Big Rock N' Roll - Pensou em rock, pensou Big Rock!: THRASH disCONCERT - Red Star Studios

Fotos: @metalnalata / @jzpressassessoria

THRASH disCONCERT - Red Star Studios - São Paulo/SP - 14 de setembro de 2024

Por: Alexandre Veronesi

Fotos gentilmente cedidas por @metalnalata / @jzpressassessoria

Aconteceu no último sábado, dia 14 de Setembro, o segundo "THRASH disCONCERT", mini festival produzido por Johnny Z. - do site Metal na Lata e JZ Press - em parceria com as bandas TOSCO, TRENDKILL INC. e FACES OF DEATH, que por óbvio também compõem o line-up.

Bem como em sua primeira edição, o evento rolou no amplamente conhecido Red Star Studios (antigo Espaço Som), em São Paulo. Infelizmente, devido a uma emergência de cunho médico, o TRENDKILL INC. foi forçado a cancelar a sua participação de última hora, o que não impediu que a festa transcorresse normalmente, apenas com alguns atrasos.

O primeiro grupo a subir ao palco foi o TOSCO, e meus amigos, que apresentação enérgica! O quarteto de Thrashcore oriundo da cidade de Santos/SP, que possui apenas 7 anos de estrada, e atualmente é formado por Osvaldo Fernandez (vocal), Ricardo Lima (guitarra), Carlos Diaz (baixo) e Bruno Conrado (bateria), trouxe um repertório que mesclou de forma homogênea e primorosa músicas de seus 3 álbuns de estúdio - "Revanche" (2018), "Sem Concessões" (2020) e "Agora é a Sua Vez" (2023). Isto posto, o grupo bombardeou a audiência com petardos do calibre de "Mais Uma Vez", "O Monstro", "O Brasil é o Crime", "Dois Psicopatas" e "Dia de Decisão".

Com letras que retratam contundentemente os problemas sociais do nosso país, o TOSCO se faz assertivo ao não levantar bandeiras, colocando a sua indignação de maneira que represente a qualquer brasileiro, cidadão este que sofre com as mazelas diárias independente de posicionamentos políticos e/ou ideologias particulares.

Para a segunda metade do set, a banda reservou alguns de seus mais pujantes temas, como "Casa de Nóia", "Cala a Boca Globo", "Cenário de Chacina" e "João do Cão", estas e outras executadas com um vigor invejável por parte de todos, e precisão cirúrgica nos quesitos técnica e entrosamento. O 'gran finale' então se deu com "Guerreiros do Metal", hino de 1985 do Korzus, regravada pelos santistas em seu mais recente full-lenght, e aqui bradada em uníssono pelo público, como já era de se esperar.

Foto: @metalnalata / @jzpressassessoria

Setlist:

01 - Redneck Stomp

02 - Mais Uma Vez

03 - O Monstro

04 - O Brasil é o Crime

05 - Dois Psicopatas

06 - Dia de Decisão

07 - Lei do Silêncio

08 - Casa de Nóia

09 - Cala a Boca Globo

10 - Cenário de Chacina

11 - João do Cão

12 - Guerreiros do Metal [Korzus]

Foto: Alexandre Veronesi

Veterana do cenário nacional, a subsequente e derradeira atração da noite foi o FACES OF DEATH. O grupo, com trajetória iniciada no longínquo ano de 1990 em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, é hoje composto pelos irmãos e fundadores Laurence Miranda (vocal e guitarra) e Sylvio Miranda (baixo), mais os 'novatos' Mauricio Filho (guitarra) e Igor Nogueira (bateria), que ingressaram à banda ambos neste mesmo ano. A despeito da avassaladora trinca inicial - "Priest From Hell", "New World Order" e "Fucking Human Gods" - que foi toda extraída do debut album "From Hell" (2018), o setlist da ocasião priorizou o último lançamento dos caras, o excelente "Evil", disponibilizado em Outubro de 2023, com 4 sons representantes dentre os 11 totais.

Contando com grande interação entre o frontman Laurence e os presentes, a banda destilou o seu violento Thrash/Death Metal - claramente muito influenciado pelo Sepultura 'pré-Roots' - por meio de pedradas como "Usurper Of Souls", "Bloody Cross", "A Monster In The Park", "Killer... In The Name Of God" e "Stronger Than You", tudo isso em meio a uma poderosa e exemplar performance proveniente do quarteto, o que gerou boas rodas de mosh e 'headbangings' incessantes na diminuta e aconchegante pista do Red Star.

A fim de encerrar o show com chave de ouro e não deixando pedra sobre pedra, o quarteto sem pestanejar mandou, em sequência, 2 clássicos absolutos do Metal mundial: "Black Magic", faixa que abre o lado B do disco de estreia do Slayer; e "Orgasmatron", de Lemmy Kilmister e seu eterno Motörhead - vale salientar, executada em versão muito mais próxima àquela icônica gravada pelo Sepultura. Final mais do que digno para um grande evento!

Foto: @metalnalata / @jzpressassessoria

Setlist:

01 - Priest From Hell

02 - New World Order

03 - Fucking Human Gods

04 - Usurper Of Souls

05 - Evil

06 - Bloody Cross

07 - A Monster In The Park

08 - Killer... In The Name Of God

09 - Stronger Than You

10 - Black Magic [Slayer]

11 - Orgasmatron [Motörhead]

Foto: Alexandre Veronesi

Minhas palavras finais, e uma observação: ao longo do set do FACES OF DEATH, Laurence fez questão de agradecer, mais de uma vez, pela presença dos profissionais da imprensa, destacando a importância dos mesmos para o fomento da música pesada, especialmente em se tratando do underground nacional. Acredito que, neste caso em específico, posso responder também em nome dos colegas: nós é que agradecemos pela oportunidade de testemunhar e documentar a história sendo construída! O meu muito obrigado ao FACES OF DEATH, TOSCO, TRENDKILL INC., Johnny Z., toda a organização e é claro, ao público presente, pois são vocês que fazem a cena acontecer, firme, forte e sempre adiante!

Agradecimentos à JZ Press pelo credenciamento e Red Star Studios pela atenção.