Fotos: @raphagarcia / @diegopadilha |
Summer Breeze Brasil - Memorial da América Latina - São Paulo/SP - 29 e 30 de abril de 2023
Por Leo Wacken / Karina Storker
Fotos: @raphagarcia / @diegopadilha
Segundo e último dia de festival.
Hora de acordar cedo outra, tomar banho, colocar aquele visual metal, tomar um café bem reforçado e ir para o festival.
Cheguei ao Summer Breeze, por volta das 12h, aproveitei para passear pelo Metal Market, fazer compras de CDS, Vinis, Camisetas, Acessórios e claro conhecer a feira Geek, Exposição de Horror e a feira de tatuagem, pois o ultimo dia havia chegado, então brevemente seria a despedia de mais um ano nesse tão sonhado festival.
H.E.A.T entrou no palco Hot Stage sendo ovacionado, pois se tratava de uma das bandas de Hard Rock mais aguardadas de festival, então certamente que todos estava em peso para prestigiar essa grande banda e com o retorno do seu vocalista fundador “Kenny Leckremo” substituindo o vocalista anterior Erik Grönwall atualmente cantando no Skid Row e fazendo um excelente trabalho. O setlist levantou o público com “Back to the Rhythm”, me surpreendendo naquela tarde, pois se trata de seu novo trabalho. Realmente foi uma grande performance da banda, destaque para “Kenny” com sua voz aguda e seu jeito elétrico de correr o palco todo sem ao menos parar um segundo.
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Eu só tinha apenas 5 minutos para atravessar todo o Memorial da América Latina até o palco V.I.P Wet Stage para prestigiar uma das maiores lendas do Hard Rock Feminino, sim estou falando da oitentista Vixen que logo de cara abriu o show com “Ver it Up”, e eu não conseguia acreditar que eu estava ali vendo essas meninas. Meu corpo estava na plateia, mas minha mente estava em outro lugar cheio de solos de guitarra e uma verdadeira aula de Heavy Metal feminino com grandes clássicos como “"Cryin'" e "Edge of a Broken Heart".
Foto: Leo Wacken |
Uma breve corrida para o Palco Sun Stage para o show do Finntroll, que agitava a galera (pelo visto, bem animada), dali comecei a me aventurar um pouco no meio do Folk Metal, é um gênero que conheço algumas bandas e das quais gosto muito. Esta é a primeira vez que assisto eles ao vivo e dão uma introdução instrumental linda, realmente bem folclórica, com presenças de guitarra pesadas do qual a melodia me encantou de verdade. Gostei das pegadas e dos riffs que realmente segue mesmo sendo rápido do estilo Speed Metal ou até Power Metal. As músicas são bem energéticas e dançantes agora entendo porque alguns falam que são bandas de "Metal Fadinha". A banda mostrou empatia com o público, o vocal sempre interagindo com os fãs em diversos momentos, realmente eles fizeram um grande espetáculo que uma hora, foi pouco pra ver tanto carisma, criatividade e presença de palco.
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Logo que finalizam, corro para o outro palco "Hot Stage", onde o Testament inicia sempre deixando seu público boquiaberto com seus shows, e no Summer Breeze, não foi diferente. A banda já iniciou a apresentação com peso, tocando a música "Rise Up" do álbum "Roots Of The Earth", preparando a plateia para as pedradas que ainda estariam por vir. Ao meu ver, o ápice do peso foi em "D.N.R", música do álbum "The Gathering", onde uma parcela da plateia cantando com entusiasmo junto a banda, e a outra parcela, nos “Mosh Pits” e por fim, o show foi concluído com "Alone In The Dark", deixando um gostinho de "quero mais" para todos presentes. Testament, não deixou a desejar em nenhum aspecto, a presença de palco, execução e qualidade de áudio estavam mais que excelentes, “Chuck Billy” continua nos surpreendendo com sua voz mesmo depois de ter completado seus 60 anos, época da vida onde normalmente, a voz masculina começa a apresentar um certo declínio um pouco mais acentuado em relação à performance dentro do gênero do Rock e Heavy Metal. “Gene Hoglan” tocou com a precisão de um “metrônomo humano”, “Alex Skolnick” e “Eric Peterson” solaram como nunca, e “Steve DiGiorgio” marcou as musicas com sua assinatura de forma exímia. Só tenho elogios para me referir a essa apresentação, Testament continua sendo um destaque no Thrash Metal, com razão.
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Logo de quebra, os gigantes da musica, “Mike Portnoy”, “Ritchie Kotzen” e “Billy Sheehan”, com o The Winery Dogs, entram movendo a galera para o palco "Ice Stage". Por mais que a presença de palco de “Richie” acabe se comprometendo um pouco nos momentos em que canta e toca simultaneamente em função da falta de mobilidade, ele oferece um espetáculo. “Billy Sheehan”, mesmo sendo contra o estereótipo de instrumentistas de cordas terem que manter a correia abaixo da cintura, consegue sempre manter uma postura carismática e interativa com a plateia. E no caso de “Mike Portnoy”, que infelizmente acaba sendo escondido pela sua bateria, independentemente de ter que tocar sentado consegue agitar o público de uma forma única. A banda iniciou seu set com a música "Gaslight", e concluiu com "Elevate", mas para tristeza de muitos, não teve tempo suficiente para oferecer um Bis. A facilidade que o trio demonstra para executar seu set é impressionante, afinal, estamos falando de músicos virtuosos. Em qualquer projeto que tocarem, os membros do The Winery Dogs, sempre irão surpreender seus ouvintes, e seu show no Summer Breeze é uma prova disso.
