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17 de maio de 2024

ACCEPT - Carioca Club - São Paulo/SP

Foto: Paula Cavalcante 


ACCEPT - Carioca Club - São Paulo/SP - 1º de maio de 2024


Por Daniel Bianchi e Ramires Almeida (AM Produtora)

Fotos: Paula Cavalcante


Na última quarta-feira, 1º de maio, o Carioca Club foi palco de mais uma apresentação avassaladora do Accept, o veterano grupo alemão referência do heavy metal.

Poucos minutos passados das 20h, sobem à frente do palco os guitarristas Wolf Hoffmann e Joel Hoekstra, tocando o riff de “The Reckoning” e dando início ao show . Logo de cara, um pequeno “susto”, uma vez que nada se ouviu do que estava sendo tocado. Mas logo em seguida o som apareceu alto e claro e tudo ficou bem! Na sequência tocaram a faixa “Humanoid”, do disco homônimo lançado apenas 5 dias antes do show. Apesar da novidade, o público recebeu muito bem. 

Chegando o primeiro clássico da noite, “Restless and Wild” incendeia o Carioca Club que estava simplesmente lotado! Aqui aconteceram as primeiras interações do vocalista Mark Tornillo com o público, com direito a um coro uníssono da plateia durante o refrão. “Midnight Mover” vem na sequência e também agrada aos fãs mais veteranos. “London Leatherboys”, outro clássico do aclamado disco “Balls To The Wall”, traz toda a vibe metal oitentista característica do grupo.

Foto: Paula Cavalcante

Foto: Paula Cavalcante

Foto: Paula Cavalcante


“Dying Breed”, faixa pesadíssima do álbum “Blind Rage” agradou bastante, o que já não aconteceu em “Overnight Sensation”, do recente “Too Mean To Die”. Nessa, o público ficou mais morno. Talvez poupando energia para todos os clássicos que ainda viriam.

Durante toda a apresentação, o protagonismo alterna entre Mark Tornillo e Wolf Hoffmann. O guitarrista convidado Joel Hoekstra também tem seus momentos de destaque mais frequentes. Já não podemos dizer o mesmo do baixista Martin Motnik e do terceiro guitarrista Uwe Lulis. Esses tiveram pouquíssimos momentos de destaque durante o show, aparecendo vez ou outra mais à frente do palco. Pouco destaque também para o excelente baterista Chirstopher Williams, que foi uma verdadeira metralhadora durante todo o show.

O pout pourri de “Demon’s Night / Starlight / Losers and Winners / Flash Rockin’ Man” não chegou a agradar muito os fãs, provavelmente porque era esperado querer ouvir as músicas inteiras, e não apenas alguns trechos. Mas entendendo a função de preencher um setlist de quase 20 músicas, a alternativa é válida. “Breaker” do homônimo álbum de 1981 veio logo em seguida e acalmou os corações feridos pelo pout porri apresentado anteriormente. 

Dando o toque do “momento balada” no show, tocaram “Ravages of Time”, faixa do novo álbum, e “Shadow Soldiers”, que também tem uma pegada mais melódica. Com as energias recuperadas, chega uma sequência de respeito para metaleiro nenhum botar defeito. 

Começando com a dobradinha “Princess of the Dawn” e “Fast as a Shark”, ambas do excelente “Restless And Wild” (1982). A primeira, mais cadenciada e densa, e a segunda completamente visceral! “Metal Heart” vem em seguida e põe a casa abaixo com um dos solos mais emblemáticos da banda, com direito a trechos de música clássica e uma participação da plateia de tirar o chapéu. Sem tempo de respirar, emendam “Teutonic Terror”, que apesar de ser relativamente recente (do ótimo álbum “Blood Of The Nations” de 2010), já se tornou um dos hinos da banda, indispensável aos shows. “Pandemic”, do mesmo álbum citado, encerra de forma certeira a parte regular do show, quando os músicos se despedem pela primeira vez e deixam o palco.

Retornando após alguns minutos de intervalo para o bis, mandam “Zombie Apocalypse”, excelente faixa que abre “Too Mean To Die” (2021). E chegamos agora a provavelmente o momento mais aguardado de qualquer show do Accept: o hino do heavy metal “Balls to the Wall”, do petardo álbum de mesmo nome de 1983. Nesse momento do show, era possível sentir o chão estremecer tamanha era a euforia do público pulando, batendo cabeça e cantando durante toda a música.

Para fechar a apresentação, uma das antigas. “I’m a Rebel”, com uma pegada um tanto quanto festeira, encerra a noite que celebrou com maestria um dos maiores nomes do heavy metal mundial, e que a julgar pela apresentação, terão ainda muitos e muitos anos de carreira pela frente.    

Foto: Paula Cavalcante

Foto: Paula Cavalcante


SETLIST:

1- The Reckoning

2- Humanoid

3- Restless and Wild

4- Midnight Mover

5- London Leatherboys

6- Dying Breed

7- Overnight Sensation

8- Riff Orgy (Demon’s Night / Starlight / Losers and Winners / Flash Rockin’ Man)

9- Breaker

10- Ravages of Time

11- Shadow Soldiers

12- Princess of the Dawn

13- Fast as a Shark

14- Metal Heart

15- Teutonic Terror

16- Pandemic


BIS:

17- Zombie Apocalypse

18- Balls to the Wall

19- I’m a Rebel


Agradecimento à JZ Press e Dark Dimensions pelo credenciamento e Carioca Club pela atenção.

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