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3 de setembro de 2025

The 69 Eyes - Fabrique Club - São Paulo/SP

Foto: Paula Cavalcante 


The 69 Eyes - Fabrique Club - São Paulo/SP - 31 de agosto de 2025


Por: Paula Cavalcante

Fotos: Paula Cavalcante (@eyeofodin.photo)



Os vampiros de Helsinki desembarcaram em São Paulo com a turnê 'Just Drive' pouco mais de um ano depois da sua apresentação no festival Summer Breeze Brasil (hoje Bangers Open Air) . A banda fundada em 1989 tem mais de 13 álbuns e seduz gerações com o charme e elegância dos vocais sombrios, a pegada dançante, guitarras glam e aquela pitada de mistério que só os vampiros tem. O ar condicionado gelado e a luz baixa da Fabrique Club, local escolhido para a apresentação, dava a impressão de estarmos entrando em uma cripta e acolheu perfeitamente os fãs. E eu não sei vocês, mas embora eu seja uma grande fã de festivais, assistir sua banda favorita em um espaço menor e mais intimista muda o cenário, é como se estivéssemos no palco junto com eles! 


Abertura: O fim da tarde de domingo começou com a banda Drama do Rio de Janeiro com seu metal alternativo, influências de Rammstein e Joy Division subindo ao palco para surfar no clonazepam e na depressão com batidas dançantes, visual impactante e claro, muito drama (Rs) “Obrigado por tentar me amar" disse o vocalista. Não se preocupe, eu diria! O público amou e eu acho que não precisaram se esforçar muito pra isso. Na sequência veio When I die , banda de São Paulo que impôs sua personalidade com os vocais dramáticos de Juliana Chacon e presença de palco cativantes. Certamente as duas bandas saíram de lá com muito mais seguidores do que entraram. Próximo do final da apresentação da banda, quem estava na lateral esquerda da pista e olhou para o lado pode acompanhar a chegada dos integrantes do The 69 Eyes. 

Foto: Paula Cavalcante 

Foto: Paula Cavalcante 

Foto: Paula Cavalcante 


The 69 Eyes: O nome da banda agora brilhava no fundo do palco para a emoção do público de olhos delineados.

Não demorou muito para que o vocalista Jyrki 69 surgisse no palco com sua tradicional jaqueta preta, óculos escuros e seu magnetismo hipnotizante. Era quase impossível tirar os olhos dele e não ser arrebatado pelo vozeirão grave. A faixa “Devils" deu o pontapé inicial colocando a galera pra cantar enlouquecidamente. “Feel Berlin" e “Perfect Skin" vieram na sequência com seu toque sombrio. “Jetty Blue" e o cover “Gotta Rock" da também finlandesa Boycott chegaram cheias de charme. Jyrki 69 então conversou com os fãs para dizer que a próxima faixa era um pedido de muitos durante a turnê e “Still waters run deep" foi recebida com muita celebração. E quando os primeiros acorde de “Drive" foram tocados, a vontade era de jogar o celular pro alto e sair dançando loucamente pela pista. Essa faixa é poderosa e dançante e ninguém é capaz de ficar parado. 

Foto: Paula Cavalcante 

Foto: Paula Cavalcante 

Foto: Paula Cavalcante 


A banda é precisa, envolvente e cresce a cada faixa. E a verdade é uma só, o setlist é grandioso, moderno, pegajoso e sexy! E falando nisso o que dizer de “Cheyenna"? Uma combinação perfeita de melodia e um vocal estonteante . “ The Chair “ , “ Never say die “ e a aclamada “ Gothic Girl “ ganham ainda mais força quando tocadas ao vivo. “I love the darkness in you" e “Brandon Lee" tratam de manter o público hipnotizado como se fosse estivessem sob o efeito de algum feitiço. Os membros da banda falam pouco e isso não faz a menor diferença pois a presença fria e enigmática é exatamente o que encanta. Jyrki até brincou dizendo que sempre perguntam porque ele não tira os óculos: “É pra esconder que estamos chorando mas espera, tem uns aqui que não usam óculos então eles não estão chorando". A banda voltou para o palco para um bis que foi um show a parte, trazendo Supla, anunciado como de 'The Papito Vampire' para um cover inesperado e bem humorado de “I just want to have something to do", dos Ramones.

Foto: Paula Cavalcante 

Foto: Paula Cavalcante 


A participação foi breve e divertida, Supla é o carisma ambulante e deu um toque descontraído a reta final do show. “Dance d’amour" e “Lost Boys" trouxeram bexigas pretas jogadas para o ar, um clima festivo e uma despedida que marejou os olhos. A The 69 Eyes entregou o que o público esperava: o som pesado, a estética irretocável e uma performance absolutamente marcante. Embora eu sempre lamente que minha canção favorita “Burn Witch Burn" nunca tenha entrado no setlist, hum quem sabe um dia eu pergunte a eles porque não é?! De qualquer forma aqueles que como eu já foram 'mordidos' pelos Vampiros de Helsinki voltaram para casa em êxtase e aqueles que ainda não haviam sido mordidos com certeza ofereceram o pescoço. Parabéns a Fabrique Club e a NDP Live pela organização e excelência. 

Foto: Paula Cavalcante 

Foto: Paula Cavalcante 

Foto: Paula Cavalcante 


Foto: Paula Cavalcante 


Setlist: 

1.Devils 

2.Feel Berlin 

3.Perfect Skin 

4.Betty Blue 

5.Gotta Rock 

6.Still Waters Run Deep 

7.Drive 

8.Hevioso 

9.The Chair 

10.Cheyenna 

11.Never Say Die 

12.Gothic Girl 

13.Wasting the Dawn

14.I Love the Darkness in You 

15.Brandon Lee 


Encore: 

I Just Want to Have Something to Do (com Supla) Dance d’Amour Lost Boys


Agradecimento a Tedesco Comunicação e Midia pelo credenciamento e Fabrique Club pela atenção

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