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9 de setembro de 2016

Veja o que rolou na primeira edição do Maximus Festival 2016 em São Paulo

Este feriado de 7 de setembro chegou pesado a São Paulo. Pelo menos em relação à música. A primeira edição do Maximus Festival reuniu, no Autódromo de Interlagos, 15 bandas de rock e metal em três palcos diferentes durante toda a tarde desta quarta-feira. Entre as principais atrações, Marilyn Manson, Rammstein, Disturbed, Bullet For My Valentine e Halestorm, além das brasileiras Project 46 e Far From Alaska.
Em sua estreia, o festival trouxe o esperado para um evento desta proporção: line-up diversificado e preços altos de bebidas e comidas. A infraestrutura, menor do que a do Lollapalooza, também realizado em Interlagos, aproximou os três palcos, o que facilitou o deslocamento do público. A primeira atração do dia foi a Ego Kill Talent, que abriu a programação de shows. A banda é formada por Jonathan Corrêa, líder da Reação em Cadeia, com os músicos Jean Dolabella (ex-Sepultura), Theo Van Der Loo e Raphael Miranda (ambos ex-Sayowa) e Estevam Romera (Desalmado). Banda de Natal (RN), o Far From Alaska movimentou o público do Maximus Festival mesmo com apenas meia hora de show. O palco Thunder Dome, o menor do evento e que juntou as bandas nacionais da edição, foi dominado pela poderosa vocalista Emmily Barreto, mas fazendo jus à banda toda, o grupo mostrou mais uma vez porque é um dos grandes nomes da nova geração do rock brasileiro. Formada em 2012, a banda dedicou maior atenção ao elogiado álbum de estreia, "Mode Human", lançado em 2014 e que foi considerado um dos melhores daquele ano pela mídia especializada. Mesmo com alguns problemas técnicos no fim do show, o público apoiou a banda. O público que não acompanhava o HellYeah esteve no palco Thunder Dome para ver o show do Project46. A banda é um dos maiores nomes do metal nacional e foi acompanhada pelos fãs que curtiram um set curto, mas invocado. O sol tinha acabado de dar as caras quando Lzzy Hale e seu Halestorm começaram o show. A excelente cantora distribuiu charme e técnica ao passar pela discografia da banda. Ora raivosa, ora chamando o público como se estivesse em um culto religioso, como na música "Amen", Lzzy não poupou a voz para elogiar o Brasil, e em cada intervalo entre as músicas alcançava notas cada vez mais altas, quase em um desfile sonoro. Ícone do metalcore, o Bullet For My Valentine tocou no palco Rockatansky do Maximus Festival. O último álbum deles, "Venon", lançado em 2015 teve destaque, mas a banda também tocou sucessos do início da carreira, que completa quase 20 anos. Com um palco simples, com as letras B F M V em tiras, a banda mostrou peso principalmente com o bumbo duplo do baterista Michael Thomas. O frontman Matthew Tuck, que faz o tipo galã do metal, trocou algumas palavras com os fãs. A noite chega e com ela o Disturbed sobe ao palco Maximus para fazer sua apresentação no festival. O vocalista David Draiman logo chama o público com a faixa "Ten Thousand Fists", que coloca a platéia em êxtase, jogando o pulso para cima em resposta. No alto da estrutura do palco, labaredas eram impulsionadas contrastando com a luz vermelha que invadia o palco. O último álbum do grupo, "Immortalized", ganhou destaque, principalmente na bela e pesada versão do clássico "Sound of Silence", de Siomon & Garfunkel, com direito a violino e um mar de celulares acesos. Uma sequência de covers também pintou no repertório, caso de "Still Haven't Found What I'm Looking For", do U2, "Baba O' Riley", do The Who, e "Killing In The Name" , do Rage Against the Machine. Voltando às músicas da banda, "The Light " foi regida por David, que pediu no refrão para que o público iluminasse o autódromo de Interlagos. Depois de quase uma década sem pisar em solo brasileiro, Marilyn Manson foi o último artista a subir no palco Rockatansky. Com um colete discreto por cima de uma camisa sem mangas e a tradicional maquiagem preta nos olhos, o cantor saudou o público. "É tão bom estar de volta, vocês são lindos", disse. Marilyn trocou de roupa e vestiu um blazer dourado antes de tocar um trecho de "Moonage Daydream", de David Bowie, em um tributo ao cantor que morreu em janeiro deste ano. Outra parte do show que chamou a atenção, foi quando um retrato de Marilyn apareceu em uma nota de dólar americano, com o valor 666. "Sweet Dreams (Are Made of This)", maior hit do cantor, também não ficou de fora. Com um palco móvel, cheio de surpresas, o Rammstein fechou o evento com o melhor show do dia. Antes do início do show, a banda alemã pediu que o público não se preocupasse em tirar fotos e curtisse o show. O vocalista Till Lindemann surgiu então todo de branco e com uma cartola que logo viraria uma explosão ensaiada. Referência do metal industrial, a banda não vinha para o Brasil desde 2010, por isso a ansiedade dos fãs. Ora com roupa de couro, ora com um grande capuz marrom, Till também atraiu as atenções por todo o trabalho teatral com o qual comanda o grupo.











Fonte: UOL
Fotos: Flávio Florido / Raphael Castello (UOL / AgNews)

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