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15 de maio de 2024

Summer Breeze Brasil - Memorial da América Latina - São Paulo/SP

Foto: Divulgação


Summer Breeze Brasil - Memorial da América Latina - São Paulo/SP - 26, 27 e 28 de abril de 2024 


Por Leo Wacken

Fotos gentilmente cedidas por Marcos Hermes, Alessandra Tolc, Rapha Garcia, Arthur Waismann, Wellington Penilha, Diego Padilha


Finalmente mais uma jornada para o Summer Breeze em São Paulo se iniciou a partir de Guarulhos que é a cidade onde que vivo por volta das as 11hs do dia 26 de abril. Fiz todo percurso de carro, pois se tratava de uma sexta-feira e o trânsito em São Paulo não seria nada fácil até chegar nas imediações do evento que aconteceu no Memorial da América Latina, na Barra Funda, bem próximo da estação, onde deixei meu carro em um estacionamento cerca de alguns minutos a pé do portão de entrada dos credenciados para o festival, porém foi  tudo tranquilo e muito fácil identificar quem estava indo para o festival, pois muitos metalheads de diversos estados e até mesmo alguns países latino-americanos seguiam em massa para lá até chegar aos diversos portões de entrada espalhados. 

Enfim, cheguei ao Summer Breeze, encontrei com a minha companheira “Juliana Carpinelli” a qual é minha parceira nesta jornada para a reportagem através da Big Rock N' Roll, e resolvemos dar uma volta para conhecer a estrutura do festival e com certeza já pudemos ver muitos metalheads com diversos estilos dentro do metal, alguns até com coletes cheios de patches que lotavam as áreas abertas onde tinham Feira Geek, Horror Expo “Exposição de Horror”, praças de alimentação, bares, feira de tatuagem, palestras, loja de discos, CDs, Acessórios, Espaço Kids, Área de Descanso e Meeting Great “Sessão de Autógrafos” etc. Haviam algumas bandas tocando nos Palcos WET STAGE, HOT STAGE e SUN STAGE, então pude perceber que tudo seria ao mesmo tempo uma vez que a programação de horários das bandas já tinham sido divulgados e que teríamos que escolher o que fazer e para onde ir, “Isso sim é diversidade”, pois estávamos em um festival europeu realizado aqui na nossa casa, festival esse que naquele momento estava realizando um grande sonho de diversos metalheads pela segunda vez em seguida.


Então vamos para o primeiro dia do festival:

Infelizmente perdemos as primeiras atrações, devido a logística, mas passaram pelos palcos os suecos do Nestor, nova aposta hard rock, Cultura Tres - banda que conta com Paulo Xisto, do Sepultura, na formação - os americanos do Flotsam and Jetsam, os cariocas Clash Bulldog’s - primeira banda a se apresentar no palco Waves Stage - e Dr. Sin que apresentou um show espetacular embaixo de um sol de 30º. Edu Falaschi, sempre muito simpático, levou o público ao delírio mesmo com alguns probleminhas técnicos com os instrumentos. O setlist contou com clássicos do Angra, como "Live and Learn", "Heroes of Sand", "Spread Your Fire", "Rebirth", entre outros.

Alchemia, Black Stone Cherry, Tygers of Pan, se apresentaram na sequência, a medida que o público ia chegando ao festival, deixando os palcos superlotados. 

Foto: Marcos Hermes

Foto: Alessandra Tolc

Foto: Rapha Garcia

Foto: Alessandra Tolc

Foto: Arthur Waismann

Foto: Wellington Penilha


A primeira banda que tive o prazer de conferir foi a Norte Americana Exodus, composta por “Tom Hunting” (bateria), “Jack Gibson” (baixo), “Gar Holt” e “Lee Altus” ambas (guitarras), e “Steve Zetro” (Vocal) com seu Thrash Metal destruidor, às 15h50, tocando musicas do longo de sua carreira. O local estava lotado e não consegui o lugar perfeito, mas fiz o possível para estar o mais próximo para ouvi-las. Apresentaram clássicas como "Bonded by Blood", “Piranha” e “Deathamphetamina”, fazendo com que o público presente abrisse um gigante “Circle Pit”. Realmente foi um show cheio de energia, ainda mais com esse vocalista insano agitando a galera mais e mais. 

