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19 de abril de 2024

Jethro Tull - Vibra São Paulo - São Paulo/SP

Foto: Divulgação


Jethro Tull - Vibra São Paulo - São Paulo/SP - 13 de abril de 2024


Por Daniel Bianchi e Ramires Almeida (AM Produtora)

Fotos: Divulgação / Assunta Ophale


No último sábado, 13 de abril, o Vibra São Paulo recebeu novamente o icônico e carismático Ian Anderson, juntamente de sua trupe, para mais uma apresentação do Jethro Tull. Encerrando a passagem brasileira da “RÖKFLÖTE TOUR”, que ainda contou com apresentações em Porto Alegre e Curitiba, o grupo entregou para os fãs uma apresentação agradável e honesta.

Logo antes do início da apresentação, um comunicado foi exibido nos telões e anunciado nos alto falantes: a pedido do próprio Ian Anderson era proibido tirar fotos ou fazer filmagens durante o show, alegando que tal atitude poderia comprometer a concentração dos músicos. Para os dias de hoje esse pedido soa um tanto quanto antiquado. Mas confesso que, para esse que vos escreve, foi uma experiência nostálgica poder voltar ao tempo em que as pessoas realmente assistiam aos shows de seus ídolos em um palco de dezenas de metros ao invés de ficarem mais preocupadas em filmá-los incessantemente e assistir ao show através de uma tela de 6 polegadas. 

Indo ao que interessa, com alguns minutos de atraso as luzes do Vibra se apagaram e surgem no palco as estrelas da noite: o já citado Ian Anderson acompanhado de Jack Clark (guitarra), David Goodier (baixo), John O´Hara (teclados) e Scott Hammond (bateria). Com um palco modesto e sem firulas, iniciam o set com “My Sunday Feeling”, arrancando os primeiros aplausos. “We Used to Know” veio na sequência, junto da primeira interação do simpático flautista com o público, que fez questão de “brincar” com o fato de existirem algumas semelhanças dessa música com a clássica “Hotel California” do Eagles.

“Heavy Horses”, outro clássico, veio logo depois e esquentou mais ainda a plateia. Em “Weathercock” Ian contou brevemente sobre a música falar de um homem que vivia no telhado de sua casa. As músicas seguintes não empolgaram tanto, provavelmente por fazerem parte de um período não tão aclamado da discografia do Jethro Tull, mas mesmo assim cumpriram seu papel de preencher o setlist de uma banda com quase seis décadas de história.

O veterano músico de 76 anos de idade já não possui mais o mesmo desempenho vocal de antes, é claro, mas sua simpatia e presença de palco compensam! Durante todo o show Ian perambulava por todo o palco, fosse tocando sua flauta ou interagindo com seus competentes colegas de banda.

Antes de iniciarem “Bourrée in E minor”, de Johann Sebastian Bach, Ian anunciou que aquela seria a última música antes do intervalo do show, inclusive convidando os presentes a visitarem o estande de merchandising durante a pausa. O primeiro ato do show terminou com Ian se despedindo fazendo sua famosa pose tocando flauta apoiado em apenas uma das pernas.

Após um breve intervalo de 15 minutos, os músicos retornam para o segundo ato, que nitidamente se iniciou com as composições e arranjos mais pesados. Destaque para o guitarrista Jack Clark que soube muito bem colocar peso e emoção nos riffs das músicas, sem perder a essência harmoniosa das canções do Jethro Tull.

Na instrumental “Warm Sporran” as luzes do palco se apagaram e toda a luz da plateia permaneceu acesa. Confesso que, se tratando das peculiaridades de Ian Anderson, não fui capaz de compreender se foi algo proposital ou se apenas alguém apertou o botão errado…

“Mrs. Tibbets” e “Dark Ages” deram o tom mais dramático da apresentação, principalmente por tratarem de temas mais pesados e de certa forma sombrios. Além, é claro, de já darem indícios de que a apresentação estava se encaminhando para o final.

Foto: Assunta Ophale


Com acordes e releituras um tanto quanto exóticas, “Aqualung” começa a ser executada. Não vou mentir, o ponto alto do show começou de uma maneira meio decepcionante. Afinal, estamos falando do maior clássico da banda e um dos maiores clássicos do rock. Nesses momentos temos a tendência de querer ouvir algo mais próximo do material original do que firulas experimentais… Mas, para alegria geral de todos os presentes, após alguns minutos viajando pela música, a atmosfera “original” retorna e o Jethro Tull encerra de maneira épica a parte regular do show.

Antes de voltarem para o bis, o telão exibiu uma imagem dizendo que a partir daquele momento seria permitido tirar fotos e filmar a apresentação. No mesmo instante foi possível perceber um mar de smartphones sendo erguidos, aguardando ansiosamente o retorno dos músicos ao palco para poderem fazer alguns registros dessa noite.

“Locomotive Breath” fecha a apresentação com Ian Anderson e seus companheiros sendo ovacionados enquanto seus nomes aparecem um a um no telão.



Primeiro ato:

My Sunday Feeling

We Used to Know

Heavy Horses

Weathercock

Roots to Branches

Holly Herald

Wolf Unchained

Mine Is the Mountain

Bourrée in E minor (Johann Sebastian Bach)


Segundo ato:

Farm on the Freeway

The Navigators

Warm Sporran

Mrs. Tibbets

Dark Ages

Aqualung

Bis:

Locomotive Breath


Agradecimento à Midiorama pelo credenciamento e Vibra São Paulo pela atenção. 

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