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27 de setembro de 2024

Black Pantera - Sesc Belenzinho - São Paulo/SP

Foto: Yasmin Cruz (@imthegenerator) / Lado Direito do Palco (@ladodireitodopalco)


Black Pantera - Sesc Belenzinho - São Paulo/SP - 21 de setembro de 2024


Por Rodrigo Noé de Souza (Mtb 0090611/SP )

Fotos gentilmente cedidas por  Yasmin Cruz (@imthegenerator) / Lado Direito do Palco (@ladodireitodopalco)


No mesmo dia em que lá no Rio de Janeiro estava acontecendo o Dia Brasil, no Rock In Rio, o Sesc Belenzinho realizou o show da banda mineira Black Pantera. Ao adentrar no recinto, vimos a passagem de som que os roadies estavam fazendo, enquanto a banda não chegava. Passados alguns minutos, eis que os integrantes chegaram e fizeram um pequeno aquecimento, com direito a três sons que tocaram.

Quando os portões se fecharam, esperamos o público chegar. Eis que um dos presentes estava trajando a camiseta da banda. E um fato curioso chamou a atenção: a fã, que é professora, disse que, quando estava dando uma aula, a polícia chegou e exigiu que ela tirasse a camiseta do Black Pantera. Para variar, ela relatou que três viaturas da polícia chegaram e abordaram ela, para que tirasse a camiseta, alegando que, com a frase "Fogo nos Racistas", tinha a mensagem subliminar de "Fumem Maconha". Ela relatou aos irmãos Charles e Chaene Gama, que ficaram indignados. 

Os irmãos receberam seus fãs, de forma humilde e compreensiva. O baixista Chaene, só por curiosidade, revelou que é pai de criança autista. A cada minuto, apareciam muitos fãs com a camiseta da banda. Sejam pessoas de cor, de igualdade de gênero, PCD, todos eram bem-vindos.

Foto: Yasmin Cruz (@imthegenerator) / Lado Direito do Palco (@ladodireitodopalco)


Chegada a hora, o trecho do Racionais Mc's tocava e o Black Pantera chegou pra arregaçar a boca do balão. Pensam num show que mistura, talento, profissionalismo, energia e interação com o público.

Charles e Chaene revezavam nos vocais, sem falar que o baixista comia seu instrumento com farinha. O cara toca muito. Outro que também toca com intensidade é o baterista Rodrigo Pancho. Ele parece que está ligado nos 220 volts, tamanha sua pegada.

Agora, o público respondia, de forma violenta, com muitas rodas e fogos. O momento mais intenso foi quando Chaene falou sobre o ocorrido da professora com a polícia, que relatamos anteriormente. Dedicaram Fogo nos Racistas, que virou hit contra o sistema racista e preconceituoso, com Charles mandou todos ficarem agachados, para pularem com o refrão em riste.

Todos os integrantes estavam radiantes, sem falar que estavam divulgando seu disco recente, Perpétuo, disponível em todas as plataformas digitais. E o público já sabia de cor as músicas.

Teve um momento do baile que tocaram September, do Earth, Wind & Fire, para a paulada comer solta. Realmente, o dia prometia. E ficava mais intenso no final da apresentação, quando o público pedia mais músicas, que não estava programado pra banda.

Ponto extremamente positivo pro Black Pantera, que não parava de mostrar sua música para todos os gostos e todos os tipos. Precisamos de mais bandas com esse conceito para que a cena brasileira possa incluir mais talentos diversos pra sociedade. Parabéns à todos os envolvidos.

Foto: Yasmin Cruz (@imthegenerator) / Lado Direito do Palco (@ladodireitodopalco)

Foto: Yasmin Cruz (@imthegenerator) / Lado Direito do Palco (@ladodireitodopalco)

Foto: Yasmin Cruz (@imthegenerator) / Lado Direito do Palco (@ladodireitodopalco)



Setlist:

Provérbios

Mahoraga

Ratatatá

Fogo nos racistas

Dia do Fogo

Candeia

Perpétuo

Mosha

Revolução é o caos

Boto pra fuder

September (Earth, Wind & Fire cover)


Agradecimento ao Sesc Belenzinho pelo credenciamento e atenção.

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