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13 de julho de 2021

De Papo Com... Burning Witches

Foto: Kevin Grab



A banda de heavy metal da Suíça, Burning Witches, acaba de lançar o álbum 'The Witch Of The North', pela Nuclear Blast. São mais de 50 minutos de faixas matadoras, sem nenhum preenchimento, mas odes ao heavy metal com homenagens ao gênero dos anos 80 mas com uma levada de uma produção que soa moderna e que se encaixa corretamente em 2021.

Nós aproveitamos um tempo na agenda de divulgação da banda e batemos um papo super descontraído com a baterista Lala Frischknecht.

Confira!




Big Rock: Olá Lala! Sou Juliana Carpinelli, editora-chefe do site Big Rock N’ Roll.
Muito obrigado por disponibilizar seu tempo para bater um papo conosco.

Lala: Olá Juliana! Eu que agradeço pela oportunidade.




Big Rock: Vocês acabam de lançar o álbum ‘The Witch Of The North’, pela Nuclear Blast, e que conta com 50 minutos de faixas matadoras. Conte como foi o processo de criação deste trabalho em meio a pandemia.

Lala: Foi mais fácil do que pensamos, justamente porque fizemos isso durante a pandemia e durante o lockdown. 
Portanto, tivemos todo o nosso tempo de concentração e queríamos ter a certeza de que a alma de cada uma estaria neste trabalho, todas as dinâmicas, todas as especiarias.
E foi o que fizemos em "The Witch Of The North'.
É por isso que acabou muito bem e tem muitas músicas ótimas. Sim, o grande exemplo é a faixa "The Circle Of Fight". 
Essa foi a primeira música que fizemos e também foi a introdução da nossa nova guitarrista Larissa Ernst (Larissa entrou no lugar de Sonia Anubis, que foi para a CRYPTA).
Então, sim, é um álbum muito bom para nós, se você perguntar às garotas, elas irão responder exatamente isso também.
Foi bem mais fácil trabalhar neste álbum, pois não tínhamos nenhum show agendado, não estávamos ocupadas, então, e daí surgiu a ideia de fazer um novo álbum.
E, claro, estamos tão felizes que Laura encontrou sua verdadeira voz (Laura Guldemond - vocalista). Ela demostra mais força neste trabalho. Ela acabou apresentando algo mais agressivo nesse álbum e também mais melódico. Foi a Laura que teve a ideia do título do álbum. Ela reuniu algumas informações sobre mitologia e literatura nórdica. Ela adora livros e é esperta.


Arte: Claudio Bergamín


Big Rock: A arte da capa do álbum é realmente fascinante, criada pelo artista chileno Claudio Bergamin, cujo trabalho encontramos em Judas Priest , Battle Beast , entre outros. Como surgiu essa parceria?

Lala: Sim, tivemos essa ideia justamente por ser ‘A Bruxa do Norte’, está frio, ela usa um arame e tem sua presa. Então, ele combinou tudo isso na arte do álbum. Você pode ver claramente que é Freya (deusa mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica), deusa das bruxas. E nós somos as bruxas e estamos lá, junto com Freya, e tem algo como uma guerra, montanhas ao fundo e fogo. Na verdade, era para ser algo com fogo, pois somos Burning Wiches, mas devido o título do álbum, ‘The Witch Of The Nort’, tudo está congelando. Inclusive, mudamos nosso logo neste momento para a divulgação do álbum. Hoje em dia, a maior parte das artes de álbuns são criados através de artes tridimensionais e computadorizados, mas este é como uma arte plástica...uma espécie de velha escola bem quando você olha para o álbum, exceto que as cores estão lá, mas não são vistas. Esse detalhes que o tornam mais perfeitos para a capa de um álbum. É mais como uma pintura. Nós adoramos o resultado final, é meio clássico. Aposto que nossos fãs também adoraram! 



Big Rock: E quais são as suas referências, ou mesmo as referências da banda na hora de criar seus próprios sons?