Foto: @raphagarcia

Foto: @raphagarcia


Logo em seguida, mal dando tempo para respirar, foi á apresentação de uma das maiores lendas vivas do Hard Rock Mundial, sim estou falando do Sebastian Bach que chegou sendo totalmente ovacionado pela multidão de fãs presentes, principalmente pelas mulheres, “Porque será né?” (risos). Sebastian se apresentou em um dos palcos principais do evento, o Hot Stage, e que não deixou nada a desejar com sua voz potente, deixando os fãs enlouquecidos. O cara é realmente bom cantando musicas antigas como “Big Guns”, “Sweet Little Sister” e “18 and Life”. O público gritava o apelido dele aqui no Brasil “Tião”, quando a fumaça branca invadia o palco ao som de “Slave to the Grind” deixando o clima mais dinâmico até fechar com a poderosa “Youth Gonne Wild”.

Foto: Marcos Hermes

Foto: Wellington Penilha


A querida banda Mr. Big trouxe a The Big Finish Tour, a turnê de despedida, ao Summer Breeze Brasil. Eric Martin (vocal), Paul Gilbert (guitarra), Billy Sheehan (baixo) e Nick D’Virgilio (bateria, ex-Spock’s Beard e Fates Warning) trouxeram seus clássicos, levando o público a fortes emoções. “Lean Into it”,  “To Be With You” e “Wild World” foram algumas das canções que levaram alguns fãs às lágrimas.

Foto: @raphagarcia

Foto: @raphagarcia


E fechamento do primeiro dia do Summer Breeze Brasil ficou por conta de nada mais nada menos que Gene Simmons Band, que como sempre é uma das maiores lendas do Rock Mundial, pois estamos falando do baixista e vocalista do KISS que subiu ao palco totalmente empolgado, pois estava lotado. Eles abriram o show com a clássica “Deuce”, “Shout It Out Loud” e na sequência a magnifica “War Machine” e destruíram com um setlist composto por todos os clássicos do KISS que todos nós amamos. Foi um show totalmente empolgante, no palco Hot Stage, o palco principal destacando os músicos muito bons, mandando clássicos e mais clássicos como “Lick it Up”, “Love Gun”, “I Was Made for Lovin’ You” e “Rock and Roll All Night” onde Gene chamou diversas mulheres para subir ao palco fazendo aquela grande festa.

Foto: Diego Padilha

Foto: Marcos Hermes


Segundo dia de festival:

Mais um dia de festival, hora de acordar cedo, preparar o visual heavy metal, tomar um belo café da manhã bem reforçado e seguir em frente.

Cheguei por volta do 12hs e já pude perceber que estava mais cheio do que o dia anterior, pois se tratava de um sábado e muitos estariam de folga para sim curtir tranquilamente o dia, esse que já fazia 30º, exatamente o que diz o nome do evento, pois estava muito quente.

Finalmente depois de longos anos de espera após sua última apresentação em 2015 os alemães do Gamma Ray entraram no mesmo palco Ice Stage, mandando logo de cara um clássico absurdo “Land of the Free” já deixando os fãs imaginando o quão seria magnífico esse show, e logo em seguida mandaram “Last Before the Storm” pra confirmar, e todos cantavam sem parar, mesmo em baixo de um sol forte colocando tudo abaixo com um dos maiores hinos da banda “Rebellion in Dreamland”. Mesmo depois de muito tempo a banda mostrou uma performance incrível, ainda mais com o guitarrista “Kay Hansen” muito carismático e sempre saldando os fãs, pois ele gosta muito do Brasil. O setlist foi composto por belas canções como “Heaven Can Wait”, “Somewhere Out in Space” e finalizaram com a matadora “Send Me a Sign”.  

Foto: Marcos Hermes

Foto: Wellington Penilha


Na sequencia no palco ao lado, o Hot Stage, recebemos uma das bandas que mais agradam seus fãs, estou falando dos suecos do Hammerfall e com seu poderoso Power Metal mandando logo de cara uma trinca destruidora “Brotherhood”, “Any Means Necessary” e “Heeding the Call". Em seguida já tocam “Hammer the Dawn”, “Blood Bound” e “Renagade”.  Joacin Cans  com sua voz aguda levava o público ao delírio, pois cantavam sem parar, os duetos de guitarra poderosos de “Oscar Dronjack” e “Pontus Noegen” , foram realmente de arrepiar. E claro que não poderia faltar uma das mais pedidas para fechar a grande apresentação da banda, a clássica “Hearts on Fire”.

