Foto: Rogério Talarico |
Machine Head - Tokio Marine Hall - São Paulo/SP - 29 de outubro de 2023
Por Rodrigo Noé de Souza - Mtb 0090611/SP
Fotos: Rogério Talarico
São Paulo, finalmente, testemunhou o Apocalipse que virou o Tokio Marine Hall, com a apresentação da banda americana Machine Head, pela terceira vez no Brasil, divulgando o recente disco 'Of Kingdom and Crown'.
Porém, o percurso até chegar ao local foi difícil, devido à chuva. Mas, com o passar do tempo, resolveu dar trégua e lá os headbangers se deslocaram ao recinto para os portões se abrirem.
Às 18h os fãs (e a imprensa) entraram para ver os merchandising das bandas que se apresentaram. Na pista estava dividido entre a parte da frente, destinada à área VIP.
Era 19h e o palco foi tomado pelo furacão chamado Project46. A organização do evento resolveu chamar, aos 45 do segundo tempo, a banda para abrir o espetáculo. Com um som potente e bem executado, Caio MacBezerra chamou a galera para "tocar o f***-se nessa P***a!". Começaram com "Terra de Ninguém", "Violência Gratuita" e "Capa de Jornal". Pelo visto, o público respondeu, no modo mais literal.
A banda estava fazendo sua turnê de despedida, especialmente para o guitarrista Jean Patton, que vai sair da banda em breve. Mas, pelo visto, essa despedida, se depender dos fãs, não possa ocorrer, pois a formação, completada com o Vini Castellari, Baffo Neto e Betto Cardoso, é a mais entrosada.
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Os cabras ainda despejaram ódio com "Dor, Rédeas, Pânico", "Corre" e "Erro+55". Caio mandou a plateia se Agachar, pra tocar "Pode Pá", emendada com F***-Se. O final veio com o hino "Acorda Pra Vida", pra fechar com o coro da galera no final.
Passada a abertura, com um leve atraso, eis que o som da introdução tocou e a galera clamou pra chegada do Messias. É isso mesmo, Jesus estava entre nós, e atende pelo nome de Robb Flynn. Machine Head tocou "Imperium", para o massacre tomar conta do Tokio Marine Hall.
Foto: Rogério Talarico |
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Robb estava demoníaco e despejou Fúria com "The Blood", "The Sweet and Tears", "Choke In The Ashes of The Hate", "New We Die", "Is There Anybody Out there?", "Unhallowed", "No Gods No Masters", "Locust, Old, Aestetics Of Hate..."
Realmente, quando uma banda, como o Machine Head, chama a plateia para soltar tudo que incomoda no nosso cotidiano, nós mesmos levamos ao pé da letra. Especialmente quando o Robb pergunta qual cover deve tocar. Ele deu quatro opções: "Whiplash" do Metallica, "Seasons In The Abyss" do Slayer, "All The Small Things" do blink-182 ou "Hallowed Be Thy Name" do Iron Maiden.
Quando tocaram a do blink-182, foi uma surpresa, mas era brincadeira. Foi então que a canção escolhida foi a do Slayer, percebendo a preferência do público. Seasons encarnou os deuses do Egito. Foi então que veio o momento do solo do guitarrista Vogg, com direito a trecho de Refuse/Resist do Sepultura.
Foi então, que Robb chegou com seu violão e falou da importância da música em sua vida. Especialmente quando comentou da importância do Sepultura, quando criou o Machine Head, e quando assinou com a Roadrunner, por causa da banda brasileira. Eis que ele tocou "Darkness Within", para, no final, ter o acompanhamento do coral de fãs, no melhor estilo "The Memory Remains" do Metallica.
Foram três horas de uma noite memorável.
Foto: Rogério Talarico |
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Setlist:
Imperium
Ten Ton Hammer
CHØKE ØN THE ASHES ØF YØUR HATE
Now We Die
The Blood, the Sweat, the Tears
UNHALLØWED
None But My Own
Take My Scars
Locust
Is There Anybody Out There?
NØ GØDS, NØ MASTERS
Seasons in the Abyss (Slayer cover)
Old
Aesthetics of Hate
Guitar Solo
Darkness Within
Catharsis
Bulldozer
From This Day
Davidian
Encore:
Halo
Agradecimento especial à Honorsounds e Miriam Martinez Assessoria de Imprensa pelo credenciamento e Tokio Marine Hall pela atenção.
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