Big Rock N' Roll - Pensou em rock, pensou Big Rock!: Stryper - Vip Station

Foto: Roberio Lima

Stryper - Vip Station - São Paulo/SP - 27 de julho de 2025

Por: Roberio Lima

Fotos Roberio Lima

Quarenta anos de historia!

O Stryper aterrissou mais uma vez em terras brasileiras para comemorar os seus quarenta anos de estrada e de ótimos serviços prestados ao Heavy Rock. O giro contemplou também outros países da América latina – como México, Colômbia, Costa Rica, Chile, Uruguai e Argentina. A banda dos irmãos Sweet, é sem sombra de dúvidas - uma das maiores representantes do que ficou conhecido como White Metal no mundo – e nesse caso, nada mais justo do que celebrar a carreira dessa lenda do rock norte americano em grande estilo! Bride (EUA) e Nárnia (Suécia), acompanharam as “abelhas do metal” nessa turnê, e o resultado não poderia ser mais profícuo. Em São Paulo, as três bandas se apresentaram no Vip Station, e os detalhes; o raríssimo leitor poderá conferir nas próximas linhas.

Um domingo a tarde com temperatura agradável - por isso - grande parte do público chegou horas antes da liberação do acesso a casa de show, pois a intenção era não perder nenhum detalhe do que aconteceria dali a alguns instantes no interior do Vip Station. Sendo assim, pudemos testemunhar um aumento gradativo da fila - que foi tomando conta da Rua Gibraltar – e que ficou prestes a “desaguar” na movimentada avenida João Dias. Sim meus amigos, já na abertura dos portões, era possível constatar que teríamos casa cheia naquela noite!

Com grande parte do público ocupando rapidamente a maior parte dos espaços do Vip Station, eram feitos os últimos ajustes no palco para que o Bride desse início ao seu show, e muitos ali, aguardavam com ansiedade o aquela apresentação. Os americanos estiveram no país em 2024 em turnê com o Petra - outra lenda do Rock Cristão – fato esse que evidência a identificação do público brasileiro com as bandas de White Metal. Mas a relação da banda com o país é tão estreita, que conta em sua formação atual com dois músicos brasileiros. São eles o baixista Nenel Lucena e o batera Alexandre Aposan. O espaço reduzido no palco não foi um obstáculo para que a banda tocasse em potência máxima seu set, e já no início da apresentação, mandaram dois sons do álbum “Snakes in the Playground”, lançado me 1992. “Rattlesnake” e “Would you Die For Me” fizeram com que o publico acompanhasse atentamente a performance da banda. Outros discos, como “Scarecrow Messiah” de 1994 e o “Kinetic Faith” de 1991 foram revisitados pelos músicos e recebidos com entusiasmo pelo publico do ‘gargarejo’. Os irmãos Dale Thompson (vocal) e Troy Thompson (guitarra) seguem firmes e com todo gás, divulgando o mais recente trabalho de estúdio; “Vipers and Shadown” - vigésimo trabalho dos caras - fato que comprova que a banda está a todo vapor! O tempo passou rapidamente, e o último ato se deu com “Heroes”; escolha acertada para um final mais que positivo. É possível afirmar que essa não será a última visita do Bride ao Brasil - principalmente se considerarmos a receptividade do público. Foi uma grande apresentação em uma noite que estava apenas começando!

Bride – setlist:

Rattlesnake

Would You Die For Me

Beast

A Million Miles

Everybody Knows My Name

Scarecrow

Psychedelic Super Jesus

Heroes

Foto: Roberio Lima

O Nárnia foi a segunda banda a subir no palco, e o clima não demorou a esquentar com o Power Metal cativante praticado pelos suecos. Christian Rivel-Liljegren (vocal), era visivelmente o mais empolgado com a oportunidade de tocar novamente no país. O publico por sua vez, retribuiu o carinho cantando todas as músicas do set com a banda. Com o equipamento do Stryper já devidamente montado no palco, os músicos iam se revezado para estabelecer uma performance mais solta do grupo no espaço reduzido.

Os caras deram início ao set com “Rebel”, canção do álbum “Ghost Town” (2023). Anders Köllerfors (bateria), Martin Härenstam (teclado), Jonatan “Jono” Samuelsson (baixo) e os fundadores e CJ Grimmark (guitarra) e o já mencionado Christian; foram muito assertivos com a escolha do set e conseguiram ate incluir “Ocean Wilde” – que sairá oficialmente no próximo álbum – e que tem lancançamento programado para 2026. Quando o frontman Christian anunciou que tocariam “Vida Longa Rei”, titulo que em inglês, remete ao nome “Long Live The King” – este que é o título do segundo album lançado pelos músicos em 1998 – o publico cantou de forma entusiasmada – e tinham muitos fãs da banda, como foi possível comprovar no decorrer da apresentação. “O tiro final” do repertório, teve a canção “I Still Believe, que contou novamente Como apoio em massa da audiência. Saíram do palco o acionados e prometendo retornar em breve ao pais.

Setlist Narnia:

Rebel

No More Shadows From the Past

You Are the Air that I Breath

MNFST

Ocean Wide

Long Live the King

I Still Believe

Living Water

Foto: Roberio Lima

O momento mais esperado da noite estava prestes a se materializar – e pontualmente as 20 horas, os músicos se posicionaram no palco para reproduzir os grandes clássicos da banda. A primeira “pedrada” veio em forma de “I.G.W.T” do álbum “Reborn”, lançado em 2005, que foi seguida por “Revelation” do disco “More Hell to Pay” de 2013. Ao términos dessa canção, Michael Sweet, conversou com o publico rapidamente e emendou dois clássicos que marcaram a geração daqueles que viveram a época em que os videoclipes do Stryper figuravam na programação da “saudosa” MTV. A ‘dobradinha’ de “Calling You” e “Free” deu aquele frio inevitável na barriga, por perceber que o tempo está passando rápido demais... “Sorry” do álbum “God Damn Evil” de 2018, figurou no set de forma brilhante, e em minha modesta opinião, já é um clássico!

O saudosismo embebido de nostalgia, predominou entre os sentimentos desse que vos escreve, pois não houve uma única música ruim no setlist desse show, e é óbvio que os clássicos ‘sagrados’ da banda “Soldiers Under Command” e “To Hell With the Devil” figuraram entre os momentos marcantes da noite. Para essa turnê, o guitarrista Howie Simon, foi escalado para substituir Oz Fox, que precisou de afastar da banda por questões de saúde - o carismático Perry Richardson (baixo), completa a formação. Passados quarenta anos, podemos afirmar que Michael e Robert Sweet, estão em ótima forma, e isso nos dá a certeza de que ainda irão seguir firmes por muito mais tempo na cena. O show foi fantástico e o setlist perfeito. Diante disso, não há muito mais a dizer, só agradecer ao “Deus “ por mais essa graça alcançada. Amém!