Marky Ramone, baterista da lendária banda Ramones, está novamente no Brasil. Desta vez, o músico veio para divulgar seu novo projeto que inclui uma música com Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, e também sua autobiografia recém-lançada, Minha Vida como um Ramone – Punk Rock Blitzkrieg. Nesta manhã de terça, 26, o músico concedeu um coletiva em São Paulo.
“Nesse novo trabalho eu pego músicas que gostava quando era criança e
faço a minha versão delas. Para as canções estou chamando vocalistas de
diversos países para participar. Não é um álbum inteiro, é um projeto
que não tem prazo para terminar e serve de renda beneficente para
esclerose múltipla”, explica Marky. Sobre a escolha de Dinho Ouro Preto
para a canção Concrete and Clay, uma regravação de Unit 4 + 2, de 1965, o baterista diz que o brasileiro tem um estilo parecido com o dele.
“Eu gravei a parte instrumental e mandei para o Dinho aqui no Brasil,
que gravou o vocal e me enviou de volta. Eu gostei muito da voz dele e
vamos gravar uma outra música que é Everybody Loves Somebody Sometime, do Dean Martin. Vai ser tipo o Sid Vicious cantando My Way, do Frank Sinatra. Ao ser questionado o que ele falaria hoje para Joey, Johnny, Dee Dee e
Tommy Ramone se os encontrasse, Marky responde emocionado: “Sabe, fico
muito triste por eles não terem visto o tamanho que virou o legado dos
Ramones. Isso me chateia bastante. Foi como uma maldição, sabe, porque
todos morreram de câncer. Acredito que se estivessem vivos estaríamos
fazendo uma reunião comemorativa”. Para celebrar os 40 anos do primeiro álbum da banda, a exposição Hey! Ho! Let’s Go: Ramones and the Birth of Punk foi inaugurada no Queens Museum,
em Nova Iorque, mas Marky comenta que esse não é o tipo de comemoração
que o agrada: “Um dos motivos pelo qual eu não quis participar da expo é
porque fico bastante triste em ver os meus amigos na parede de um
museu. O único museu que considero importante é o Rock an Roll Hall of Fame,
do qual fazemos parte. Ver roupas e fotos dos meus ex-companheiros de
banda é algo que me deixa mal. Prefiro celebrar a vida e o futuro”. Marky ainda fará uma pequena tour pelo Brasil. Ele toca dia 28 em Frederico Westphalen, no Festival Arena Pop Rock, 29 no Rio de Janeiro, no Imperator, 30 em São José do Rio Preto, no Ginásio de Esportes do Palestra e 1 de maio em Porto Alegre, no Bar Opinião.
Fonte: Vírgula
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