Translate

19 de abril de 2023

Bruce Dickinson Tributo a Jon Lord e Concerto for Group and Orchestra - Vibra São Paulo - São Paulo - SP

Foto: Aline Narducci


Bruce Dickinson Tributo a Jon Lord e Concerto for Group and Orchestra - Vibra São Paulo - São Paulo - SP - 15 de abril de 2023


Por: Leo Wacken

Fotos gentilmente cedidas por Aline Narducci


Alguns meses após sua última apresentação pelo Brasil junto ao Iron Maiden, Bruce esteve de volta neste sábado (15) iniciando a tão admirada turnê Band And Orchestra Celebrating The Music Of Jon Lord And Deep Purple, um tributo ao lendário Jon Lord do Deep Purple a qual Bruce nunca escondeu ser fã. E desta vez em um line-up diferente composto pelos seguintes músicos: Tanya O’Callaghan (Whitesnake) no baixo, John O’Hara (Jethro Tull) nos teclados, Kaitner Z Doka (Jon Lord, Ian Paice) na guitarra, Bernard Welz (Jon Lord, Don Airey) na bateria, Mario Argandonia (Scorpions) na percussão e a Orquestra sinfônica Osesp de São Paulo conduzida por Paul Mann.

E como de costume, cheguei ao local do evento algumas horas antes do início para encontrar os amigos, colocar o papo em dia e claro tomar aquela cerveja, pois me fez relembrar o quão nostálgico é esse lugar, o antigo Credicard Hall, onde vivenciei grandes shows como Motörhead, Dio, Heaven and Hell, Whitesnake, Scorpions, Judas Priest, Megadeth, Helloween entre outras.

A casa abriu as 19hs para o conforto total do público que aos poucos adentravam para prestigiar o concerto.

Pontualmente as 21h10 a orquestra entrou no palco do Vibra São Paulo junto a banda seguida por Bruce Dickinson que foi extremamente ovacionado pelo público presente com um repertório contendo duas partes trazendo obras do Deep Purple e de sua carreira solo.

Bruce sempre bem humorado conversou com o público brincando “Essa é a primeira vez que vejo aplausos quando a orquestra esta apenas aquecendo” soltando risos e mais risos, além disso, Bruce destacou o quanto essa obra é especial, pois não se trata apenas de uma banda com uma orquestra ao fundo ou vice-versa, mas sim todos juntos interpretando a obra em três movimentos do concerto sendo:

Primeiro Movimento: “Moderato – Allegro” como uma competição entre músicos da banda e orquestra, diz ele “Um tocando melhor que o outro para se exibir”.

Segundo movimento: “Andante” que é a parte que entra os cantos, se tornando a parte mais triste.

Terceiro Movimento: “Vivace Presto” que finalmente é a parte que a banda e orquestra se entendem e fazem um grande espetáculo.

A primeira parte do concerto ficou marcada pela maravilhosa apresentação da orquestra sinfônica Osesp com um clima suave e sutil, até entrarem os instrumentos de cordas dando um ar de peso devido aos acordes, solos de guitarra de Kaitner Z Doka e os fantásticos Slaps da baixista Tanya O’Callaghan que deixava o duelo entre banda e orquestra mais emocionante, já o baterista Bernard Welz roubava a cena com sua bela performance em solos.

Em seguida no segundo movimento, após o duelo entre banda e orquestra, Bruce entra no palco totalmente eufórico cantando absurdamente bem, com uma técnica incrível com sua permanece no palco batendo palmas, agitando o público, correndo de um lado para outro até encostar ao piano e olhar para John O’Harra que fez um solo incrível. 

Já na última parte do movimento, banda e orquestra tocando juntos em uma verdadeira aula de musica, mas que para muitos ficou marcada pelo grande solo de bateria realizado pelo Bernard Welz.

Agora um intervalo de 15 minutos para que a banda, músicos da orquestra e o público pudessem se recompor, beber alguma coisa, ver algum merchandising e bater papo com amigos etc.

Foto: Aline Narducci


Foto: Aline Narducci


Enquanto acontecia o intervalo, nos telões da casa passava a propaganda da cerveja artesanal “Trooper” fabricada no Brasil no estado de Curitiba pela cervejaria Bodebrown, além disso, tiveram outras propagandas de diversos outros eventos confirmados que vão acontecer durante o ano.

Então de volta a segunda parte após o intervalo, parte essa que com certeza era a mais aguardada, pois o público queria ouvir as músicas do Deep Purple e de sua carreira solo, como a maravilhosa “Tears of the Dragon” executada com banda e orquestra. A introdução foi incrível, com aquele ar suave e quando Bruce começou a cantar, chegou a dar arrepios ouvindo sua bela voz em tons cada vez mais altos, confesso que nunca imaginei poder ouvir essa musica ao vivo e ainda mais com uma performance dessas aos 64 anos de idade. Mal o público se recuperou e em seguida emendaram com a magnífica “Jerusalém”, fazendo que o público se levantasse de seus assentos para agitar e cantar em alto e bom som.

Em seguida continuava a homenagem ao lendário Jon Lord do Deep Purple e tivemos a execução da belíssima “Pictures of Home” acompanhada pela orquestra que fez o público agitar muito junto com Bruce que não parava nenhum segundo. Na sequência “When Man Cries”, muito bem executada por Bruce, que teve até momentos que me fez lembrar o próprio Ian Gillan, pois ele conseguiu soar um tom mais grave.

E claro que na sequência, não poderia faltar um tremendo clássico, “Hush” que fez com que todos se levantassem para agitar e cantar o refrão junto Bruce que estava muito empolgado com esse show, empolgação essa que fez com que ele até apertasse as teclas do piano de John O’Hara brincando com o músico que se destacava nessa parte da musica. 

Na medida em que o concerto acontecia, anunciavam-se as músicas e a próxima era uma das mais aguardadas da noite, “Perfect Sgtrangers” impressionou, pois o timbre de voz de Bruce se encaixou perfeitamente com a ela, principalmente nas partes mais altas que ele nem se quer se esforçava tanto, realmente foi um momento de tirar o fôlego dos presentes nesse espetáculo.

Foto: Aline Narducci


Foto: Aline Narducci


Hora do Bis, a orquestra entra no palco seguido da banda, onde na sequência era executada a extraordinária “Smoke on the Watter”, fazendo com que o público saísse de seus assentos em direção à frente do palco quebrando todo e qualquer protocolo, pois querendo ou não se tratava de um show de Rock e com certeza shows desse estilo não tem como assistir sentado o tempo todo. 

E para encerrar a noite com chave de ouro, não poderia faltar à poderosa “Burn”, essa sim fez o público que já estava na frente do palco agitar, pular e cantar mais alto ainda ficando com a sensação totalmente satisfeita de poder estar nesse espetáculo maravilho.


Repertório:

Setlist 1:

    Concerto for Group and Orchestra, First Movement: Moderato – Allegro

    Concerto for Group and Orchestra, Second Movement: Andante

    Concerto for Group and Orchestra, Third Movement: Vivace – Presto


Setlist 2:

    Tears of the Dragon (Bruce Dickinson)

    Jerusalem (Bruce Dickinson)

    Pictures of Home (Deep Purple)

    When a Blind Man Cries (Deep Purple)

    Hush (Joe South)

    Perfect Strangers (Deep Purple)


Setlist 3 - Bis:

    Smoke on the Water (Deep Purple)

    Burn (Deep Purple)



Agradecimento especial a Midiorama pelo credenciamento e Vibra São Paulo pela atenção e suporte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário