Em 11/11/11, o Dead Fish
gravou o seu DVD de 20 anos de carreira em um Circo Voador caótico: o
palco era terra de ninguém, a equipe de filmagem passou um perrengue e
algumas músicas tiveram que ser regravadas. Agora, para o DVD de 25 anos
anos, tivemos uma data não simbólica e um Audio Club “arrumadinho”, que
teve somente na pista o momento de caos. Nada de fãs no palco dessa vez
– apesar da persistência de alguns teimosos.
Mas, antes do grande evento da noite, o público contou com uma abertura em grande estilo com as bandas Bullet Bane e Zander (que também abriu para o Dead Fish no DVD anterior).
Já passava de meia-noite e o Audio Club estava completamente lotado.
Enquanto os últimos ajustes eram feitos no palco, os fãs ansiosos
curtiram a discotecagem de Luka e Thiago DJ, ao som de bandas como Ramones, System Of A Down e Planet Hemp. Bastou Rodrigo (vocal), Rick (guitarra), Alyand (baixo) e Marcão (bateria) entrarem em cena que a casa foi abaixo. Já tinha roda e mosh antes mesmo dos primeiros acordes serem executados.
“Afasia” abriu o show e
logo de cara gerou-se uma catarse coletiva. A pista virou um
formigueiro humano totalmente insano, que duraria até o fim. Rodas,
moshs, pulos, gritos, fãs cantando a uma só voz. Não tinha como ser
diferente.
O diferente ficou por conta do setlist. Se na gravação dos 20 anos o repertório
ficou a cargo do público e resultou em mais do mesmo, agora a banda
surpreendeu com faixas que praticamente nunca aparecem nos shows. Mais
da metade das músicas tocadas em 2011 não se repetiram dessa vez.
Depois de “Sobre A Violência” e “Molotov”,
o vocalista trocou as primeiras palavras com a plateia: “essa é pra
quem embarca e desembarca na estação República às 8h da manhã”, falou ao
anunciar “912 Passos”, do disco mais recente, Vitória. Intercalando todos os álbuns, a banda seguiu fazendo uma apresentação impecável. As pessoas já estavam se matando para tentar subir ao palco, mesmo com a segurança super reforçada. Dead Fish sem stage dive
não é a mesma coisa, mas é compreensível que em uma gravação de DVD a
prioridade seja não comprometer equipamentos e qualidade da imagem. A primeira participação especial foi anunciada: Murilo Queiroz, que foi guitarrista da banda de 1998 a 2003, subiu ao palco para tocar “Ad Infinitum” e “Revolver”, ambas do disco Afasia, de 2001. Um momento e tanto! Outro convidado se juntou à banda: Vitor Isensee, ex-Forfun e atual Braza. O show entrava na sua reta final quando veio a cereja do bolo veio com a sequência “A Urgência”, “Bem-Vindo Ao Clube”, e “Sonho Médio”.
Após cerca de duas horas de show, ficou a sensação de dever cumprido. Os 25 anos da banda foram muito bem representados por todos que fizeram parte da celebração.
Após cerca de duas horas de show, ficou a sensação de dever cumprido. Os 25 anos da banda foram muito bem representados por todos que fizeram parte da celebração.
Foto: Renata Monteiro
Matéria: Laís Ribeiro
Fonte: Tenho Mais Discos Que Amigos
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