Lala: Temos influências do heavy metal dos anos 80 como Judas Priest, Iron Maiden e então sim, essas são nossas principais influências. E isso reflete em nossas músicas. Músicas do Judas Priest e Manowar nos acompanham desde o início da nossa carreira. Não importa o tipo de instrumento que você toca, suas influências irão refletir no trabalho final. Então isso é o que amamos, nós queremos tocar Heavy Metal, o clássico Heavy Metal, mas com um toque moderno. Esse é o jeito Burning Witches de ser.

Foto: Kevin Grab



Big Rock: Como foi se apresentar no festival Wacken Open Air? Nós tivemos a oportunidade de cobrir o WOA por dois anos consecutivos, 2018 e 2019.

Lala: Um mix de emoções enervantes te dominam e você terá arrepios porque é incrível! Nós estávamos no backstage, nos preparando para entrar no palco, e já dava para escutar o público gritando: “Burning Witches! Burning Witches!” ecoando por todo os lugares. Você para e pensa: “que porra é essa?” e os arrepios só aumentam. Mas ao mesmo tempo que você está animada, você também está nervosa e isso é totalmente incrível. Pelo menos 8.000 pessoas estão lá e estarão com você do início ao fim. Ao final do show, eles estão enlouquecidos! Nós quase choramos!
Sim, foi uma experiência incrível! Não esqueceremos nunca e esse ano vamos tocar por lá novamente, em uma mini Wacken, chamado Bulhead City, em junho. Fomos convidadas e estamos super felizes de dividir o palco com outras bandas como Doro, Nightwish, Powerwolf. Será muito legal.
(nós recebemos um press release informando que o Bulhead City acontecerá em setembro, e não em julho).



Big Rock: E quais são suas expectativas para essa apresentação?

Lala: Estamos ansiosas, mas a diferença será a estrutura do festival que normalmente tem palcos gigantes, muitas pessoas, mas desta vez o público será limitado, com restrições especiais. Tentaremos nesse novo formato, e com paciência que aos poucos, voltaremos a fazer da forma que fazíamos antes. No momento, estamos aprendendo a lidar com essa situação. Essa será a chance de nos conectarmos com o publico novamente e nos divertir no palco, porque realmente sentimos falta das apresentações ao vivo.


Big Rock: Pois é, ainda é um momento delicado para o mundo...

Lala: Sim, você não está lutando sozinha, quero dizer, as pessoas tem seus empregos e foram afetados. Eu sou das Filipinas e sei como é difícil, eu cresci em um país de terceiro mundo. É muito, muito difícil lidar com essa situação. Então, eu acho que nós devemos aprender como lidar com isso e lutar com o que puder para mudar o cenário. 


Big Rock: Qual mensagem vocês mandam para seus fãs em todo o mundo?

Lala: Bom, apenas siga as regras, infelizmente o vírus não irá desaparecer agora. Acho difícil tudo desaparecer assim, imediatamente. Portanto, temos que lidar com isso. Temos que ser fortes. Então, temos a esperança de que os governantes farão o necessário para que as vacinas sejam distribuídas para todos, porque para mim, vacina significa liberdade! Vacinados, poderemos viajar, teremos a liberdade de ir e vir. Mas claro, sempre com muito cuidado.


Big Rock: Esperamos conferir um show da Burning Witches no Brasil em breve.

Lala: Sim, com certeza! E espero ter a oportunidade experimentar a autêntica caipirinha!



Big Rock: Muito obrigada por conversar conosco. Eu adorei e você é muito simpática. 
Desejamos muito sucesso à vocês! Deixe um recado para os fãs da da Burning Witches.

Lala: Olá metalheads brasileiros! Muito obrigada por todo o apoio a Burning Witches, desde o princípio, e se você ainda não teve a oportunidade de conferir o novo álbum ‘The Wich Of The North’, confira e adquira já o seu. Tenho certeza que vocês não se arrependerão. É um álbum maravilhoso! Eu realmente espero que possamos visitar o Brasil em breve, festejar com todos vocês e ver seus rostos felizes. Muito obrigada. Cuidem-se e fiquem seguros.



Burning Witches:

Romana - Guitarra
Jay - Baixo
Laura - Vocal
Lala - Bateria
Larissa - Guitarra




Burning Witches na internet:



 


Por: Juliana Carpinelli
Agradecimento: Marcos Franke - Nuclear Blast

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