Foto: Diego Padilha

Foto: Diego Padilha


A próxima banda a se apresentar no palco "Ice Stage", foi Epica exatamente no horário programado as 18h30, os holandeses voltaram a São Paulo para contagiar o público que sempre os prestigia. Confesso que tive dificultade para chegar próximo ao palco, pois estava lotado e quase não dava para passar, não havia corredores entre as pessoas. Além disso, estava muito calor, porém estamos falando de um evento de Heavy Metal, onde com certeza não ligamos para isso. As luzes do palco ascenderam e a fumaça tomou conta quando os fãs puderam ver a bela Simone Simmons soltando sua voz em “Abyss of Time – Countdown to Singularity”. A banda entregou um espetáculo não só sonoro, como também visual, utilizando diversos recursos vislumbrantes de luzes e cores. Todos estavam empolgados para tocar novamente no Brasil, eles nos amam com certeza, era nítida a fisionomia do guitarrista Mark Jansen tocando canções como “Victims of Contingency”, ”the Obsessive Devotion” e “Code of Life”. Após concluir essa sequência de músicas, Simone disse que tinha uma surpresa para os fãs e chamou ao palco Cristina Scabbia, vocalista do Lacuna Coil que havia se apresentado mais cedo, para cantar “Storm the Sorrow” deixando o público sem fôlego. A última música da apresentação foi “Consign to Oblivion”, que fechou de forma extraordinária.

Foto: Marcos Hermes

Foto: Marcos Hermes

Foto: Marcos Hermes


Within Temptation foi um dos shows mais esperados do segundo dia e antes de se apresentarem, os fãs já gritavam enlouquecidamente o nome da banda. Então logo as luzes ascenderam e a banda entrou no palco, com a vocalista Sharon Dan Adel, que utilizava um lindo vestido com a bandeira do Summer Breeze em formato de Brasil e um lindo arco em sua cabeça interpretando a bela “The Reckoning”, seguido por “Faster”, onde no telão rolava clipe de corrida de carros e “Bleed Out” para fechar a trinca. A performance estava linda demais e o público cada vez mais empolgado, ainda mais quando mandaram “Paradise (What About Us?)” onde no telão aparecia Tarja Turunen cantando em um clipe dividido em trechos.

Um momento especial chamou muito a atenção dos fãs presentes, que foi quando Sharon voltou ao palco e falou sobre a destruição da Ucrânia. Sharon disse que toda banda sente muito pelo ocorrido, desejando paz para esta nação e ofereceu a música “Raise Your Banner” erguendo a bandeira do país. Foi surreal esta homenagem, tanto que até me emocionei, mais ainda logo após esta música, pois uma fã havia passado mal no “Pit” e Sharon nem deu seguimento a próxima Música “Wireless” enquanto os bombeiros não a resgatassem, mostrando toda sua generosidade. No fim deu tudo certo com a fã e ela foi totalmente ovacionada. O show estava tão bom que eu nem havia percebido que todas as músicas que eu gosto estavam no setlist, como diversos clássicos magníficos "Stand My Ground", "Supernova", "Don’t Pray for Me", "The Cross" e "What Have You Done". Dava pra ver o público cantando e aplaudindo mais e mais. A banda ficou simplesmente de queixo caído ao ver aquele mar de gente. Sem contar com as obras primas “Never-Ending Story” acústica e a maravilhosa “Mother Earth” fechando a noite com chave de ouro.

Foto: Marcos Hermes

Foto: Marcos Hermes

Foto: Arthur Waismann


Terceiro e último dia de festival:

Hora de acordar cedo novamente, tomar banho, colocar aquele visual metal, tomar um café bem reforçado e seguir para o último dia do festival. 

Cheguei ao Summer Breeze, por volta das 12hs, aproveitei para passear pelos locais que ainda não havia passado, porém decidi comprar materiais pelo Metal Market, fazer compras de CDS, Vinis, Camisetas, acessórios e claro, tomar cerveja com bons amigos antes de ver as bandas que eu gosto.

Overkill entrou no palco Ice Stage sendo ovacionado, pois se tratava de uma das bandas de Thrash Metal mais populares e aguardadas de festival. Mesmo sendo tão cedo, o público estava insano aguardando pelo “Circle Pit” que seria inevitável. Então certamente que todos estavam em peso para prestigiar essa grande banda e com o seu potente vocalista Bobby Blitz, que já trouxe uma performance destruidora, mandando uma trinca de tirar o fôlego “Scorched”, “Bring Me the Night” e “Electric Rattlesnake”. Nesse momento o calor estava cada vez mais forte, porém ninguém ligava pra isso. O setlist levantou o público com “Coma”e “Long Time Dying’”, me surpreendendo naquela tarde, assim como a clássica “Elimination”. Realmente foi uma grande performance da banda, destaque para “Bobby” com sua voz aguda e seu jeito elétrico de correr o palco todo sem ao menos parar um segundo, fechando com a mais aguardada “Fock You”.

