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25 de abril de 2024

Megadeth - Espaço Unimed - São Paulo/SP

Foto: Ricardo Matsukawa


Megadeth - Espaço Unimed - São Paulo/SP - 18 de abril de 2024


Por Daniel Bianchi e Ramires Almeida (AM Produtora)

Fotos gentilmente cedidas por Ricardo Matsukawa



Uma das mais aclamadas bandas de thrash metal do mundo retornou ao Brasil para uma única e explosiva apresentação em São Paulo. No último dia 18/04, o Megadeth esquentou a noite fria paulistana e durante 1h30 de show presenteou os fãs que lotaram o Espaço Unimed.

Passados poucos minutos das 21h, já era possível ver a movimentação dos técnicos fazendo os últimos ajustes no palco. A pista estava lotada com todas as gerações de headbangers, dos mais novos aos veteranos. Todos aguardando ansiosamente pelas grandes estrelas da noite. E foi quando pontualmente às 21h30 a espera acabou. As luzes do Espaço Unimed se apagaram e a intro do show estremeceu a casa. 

Fugindo um pouco do óbvio, “The Sick, The Dying… And the Dead!” foi a escolhida para abrir os trabalhos. E logo de cara já temos aqui tudo que o fã do Megadeth gosta: peso, velocidade, solos viscerais e as performances impecáveis de Dave Mustaine (guitarra e vocal), Teemu Mäntysaari (guitarra), James LoMenzo (baixo) e Dirk Verbeuren (bateria). Sem pausas, a inconfundível introdução na bateria de “Skin O’ My Teeth” incendiou o público. 

“Angry Again”, com seu riff pulsante, fez todos pularem do início ao fim, cantando o refrão a plenos pulmões. Um verdadeiro presente para os fãs mais veteranos da banda. Na sequência, a dobradinha “Wake Up Dead” e “In My Darkest Hour”. A primeira, mais rápida e cheia de energia, ideal para os primeiros mosh pits da noite. A segunda, densa e cadenciada, sendo o momento preferido para “bater cabeça”. 

Foto: Ricardo Matsukawa

Foto: Ricardo Matsukawa


Sem grandes interações com a plateia, Dave Mustaine conduziu o show como um verdadeiro maestro das 6 cordas, orquestrando riffs perfeitos e solos magistrais. Em relação a sua voz, que nos últimos anos vem se mostrando bem debilitada, estava surpreendentemente boa! 

Com um tema extremamente atual, “Countdown to Extinction” alegra a plateia e dá o tom para uma das mais aguardadas, a clássica “Sweating Bullets”. Sem dúvidas essa é uma das mais empolgantes canções do Megadeth, e o público responde à altura, cantando e agitando sem parar.

“Dystopia”, faixa do homônimo álbum que foi o primeiro a contar com o guitarrista Kiko Loureiro na formação do grupo, mostrou que os trabalhos mais recentes do Megadeth também se firmaram como grandes músicas para o público. Essa, em especial, contém uma bela parte instrumental recheada de solos virtuosos.

O palco mais modesto, inclusive, contribui para que a qualidade excepcional dos músicos se destaque ainda mais. Para essa turnê, ao invés dos telões digitais, o Megadeth optou pelo método old school e utilizou “apenas” um gigantesco backdrop ao fundo do palco. 

Com uma das breves interações com a plateia, Mustaine perguntou se a galera iria reconhecer a próxima música. Após as primeiras notas do clássico “Hangar 18”, veio a resposta: todos pulando e ovacionando a banda. Essa inclusive é uma das músicas que comprovam a escolha e a qualidade do “novato” da banda, Teemu Mäntysaari. O guitarrista é simplesmente fenomenal e parece já ter caído nas graças dos fãs. 

Na sequência, apenas o baterista Dirk Verbeuren e o baixista James LoMenzo permanecem no palco, e iniciam uma das mais famosas introduções do metal. “Trust”, com uma bateria épica e um baixo poderoso, estremece a casa e leva todos ao delírio. 

“Tornado Of Souls”, faixa da aclamada obra prima do metal “Rust In Peace”, entrega tudo! Peso, velocidade, virtuosismo! Uma verdadeira avalanche sonora para os fãs. Mais um destaque para o habilidoso Teemu, que executou o solo originalmente criado pelo espetacular Marty Friedman de maneira exemplar!

“A Tout Le Monde”, uma das faixas que ajudou a alavancar o Megadeth mundialmente por ter uma pegada mais pop, mobilizou e emocionou a todos, que cantaram com muito entusiasmo o refrão bilíngue. 

Em mais uma das breves conversas de Mustaine com os fãs, ele mencionou que tocariam uma música que há muito tempo não tocavam, tanto tempo que nem se lembrava mais quando tinha sido a última vez. E veio o petardo “Devil's Island”, do clássico “Peace Sells…Ut But Who's Buying?”. Extremamente pesada e muito bem recebida principalmente pelos fãs mais saudosos da banda.

Já na reta final do show, a trinca perfeita: “Symphony Of Destruction”, “Peace Sells” e o bis com a derradeira e magnífica “Holy Wars… The Punishment Due”. Para os amantes do metal e acima de tudo do Megadeth, esse foi o final épico para uma noite inesquecível.

Com exatas 1h30 de show, o Megadeth provou porque se mantém no topo do metal mundial, angariando cada vez mais fãs novos e sempre surpreendendo os antigos!

Foto: Ricardo Matsukawa

Foto: Ricardo Matsukawa

Foto: Ricardo Matsukawa



Setlist:

1- The Sick, The Dying… And the Dead! 
2- Skin O’ My Teeth
3- Angry Again
4- Wake Up Dead
5- In My Darkest Hour
6- Countdown to Extinction
7- Sweating Bullets
8- Dystopia
9- Hangar 18
10- Trust
11- Tornado of Souls
12- A Tout Le Monde
13- Devil’s Island
14- Symphony of Destruction
15- Peace Sells


BIS:

16- Holy Wars… The Punishment Due



Agradecimento à Catto Comunicação e Mercury Concerts pelo credenciamento e Espaço Unimed pela atenção. 

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