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25 de fevereiro de 2025

Sting em São Paulo: A Apresentação impecável de uma verdadeira máquina de produzir hits

Foto: Paula Cavalcante


Sting - Parque Ibirapuera - São Paulo/SP - 16 de fevereiro de 2025


Por: Paula Cavalcante

Fotos: Paula Cavalcante (@eyeofodin.photo)


Em 1977, a cidade de Londres estava dominada pela força do movimento punk e veria surgir uma banda formada por 3 jovens que decidiram misturar rock, jazz, reggae e claro, o próprio punk para criar a que alguns anos mais tarde seria considerada uma das maiores bandas de rock da história, o The Police! 

E foi aí que o mundo viu nascer um ícone, o vocalista e baixista Sting e com ele uma onda de hits que moveriam multidões até os dias de hoje.

A banda chegou ao fim em 2008 mas Sting se manteve de pé em sua exitosa carreira solo e 8 anos após a sua última passagem pelo nosso país , o britânico retorna com a turnê 'Sting 3.0'. O local escolhido para o show em São Paulo, foi o Parque do Ibirapuera, o que se revelaria extremamente adequado em um domingo de sol escaldante - naquele momento nada poderia ser mais refrescante para o corpo e para a alma dos “stingianos “ que se aglomeravam em frente ao palco. 

Na busca por um lugar para acompanhar a apresentação, esta repórter teve a sorte de encontrar espaço ao lado de uma família que me proporcionou uma oportunidade de observação extremamente interessante. De um lado, estavam o pai e a mãe que eram fãs das antigas e do outro, os filhos que nunca haviam estado em um show do Sting antes e pelos comentários que faziam, era visível que sabiam pouco ou quase nada sobre ele.


O show: 

Sting deu o start na apresentação com "Message in a bottle" e ele definitivamente não precisa fazer muito para conquistar a audiência. "If I ever lose my fate in you" e "Englishman in New York" hipnotizou o público. Sting aproveita para dizer que está muito feliz de estar ali. 

Na sequência, Sting caminhou para o lado onde eu estava para "Every little thing she does is magic" e pude ouvir o primeiro comentário dos filhos da família: "Caramba! Que música legal!", é…sem sombra de dúvidas esse é um hit atemporal. 

E viajando aos tempos do auge da MTV, o público recebeu com olhos marejados, a belíssima "Fields of Gold". "Nossa! Parece que estou ouvindo um CD", foi mais um comentário do público e sim  a voz de Sting continua impecável em todas as suas nuances e o que seu Power Trio consegue entregar no palco é surreal. 

Dominic Miller se destacou guitarra, interagiu com o público, sorriu e trouxe uma leveza quase mágica, enquanto o baterista Chris Maas esbanjou técnica e precisão. A minha frente, uma senhora debruçada na grade acompanhou a apresentação como se estivesse assistindo a um DVD no conforto de sua sala e em momento algum se preocupou em registrar algo com o celular, o que eu particularmente considero sensacional. 

"Never coming home", “"Synchronicity II" (que não estava no setlist do show do Rio de Janeiro), "Mad about you" e "Seven Days" abraçaram a plateia.

Foto: Paula Cavalcante

Foto: Paula Cavalcante

Foto: Paula Cavalcante


A carreira solo de Sting é repleta de álbuns extraordinários e canções comoventes e "All this time" arrebatou a plateia que cantou e dançou alegremente.

"Wrapped around your finger", "Driven to tears", "Can’t stand losing you" e "Shape of my heart" vieram na sequência. 

E verdade seja dita, Sting sabe muito bem que o público estava ali para se emocionar e ouvi-lo cantar e encaixou um setlist que transitou entre todas as emoções com maestria. E se é de emocionar que estamos falando "Wrote your name (upon my heart)" e "Walking on the moon" chegaram para fazer a plateia suspirar. Era possível sentir todo um sentimento coletivo pairando no ar. 

E de repente voltaríamos a dançar e cantar loucamente com a faixa "So Lonely" e em seguida, tomar mais um gole de emoção e segurar ou não as lágrimas para a espetacular "Desert Rose". A senhora a minha frente, aquela debruçada sobre a grade, me olhou e soltou um "Eu amo essa música! É linda!" e quem seria eu para discordar? Essa também é uma canção que abre portas e janelas de lembranças boas em mim. Eu apenas sorri pra ela e concordei! 

"King of Pain" abriu caminho para uma das músicas mais esperadas da noite, o mega hit "Every breath you take". Como vocês podem imaginar, o Parque do Ibirapuera lotado cantou em coro e foi uma coisa linda de se ver. 

Nos encaminhávamos para o final e era hora de uma breve pausa. 

Até aqui, Sting entregou uma rajada de hits, interagiu com a plateia com olhares, sorrisos e expressões faciais mas sem muita conversa e passou a maior parte do tempo do lado direito do palco, o que frustrou um pouco alguns fãs que estavam à esquerda, já que tiveram raras oportunidades de ver seu ídolo mais de perto o que ele compensou acenando e jogando beijos. 

Sting retornou ao palco em seu melhor estilo com "Roxanne" e brincou com o público cantando "Roxanoooo! Roxanoooo!" e disse: "Esse era o nome do meu namorado?" O que leva todos a gargalhadas! 

E a belíssima noite seria encerrada com nada mais nada menos do que Sting e seu violão para "Fragile", perfeitamente escolhida para fechar com chave de ouro uma apresentação fenomenal. 

"E aí filha, o que achou?", disse o pai. 

"Aí pai, eu amei! É sensacional", disse a filha. 

Acho que Sting ganhou mais alguns fãs! 


E bom Sting, os 73 anos, nos presenteou com um setlist equilibrado, entre canções do The Police e de sua carreira solo e mostrou que apesar de alguns cancelamentos que ocorreram ao longo da turnê, ele continua firme e forte encantando os antigos, fazendo novos fãs aqui nesta geração e que certamente podemos ainda esperar muito mais dele. 

Foto: Paula Cavalcante

Foto: Paula Cavalcante


Considerações Adicionais:

Registro aqui meus parabéns a Live Nation pelo cuidado ao fornecer a todo momento copos de água gelada para o público que estava próximo a grade e enfrentava um forte calor.


Setlist: 

Message in a Bottle 

If I ever lose my Faith in You 

Englishman in New York 

Every Little Thing she does is magic 

Fields of Gold 

Never Coming Home 

Synchronicity II 

Mad About you 

Seven Days 

All this time 

Wrapped around your finger 

Driven to Tears 

Can’t Stand Losing You / Reggata de Blanc 

Shape of my Heart 

I wrote your name ( upon my heart ) 

Walking on the Moon 

So Lonely 

Desert Rose 

King of Pain 

Every Breath you take 


Encore: 

Roxanne 

Fragile


Agradecimento a Live Nation / Motisuki PR pelo credenciamento e atenção

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