Foto: Diego Padilha

Foto: Diego Padilha

Foto: Diego Padilha


Pontualmente as 15h50 Carcass subiu ao palco em baixo de um sol de pelo menos 32º, isso mesmo, estava um calor infernal, mas a galera aguardava o que estava por vir, e logo de cara já mandaram  "Buried Dreams", "Kelly's Meat Emporium" e "Incarnated Solvent Abuse" levando os presentes a loucura. Todos cantavam ensandecidamente, mas o vocalista Jeff Walker apresentava desgaste físico devido ao calor, as vezes pedindo para o road jogar água em sua cabeça, chegando até mesmo a pedir desculpas para os fãs pelo ocorrido, mas ele não nos deixou na mão e seguiram firmes com o show mandando grandes clássicos como “"Tomorrow Belongs to Nobody / Death Certificate", "The Scythe's Remorseless Swing" e "Corporal Jigsore Quandary" agitando o público que não parava nenhum segundo. O encerramento ficou por conta das matadoras "Ruptured in Purulence / Heartwork" e "Tools of the Trade". 

Foto: Marcos Hermes

Foto: Marcos Hermes


Às 18h30 corri imediatamente para o palco "Ice Stage", onde o Anthrax inicia sempre deixando seu público enfurecido com seus shows, e no Summer Breeze, não foi diferente. A banda já iniciou a apresentação com peso, tocando as músicas "Among the Living", “Caught in a Mosh”, “Madhouse” e “Metal Thrashing Mad”. Já deu pra perceber que não deu nem para respirar, pois mandaram uma seguida da outra, onde se formou um gigantesco “Circle Pit”. Anthrax, não deixou a desejar em nenhum aspecto, a presença de palco, execução e qualidade de áudio estavam mais que excelentes. Joey Belladona continua nos surpreendendo com sua voz mesmo depois de ter completado seus 63 anos, época da vida onde normalmente, a voz masculina começa a apresentar certo declínio um pouco mais acentuado em relação à performance dentro do gênero do Rock e Heavy Metal. Um momento marcante foi quando o guitarrista brasileiro Andreas Kisses, do Sepultura, se juntou a banda para tocar a lendária “I am the Law” fazendo com que os fãs agitassem muito. Logo após a execução do clássico, todos gritavam seu nome e o nome de Sepultura. O show foi magnífico, ainda mais encerrando com a clássica “Indians”. 

Foto: Diego Padilha

Foto: Diego Padilha

Foto: Diego Padilha


Logo em seguida, fui para o palco “Hot Stage” para prestigiar a banda mais esperada do festival. Estou falando da lenda viva do heavy metal Mercyful Fate, liderando pelo vocalista King Diamond, Hank Shermann e Mike Wead (guitarras) e Matt Thompson (bateria, substituindo Bjarne T. Holm), além de Pontus Egberg (baixo) no lugar do saudoso Timi Hansen – a baixista Becky Baldwin (Fury) e Joey Vera (baixo, Armored Saint) também chegaram a substituir Hansen. A cortina com o nome da banda estava tomando conta do palco, pois seria uma das maiores surpresas quando começasse, e então a introdução “The Oath” fez com que a cortina caísse e a banda já estava apostos para uma performance histórica. King entrou com sua máscara e chifres de bode bem lentamente subindo as escadas onde havia um imenso pentagrama com um bode e uma cruz de ponta cabeça acima cantando a poderosa “A Corpse Without Soul” seguida de “The Jackal of Salzburg” e “Curse of the Pharaohs”. O público não conseguia ficar parado, pois cantava e agitava sem parar e eu pude perceber que todos os clássicos que eu gosto seriam executados nessa noite com a mais bela perfeição, como a bela “A Dangerous Meeting”. 

O mestre King realmente surpreendeu nesta noite com sua voz, uma apresentação para ninguém botar defeito, o visual impecável e ainda com uma cruz de ossos em seu microfone roubou a cena. Clássicos e mais clássicos agitavam os fãs novos e antigos, afinal estávamos em um show de Metal. Sem dúvida nenhuma, todos foram ao delírio quando executou a mais esperada da noite “Melissa”, tirando até mesmo lágrimas de muitos ali naquele momento. Mas não pararam por aí: uma trica destruidora foi tocada para a alegria de todos “Black Funeral, “Evil” e “Come to the Sabbath”, finalizando o Summer Breeze Brasil com a majestosa “Satan’s Fall”.

Foto: Marcos Hermes

Foto: Marcos Hermes

Foto: Marcos Hermes


Nos vemos em 2025...



Agradecimentos à Agência TAGA e produção do Summer Breeze Brasil pelo credenciamento e Memorial da América Latina pela atenção. 

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