Mellon Collie and the Infinite Sadness: The Smashing Pumpkins
Mellon Collie and the Infinite Sadness é o terceiro álbum de estúdio da banda de rock alternativo norte-americana The Smashing Pumpkins, lançado em 24 de outubro de 1995 pela Virgin Records.
Produzido pelo líder da banda, Billy Corgan, e por Alan Moulder e Flood, o álbum de 28 faixas foi lançado como um disco duplo e como um LP triplo. Liderado pelo single "Bullet With Butterfly Wings", o álbum estreou na primeira posição na Billboard, pela primeira vez na história do Smashing Pumpkins. Foram retirados outros quatro singles deste álbum durante 1996, o que culminou com o álbum sendo certificado dez vezes com o disco de platina.
Após 13 meses de turnê do álbum Siamese Dream, Billy Corgan
começou a compor músicas para o próximo álbum da banda. Desde o
princípio, a banda deu a entender de que o próximo lançamento seria um
álbum duplo. Corgan chegou a afirmar que a banda tinha material
suficiente para fazer Siamese Dream ser um álbum duplo, mas com este
novo álbum ele realmente gostaria de poder criar um escopo no qual iria
inserir o material não utilizado com as músicas conforme as fosse
compondo. Corgan percebeu que a banda já tinha experiência e capacidade o
suficiente para gravar um álbum como se fosse o último. Suas intenções
eram fazer um trabalho representativo para uma geração, como outras
bandas o fizeram no passado, citando The Wall do Pink Floyd como exemplo. Após quatro meses trabalhando no processo criativo, a banda decidiu
mostrar aos seus fãs o resultado e uma prévia do que poderia ser o novo
álbum. Nesses quatro meses, o Smashing Pumpkins atravessou aquele que
talvez tenha sido seu momento de maior inspiração na carreira, criando
cerca de 60 músicas. A maioria destas músicas foram executadas em quatro
concertos que aconteceram no Double Door Room - uma casa de espetáculos
localizada em Chicago, cidade natal da banda - e que tiveram caráter
filantrópico, com a receita arrecadada pelos ingressos sendo revertida
para instituições de caridade. Nestes shows não foi permitida a entrada
da imprensa e mesmo de câmeras filmadoras ou gravadores. Corgan já havia
afirmado em entrevistas que este próximo álbum seria o último da banda
como todos a conheciam. A receptividade das músicas novas por parte dos fãs foi a melhor
possível, o que motivou ainda mais a banda a entrar em studio. Os
produtores escolhidos foram Flood e Alan Moulder,
que já haviam produzido álbuns de sucesso. Moulder já havia participado
da gravação de Siamese Dream como engenheiro de som. O processo de
gravação de "Mellon Collie and The Infinite Sadness" teve início no mês
de Março de 1995. Inicialmente, Corgan planejava filmar toda a criação
do álbum, mas o projeto não durou mais do que alguns vídeos que nunca
foram lançados oficialmente. Outra diferença desta vez era a forma de
trabalho optada pela banda. Cada integrante gravando metade de sua parte
separadamente e cada um em uma sala diferente - enquanto Corgan
trabalhava os vocais e arranjos das canções numa sala, James gravava as
guitarras principais e vocais adicionais em outra, D'arcy gravava o
baixo e vocais adicionais numa terceira e Chamberlin acrescentava o som
da bateria numa outra sala. Esta medida serviu para não causar tensões
como aconteceram em gravações anteriores. Porém o processo não aconteceu
completamente dividido, havendo momentos em que a banda gravou músicas
juntos, o que dava impressões diferentes sobre as músicas e auxiliava em
reparos a serem feitos - muitos, devido ao perfeccionismo de Corgan -
que aconteciam quase sempre ao final do dia de gravação. A banda chegava
a ficar 16 horas no studio, sendo que Corgan algumas vezes dedicava 18
horas de seu dia ao acabamento das músicas. Algumas canções, como "Thru
The Eyes of Ruby", chegaram a ter 56 diferentes cifras de guitarra
gravadas. Nessas horas extras é que Corgan decidiu utilizar ferramentas
como o Pro-Tools. Estas ferramentas influenciaram bastante algumas
canções, como "1979". Tamanho ecletismo adotado pela banda neste álbum,
foram utilizados instrumentos mais incomuns no rock do que guitarras,
baixo e bateria. Estes instrumentos exóticos incluem de arpa a som de
tesouras. O processo de gravação foi finalizado em agosto, totalizando
56 faixas trabalhadas. Destas 56, foram selecionadas inicialmente 32,
posteriormente diminuindo para 28. As músicas não inseridas em "Mellon
Collie and The Infinite Sadness" seriam lançadas posteriormente numa
coletânea de singles e lados b, chamada The Aeroplanes Flies High. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Aclamado pela crítica pela sua ambição,
Mellon Collie and the Infinite Sadness ganhou sete indicações, tendo ganho uma pela música "Bullet with Butterfly Wings" que a banda recebeu no Grammy de 1997. O álbum foi votado como 29º maior álbum de todos os tempos, em 1998, pelos leitores da Revista Q. Em 2003, o álbum esteve presente na lista da revista Rolling Stone dos 500 melhores álbuns de todos os tempos, na 487ª posição. A Revista Time elegeu
Mellon Collie and the Infinite Sadness o melhor álbum de 1995.
Lançamento: |
24 de Outubro de 1995 |
Gravação: |
Março - Agosto de 1995 |
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