Big Rock N' Roll - Pensou em rock, pensou Big Rock!: Crypta - Vip Station

Foto: Alexandre Veronesi

Crypta - Vip Station - São Paulo/SP - 20 de julho de 2025

Por Alexandre Veronesi / Rodrigo Noé de Souza (Mtb 0090611/SP )

Fotos: Alexandre Veronesi

Domingo sempre é um dia monótono para o fã de Metal. Mas, ninguém liga pra isso. Basta aproveitar cada minuto. E foi o que aconteceu no dia 20 de Julho, quando ocorreu o show da Crypta, no Vip Station, em Santo Amaro. Além delas, estavam Allen Key e Paradise In Flames, que estiveram juntas numa turnê pelo Brasil.

Uma coisa a ressaltar: por ser um lugar meio deserto, o recinto é de difícil acesso, pois para quem mora em outras regiões fica difícil se deslocar à casa.

Quando os portões se abriram às 16h, vimos o local totalmente amplo. Os atendentes ficavam com suas maquininhas para que o espectador pudesse consumir uma bebida.

A primeira atração foi a turma da School Of Rock, localizada em Pinheiros, formada por alunos de música. E, com certeza, são talentosos em seus instrumentos. O set foi recheado de covers de bandas como Iron Maiden, Angra, Sepultura, Metallica e System Of A Down. Essa galerinha tem muito futuro brilhante pela frente.

Foto: Alexandre Veronesi

Inicialmente anunciado como a "banda surpresa" do evento, o quarteto cearense Caixão tomou o palco logo na sequência. Capitaneado por Italo Rodrigo - que também é baterista do Damn Youth e do Echoes Of Death - o grupo despejou com vigor o seu hipnotizante Rock Psicodélico no incauto público do Vip Station, e não obstante a enorme disparidade sonora em relação aos demais nomes do cast, agradou em cheio à maior parte dos presentes, rapidamente revelando-se uma grata adição. O repertório, de aproximadamente 35 minutos, teve como mote central o mais recente álbum dos caras, "Entre o Velho Tempo Futuro", de 2024.

Foto: Alexandre Veronesi

Seguindo o cronograma, por volta das 18h30 entrou em cena o Allen Key. Uma das principais revelações do âmbito nacional na atualidade, a banda de Karina Menascé (voz), Pedro Fornari (guitarra) e Victor Anselmo (guitarra) aposta em um Heavy Metal moderno e 'groovado', recheado de peso, além de diversas boas variações rítmicas. Com canções de seu primeiro disco, "The Last Rhino" (2021), tais quais a faixa-título e "Granted", somadas a composições mais recentes, como "Death From Above", "Easy Prey" e "Get In Line", o conjunto apresentou um show coeso e altamente empolgante, embalado também pelo grande carisma e talento de sua frontwoman.

Foto: Alexandre Veronesi

O derradeiro ato de abertura ficou por conta dos mineiros do Paradise In Flames. Formação veterana do cenário, na ativa desde a longínqua temporada de 2003, a banda segue na turnê de divulgação de "Blindness", seu exímio novo trabalho, lançado há pouco mais de 1 ano, e que para além da já tradicional mescla entre o Black Metal e o erudito, traz também elementos de nossa música regional, pontualmente, porém muito bem empregados. "Black Wings", "Unseen God", "I Feel The Plague", "Last Breath" e "The Way To Pentagram" foram alguns dos petardos apresentados na noite, em um espetáculo no qual as linhas de teclado intrincadas e a doce voz da cantora Nienna fizeram contraponto à brutalidade imposta por guitarra, baixo, bateria, e os profanos vocais de Andre Damien e Guilherme de Alvarenga.

Foto: Alexandre Veronesi

O momento mais esperado aconteceu quando Helena Nagagata, Tainá Bergamaschi, Fernanda Lira e Luana Dametto se adentraram e a galera foi ao delírio. Com um set todo especial, com músicas escolhidas pelos fãs, a Crypta não decepcionou e mandou ver com "Kali", "The Other Side Of Anger", "Starvation" e "The Outsider".

Helena foi aprovada pela galera, que ficou ensandecida com a presença da banda. Tainá é uma possuída, com muita garra e atitude. Luana é um anjo demoníaco. E a Fernanda, sempre simpática.

Logo em seguida tocaram "Dark Clouds" e "Lord of Ruins", para em seguida, finalizar com "From The Ashes". A Crypta encerrou a noite com chave de ouro e recebendo os fãs.