luz, telão e pirotecnia para complementar a experiência dos fãs, agradeceram diversas vezes o respeito e a admiração do público brasileiro pela banda, além de, é claro, deixar todos praticamente sem voz de tanto gritarem e cantarem junto de seus ídolos!

O KnotFest mostrou que já entrou para a lista de grandes festivais em terras brasileiras. Com todos os ingressos vendidos, certamente se mostrou um sucesso em todos os aspectos e podemos aguardar pelas próximas edições. E que venham logo!

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Um agradecimento especial à Midiorama pelo credenciamento.

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