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Os alemães do Kreator foram um dos shows mais esperados do ultimo dia, pois estou falando de uma das melhores bandas de Thrash Metal de todos os tempos. Milhares de pessoas gritavam “Kreator, Kreator, Kreator” antes do show começar, sem duvida nenhuma posso descrever que foi um show matador com um set-list destruidor "Hate Über Alles", "People of the Lie", "Enemy of God" e "Phobia", a pancadaria começou logo no primeiro som e muitas pessoas dentro da roda, como é chamado “Circle Pit”, a cada musica tocada, o vocalista “Mille Petrozza” pedia para abrir a roda maior ainda e ver sangue, mas o sons não paravam e vieram mais com “Satan is Real” e “Hordes of Chaos”. Realmente o Kreator não decepciona ao vivo, ainda mais em um palco gigante todo decorado, havia um mascote enorme atrás da banda e vários corpos pendurados. Pra finalizar tocaram três clássicos matadores "Flag of Hate", "Violent Revolution" e Pleasure to Kill" que os fãs foram ao delírio inclusive eu.
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Particularmente eu não via a hora de ver Avantasia, pois é uma verdadeira Metal Opera e sempre gostam de agradar os fãs brasileiros. Quando cheguei ao palco Ice Stage, já deu pra perceber como seria o show, pois muitos metalheads gritavam o nome da banda, então surge “Tobias Sammet” agitando o público com “Twisted Mind” e na sequência a voz do “Primal Fear” com o Vocalista “Ralf Scheepers” tomando conta das "Reach Out for the Light" e "The Wicked Rule the Night", mas não parava por aí, pois o próximo a cantar foi a voz do “Pretty Maids” com “Ronnie Atkins” com as maravilhosas "The Scarecrow" e "Book of Shallows" não dando fôlego aos fãs, e a próxima com “Bob Catley” vocalista do “Magnum” cantando “The Story Ain't Over” surpreendendo a todos, ainda tivemos a participação da bela voz do “Mr. Big” com “Erick Martin” em "Dying For an Angel" e "Avantasia". Tanto a banda quanto os fãs ficaram emocionados e pra fechar todos reunidos no palco para executar a bela "Sign of the Cross / The Seven Angels".
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Agora o show de uma das bandas mais aguardadas do festival, Stratovarius, inicia, bombardeando o palco "Sun Stage" com a música "Survive". “Timo Kotipelto”, considerado um dos melhores vocalistas do gênero Power Metal, interage e agita o público com sua performance de voz impecável fazendo a galera pirar de emoção. Faziam bons anos que eu não assistia uma apresentação deles, e digo que cada ano que passa, eles se tornam melhores no que fazem. O show foi seguindo com vários clássicos, entre eles "Black Diamond", "Hunting High and Low" e "Eagleheart", o que deixou o público ainda mais maluco. A interação dos músicos com o público merece destaque, principalmente “Timo” que apresentava a banda e cada integrante tinha seu momento exclusivo com a plateia. Eles encerram a apresentação impecável após uma hora, e mesmo a plateia já exausta pedindo mais, o público presente no Summer Breeze saiu satisfeito por ter prestigiado mais um grande show de uma das principais bandas de Power Metal do mundo. Vale destacar a boa produção do festival, onde não houve atrasos, nem incidentes que atrapalhassem das bandas das quais acompanhei.
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O Grande Headline da noite foi o Parkway Drive. Poucos minutos antes de começar o show, muitas pessoas já estavam em frente ao palco Hot Stage para prestigiar uma das mais aclamadas bandas de Metalcore da atualidade. Um show, onde a pista estava muito violenta, a cada musica tocada, “Circle Pits” eram formados em vários pontos da pista, muitas pessoas caindo e muito empurra empurra. Enfim era show do Parkway Drive detonando com poderosíssimas "Glitch", "Prey", "Carrion", e "The Void" com muita pirofagia, fumaça e fogo no palco, era muita energia, nunca havia visto um show tão poderoso assim onde o público agitava mais e mais fechando com clássicas "Crushed" e "Wild Eyes".
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Como no primeiro dia do festival, infelizmente não conseguimos acompanhar tudo o que aconteceu, mas o dia ainda contou as apresentações das bandas Beast In Black, Bittencourt Project, Burty Tomorrow, Electric Gipsy, Grave Digger, Napalm Death, Project 46, Velvet Chains e, encerrando a noite, a banda de metal progressivo da Suécia, Evergrey.
Agradecimento especial à Agência TAGA pelo credenciamento e suporte.
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