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25 de abril de 2023

Monsters of Rock - Allianz Parque - São Paulo/SP

Fotos: Leo Wacken


Monsters of Rock - Allianz Parque - São Paulo/SP - 22 de abril de 2023


Por Juliana Carpinelli / Ramires Almeida e Daniel Bianchi (AM Produtora)

Fotos: Leo Wacken


Após quase 8 anos de espera, volta a São Paulo um dos maiores festivais de rock do mundo: o Monsters of Rock! Realizado no Allianz Parque, a edição de 2023 foi um sucesso absoluto e marcou o retorno do evento ao Brasil. Desde sua primeira edição em 1994, o festival sempre trouxe bandas consagradas ao país, e este ano não foi diferente, contando com a presença de Doro, Symphony X, Candlemass, Helloween, Deep Purple, Scorpions e KISS. O evento teve como apresentadores o radialista Tatola, da rádio 89FM, e Walcyr Chalas, proprietário da lendária loja Woodstock Discos. 


Doro:

A ex-vocalista do Warlock e detentora do título de “Rainha do Heavy Metal" teve a missão de dar início ao festival. Pontualmente às 11h30, Doro Pesch e sua banda (que conta inclusive com a presença do guitarrista brasileiro Bill Hudson em sua formação) subiram ao palco e empolgaram o público já presente na arena. 

Em um setlist de aproximadamente 30 minutos, Doro tocou os maiores sucessos de sua antiga banda e também uma seleção de músicas de sua carreira solo. Com um carisma incrível, Doro conquistou aqueles que ainda não conheciam seu trabalho e fez a alegria dos fãs já conhecem suas canções. Ao término da apresentação, Doro e a banda ficaram no palco, mesmo com os roadies da próxima atração desmontando tudo para cumprir o cronograma, para tirar a famosa foto com o público ao fundo. 

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken


Symphony X:

A poderosa banda de metal progressivo norte-americana se apresentou aos fãs sob um sol forte, e apesar de algumas dificuldades técnicas, entregaram aos seus fãs um show repleto de peso e virtuosismo. Russell Allen mostrou porque é considerado um dos melhores vocalistas da atualidade.

Foto: Leo Wacken


Candlemass:

Há quase 40 anos em atividade, os suecos do Candlemass fizeram um show denso e pesado com seu Doom Metal marcante, deixando clara sua influência direta do Black Sabbath. Apesar de não ser uma banda muito popular por aqui, foi muito bem recebida pelo público e com certeza ganhou vários fãs após sua apresentação. O baixista Leif Edling interagiu bastante com a plateia. Utilizaram bem o recurso visual dos enormes telões do palco, com imagens que complementavam a atmosfera sombria das músicas.

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken


Helloween:

A banda alemã de power metal tem uma base forte de fãs aqui no Brasil e presenteou a todos com um show memorável, reunindo no mesmo palco os dois vocalistas que fizeram história no metal mundial junto com a banda, Michael Kiske e Andi Deris. Foi a primeira banda do festival a usar uma produção de palco mais elaborada, com elementos cenográficos e efeitos de iluminação. Eles inclusive soltaram várias bolas na plateia, com o rosto de seu famoso mascote Jack O. Lantern.

Uma pena, logo no início da apresentação, a cortina com o logo da banda ter apresentado problemas e não cair para surpreender a todos. Mas a banda tirou esse "probleminha" de letra e entrou pelas laterais do palco com toda energia.

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken


Deep Purple:

Um dos shows mais aguardados do festival. A banda tocou seus grandes sucessos como “Highway Star”, “Hush” e “Perfect Strangers”. Esta foi a primeira passagem do novo guitarrista, Simon McBride - que substitui Steve Morse - pelo Brasil. A banda estava inspirada e a performance foi impecável. 

Destaque para os solos de Hammond de Don Airey, com direito a uma taça de vinho e um medley de músicas brasileiras: “Sampa”, “Brasileirinho”, “Tico Tico no Fubá e “Aquarela do Brasil”.

O time continua entrosado com divertidas sessões de improviso e muita precisão. Impressiona como a voz de Ian Gillan continua potente, alcançando até as notas mais altas. 

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken


Scorpions:

O quinteto alemão fez um show afiadíssimo e foram acompanhados por um coral de 50 mil fãs, cantando a plenos pulmões clássicos como “Wind of Change", “Still Loving You” e “Send Me an Angel”. 

A banda esbanjou energia e carisma. Mikkey Dee, agora integrante fixo após o fim do Motörhead - e a saída de James Kottak - é um monstro na bateria, e acrescentou muito peso e energia à banda. Ao seu lado, o guitarrista Rudolf Schenker também é um dos motores do Scorpions, formando uma dupla arrasadora com o sempre sorridente Matthias Jabs. As projeções no telão foram um show à parte, como o divertido Jackpot no solo de bateria. Klaus Meine no auge de seus 74 anos está cantando como no disco. Impecável. O final com “Rock You Like A Hurricane” foi arrebatador, deixando o Allianz Parque eletrizado.

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken


KISS:

A banda americana KISS realizou um show memorável como atração principal do festival, em uma apresentação que faz parte da turnê de despedida "End of the Road Tour". A performance contou com uma incrível produção de pirotecnia e efeitos especiais que encantaram o público presente. Mesmo já imaginando o que vai acontecer ao cair a cortina, os fãs ficam eufóricos para presenciar um dos maiores espetáculos ao vivo.

O início do show foi marcado por um pano preto com o logo da banda cobrindo o palco, enquanto imagens dos integrantes saindo do camarim em direção ao palco eram exibidas, com a famosa frase sendo anunciada: "YOU WANTED THE BEST, YOU'VE GOT THE BEST, THE HOTTEST BAND IN THE WORLD: KISS". Em seguida, o pano caiu e a banda desceu ao palco através de plataformas flutuantes, ao som de "Detroit Rock City", com o público cantando em uníssono o solo da música.

O show todo foi repleto de momentos marcantes, como a transformação monstruosa de Gene Simmons em "God of Thunder", que contou com um efeito 3D formado pelo telão, luzes e fumaça. Paul Stanley "sobrevoou" a galera e cantou "Love Gun" e "I Was Made For Loving You" em um palco no meio da arena. Apesar das polêmicas sobre o uso de playback nos shows, vale ressaltar que a voz e a performance de Paul Stanley estão ótimas! Tommy Thayer destruiu discos voadores com raios disparados por seus solos de guitarra, e Eric Singer emocionou o público com um momento mais intimista, tocando piano e cantando "Beth". 

O encerramento do show foi um dos momentos mais emocionantes, com bolas jogadas para o público e muito papel picado em "Rock'n'Roll All Night". No final, a mensagem no telão "KISS LOVES YOU SÃO PAULO" foi exibida ao som de "God Gave Rock'n'Roll To You". Foi uma apresentação inesquecível que deixou o público em êxtase.

E, novamente, ficamos com aquele sentimento de despedida da banda, como foi na última visita ao Brasil, em 2022. Será que dessa vez foi uma despedida mesmo?

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken

Foto: Leo Wacken


Em resumo, o Monsters Of Rock 2023 foi um evento histórico que proporcionou momentos inesquecíveis para todos os fãs de heavy metal e rock. Com um line-up de tirar o fôlego, organização impecável e um público entusiasmado, o festival reafirmou a sua importância como um dos maiores eventos de música do mundo. Fica a expectativa para a próxima edição, que com certeza será aguardada com muita ansiedade pelos fãs brasileiros.


Agradecimento especial à Mercury Concerts e Catto Comunicação pelo credenciamento e Allianz Parque pela atenção e suporte.

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