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10 de setembro de 2020

De Papo Com...Válvera!

Foto: Reprodução

A trajetória do Válvera passa dos dez anos de estrada, três álbuns de estúdio, diversos vídeos e quase duzentos shows no currículo. Muitos quilômetros rodados, muita cerveja e metal ao limite máximo!

O ano de 2020 ficará gravado na história do Válvera, pois mesmo em isolamento por conta da pandemia que forçou não só a banda como a todos darem pausas em seus trabalhos, um novo álbum, intitulado 'Cycle Of Disaster', forte e coeso, acaba de ser lançado justamente no ano que comemoram dez anos de carreira.

Nosso colaborador e amigo Pedro Pellegrino aproveitou um tempo na agenda da banda e conversou com o baixista, Gabriel Prado.

Confira!


Gostaríamos de saber como está a expectativa de vocês para o lançamento do terceiro álbum "Cycle of Disaster"?

Gabriel: "A gente tá muito animado, os reviews e resenhas, tanto nacionais quanto internacionais foram maravilhosas, e a resposta do público está sendo impressionante, estão se mostrando muito felizes com as músicas! Isso nos deixa muito orgulhosos pelos resultados que já estamos atingindo com o Cycle."


A pandemia afetou toda a indústria musical: músicos, promotores, roadies, etc, o que vocês fizeram para driblar um pouco essa situação inédita?

Gabriel: "Infelizmente não teve muito drible; como a maior parte das pessoas que trabalham e vivem da música, tivemos que segurar os shows até que se passe a pandemia ou tenhamos estrutura pra montar uma live. Como essa parada foi necessária, decidimos investir nosso tempo na divulgação do Cycle e criar material novo, como os Lyric Videos e os Playthroughs."


Quais bandas ouviram? Quais filmes/séries assistiram nessa quarentena interminável?

Gabriel: "Estamos ouvindo bastante bandas que lançaram coisas novas esse ano, como Trivium, Mastodon, Scars, Testament e Gojira. Entre as séries e filmes, assistimos The Boys, Lucifer, Hunters, Power. Dava pra ter visto muito mais, mas realmente decidimos transformar esse período em algo produtivo, por estar com o Cycle já saindo do forno."


Hoje o line-up do Válvera está estabilizado com Glauber Barreto na voz e guitarra, Rodrigo Torres (guitarra), Gabriel Prado no baixo e Leandro Peixoto (bateria), como foi o processo até a chegada dos últimos integrantes da banda?

Gabriel: "A entrada do Leandro por intermédio do Jean Forrer (baterista do Laboratori). Eles estavam gravando uns vídeos juntos, e o Rodrigo viu. Teve uma certa insistência pra fazer o Leandro entrar no Válvera, mas depois de um tempo finalmente aconteceu. O Gabriel é amigo do Leandro, eles se conheceram na faculdade, já tocaram juntos, e quando foi anunciado a saída do Jesiel, o Leandro mandou uma mensagem pra ver se tinha interesse em se juntar à banda. Na mesma semana já marcamos de nos encontrar, e fazer um teste, e cá estamos."


Qual a dica que vocês poderiam dar para quem está começando nessa complicada estrada do rock and roll?

Gabriel: "Se o desejo é alcançar um nível profissional dentro do mercado, vocês vão ver que não se trata só da música pra fazer uma banda acontecer: tem que ter planejamento, saber administrar tudo que vai ser investido, saber fazer sua divulgação, etc. Parece uma empresa falando assim, e realmente é, mas é um trabalho extremamente gratificante quando você vê o retorno de todo o tempo e esforço que se colocou no processo."


Foto: Reprodução



Um show marcante e uma furada na longa trajetória do Válvera?

Gabriel: "O mais marcante na história do Válvera foi o show do Rock na Praça em 2017, que aconteceu uns 2 meses antes do lançamento do Back To Hell. Tava lotado, galera realmente animou com o que estava pra ser lançado logo mais. Uma furada foi durante a turnê da Europa. Ficamos num hostel em Frankfurt, dividimos o quarto com um italiano e um árabe. No meio da noite o árabe começa a gritar “disease!” e “too small”. Tava cheio de carrapato no quarto! Mudamos de quarto, o árabe não quis saber e saiu do hostel, disse que ia procurar outro lugar. Encontramos ele no refeitório do hostel de manhã!"


O Válvera existe há 10 anos, se vocês olhassem pra trás, e pudessem voltar no tempo, o que diriam para os meninos que montaram a banda naquele ano de 2010?

Gabriel: "Vai acontecer muita coisa nesse percurso, tanto coisas maravilhosas quanto alguns perrengues, mas tratem de seguir firmes porque vocês vão chegar longe ainda, vão mostrar pro mundo quem vocês são e o porquê das pessoas precisarem no Válvera nas suas vidas."


Essa é difícil: qual é a música predileta de cada um dos músicos do novo disco, existe alguma canção que se arrependem de ter gravado no começo da carreira?

Gabriel: "O Glauber empatou entre a The Damn Colony e Born On A Dead Planet; a favorita do Rodrigo é The Damn Colony; para o Leandro é a Cycle Of Disaster; o Gabriel tá até hoje tentando se decidir entre a Born On A Dead Planet e Glow Of Death. Não tem como a gente falar que tem alguma música que a gente se arrependa, todas as músicas são importantes na história do Válvera."


Como foi o processo de gravação do novo disco? Foi muito diferente dos dois primeiros?

Gabriel: "O processo foi diferente porque foi gravado num lugar diferente: enquanto o Cidade Em Caos e o Back To Hell foram gravados no Mr. Som pelo Pompeu e Heros Trench, o Cycle Of Disaster foi gravado no Dual Noise pelo Rogerio Wecko. Nós temos muita admiração e respeito pelo trabalho do Pompeu e do Heros, pelo profissionalismo, pois eles ajudaram a moldar o som do Válvera desde o começo, o que aconteceu foi que procuramos diversificar a sonoridade. Cada engenheiro de mixagem tem seu jeito de fazer as coisas, um tempero diferente pra colocar no som, e era isso que estávamos buscando, porque o novo álbum já tinha um viés diferente, por ser um álbum conceitual, é a primeira vez que tentamos fazer algo do tipo. Além disso, tentamos fazer algo que não tinha ocorrido antes, que foi uma afinação diferente em algumas músicas; gravamos todo o álbum em Eb standard, que é nossa afinação normal, mas depois pensamos em regravar algumas músicas em B standard, para desespero do Wecko. Mas o resultado ficou animal!"


Quais são os planos da banda para este ano maluco e para 2021? 

Gabriel: "Estamos nos preparando pra fazer um show de lançamento do Cycle, de acordo com o Leandro, “o maior show já produzido pelo Válvera”, continuar preparando mais vídeos, e assim que se resolver a questão do COVID, voltar a fazer shows, porque a vontade de subir num palco não é pouca, principalmente agora que o Cycle Of Disaster já tá no mundo!"


Nós agradecemos pela entrevista, e deixamos o espaço aberto para vocês falarem o que vocês quiserem nesse final da entrevista.

Gabriel: "Nós estamos muito gratos pela oportunidade e pelo espaço cedido, muito obrigado! Cycle Of Disaster já está nas plataformas de Streaming, YouTube, e estamos vendendo os CDs físicos também pela nossa loja virtual! Muito obrigado galera, se cuidem!"


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Por: Pedro Pellegrino

Agradecimento: Johnny Z - JZ Press / Metal Na Lata

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