Translate

16 de novembro de 2021

O Punk ainda vive!

Fotos: Francine Bezerra



Plebe Rude e Vespas Mandarinas - Carioca Club - São Paulo - 12/11/2021



Por: Pedro Pellegrino


"Em 1983, fui recepcionar esses caras no aeroporto, quando vi a cara deles, pensei 'não vão durar uma semana aqui em São Paulo...' Agora eles estão aqui comemorando 40 anos de banda!"
Clemente Nascimento, ícone do punk rock nacional contando sobre o seu primeiro encontro com a Plebe Rude. E quem iria imaginar que 20 anos depois daquele encontro, o frontman do Inocentes, iria se juntar a Plebe Rude?! 

Dia 12 de novembro, uma primavera fria, como nunca se viu em São Paulo, anunciava o show das Vespas Mandarinas e da Plebe Rude na simpática casa de shows Carioca Club.

Foto: Francine Bezerra



Quando começou o show das Vespas, a casa já contava com um bom público. O trio formado pelo multi-instrumentista Thadeu Meneghini no baixo e voz, Bart Silva na bateria, e Sobera (guitarra) agradou a plateia com o seu ótimo rock and roll, influenciado pelo rock nacional dos anos 80/90 e pelo punk brasileiro. 
A banda formada na cidade de São Paulo, estava muito feliz por estar fazendo a abertura desse evento tão especial, homenagearam também uma outra banda ícone da cidade, Cólera, inclusive com o Wendell Barros (atual vocalista do Cólera) se juntando aos Vespas para cantar o hino do punk rock brasileiro: "Pela Paz".
Em 2019, as Vespas Mandarinas lançaram o single "Amor em tempos de cólera", um tributo ao vocalista e guitarrista do Cólera, Redson Pozzi, falecido em 2011.
Um dos pontos altos do show foi a execução da música "Não sei o que fazer comigo", com o Carioca Club inteiro cantando a canção que foi um sucesso em 2013/2014, ainda mais com o belo videoclipe, muito assistido nessa época.
Pra quem nunca viu: 



No final do show, Thadeu vestiu uma máscara, largou o seu baixo, e o som da banda ficou ainda mais pesado. O vocalista foi cantar junto ao público também.

Foto: Francine Bezerra


Antes das 22 horas, o tão grande esperado show da noite começava. A banda de Brasília fundada em 1981, entrava no palco e fazia gritar o quase lotado Carioca Club.
Philippe Seabra (guitarra e vocal) e André X (baixista) estão desde a fundação da banda. Completam a banda: o já citado Clemente Nascimento (guitarra e voz) e Marcelo Capucci (bateria).

A Plebe tocou todos os hits de sua linda história: "Proteção", "Até quando Esperar", "A Ida", "Brasília", "O Concreto já Rachou", "Censura", "Luzes", "Sexo e Karatê", "Este ano", "Minha Renda", e também músicas da sua ópera rock "Evolução", como a quilométrica "Descobrimento da América", como disse o Seabra: "é a nossa Faroeste Caboclo". Todo mundo cantando "não haverá mais submissão ao rei" foi incrível!
Foto: Francine Bezerra


No final do show, havia espaço ainda para a bela cover do The Who, "Baba O' Riley".
Ficamos impressionados com a performance do Clemente, esse senhor do rock and roll (quase 60 anos), pulava igual a um adolescente, e incendiava o Carioca.
Clemente, como já citamos, é o líder da banda punk também formada em 1981: Inocentes. O cara integrar essas duas bandas clássicas do rock nacional é impressionante, e ainda com esse vigor físico, é mais legal ainda. 

Foto: Francine Bezerra


Nós da reportagem, com quase 40 também, nunca tínhamos assistido um show da Plebe, e valeu a pena esperar.



Agradecimento: Tedesco Comunicação e Midia

Um comentário:

  1. Ver o ThaDeuso e suas Vespas, novamente feliz e energético, foi do caralho! Vespas vive!!
    Quanto a Plebe... Foi minha primeira oportunidade e eu não sabia o que esperar mas como o correspondente pode conferir, o Clemente tem uma puuuuuuta presença de palco, um lado meio Elvis meio Chuck Berrie e garantiu um showzaralho. Grande noite!

    ResponderExcluir