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10 de setembro de 2014

“É normal pagar R$ 10 por dois chopes e caro desembolsar R$ 15 por um disco”, diz Sérgio Britto, do Titãs, que apresenta novo disco em SP

“Como a gente queria usar essas máscaras, tinha de fazer um som que justificasse isso”, brinca Paulo Miklos, que em parceria com Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto, apresenta o show de Nheengatu, novo disco do Titãs, em São Paulo, no próximo sábado, 13. Desde o lançamento do clipe de “Fardado”, a banda paulistana faz uma parte da apresentação usando máscaras e pinturas no rosto. Após o resgate do seminal Cabeça Dinossauro, que rendeu uma turnê e o lançamento de um DVD ao vivo, o Titãs volta a pegar pesado tanto nas guitarras quanto nas críticas sociais. O novo disco da banda, Nheengatu, não só retoma a acidez deixada de lado pelo grupo nos últimos álbuns – Sacos Plásticos (2009) e Como Estão Vocês? (2003) – como é uma resposta ao momento político do Brasil. E a própria banda parece sentir isso.
A confiança com o novo trabalho é refletida no palco. No novo show, são apresentadas cerca de dez faixas novas – a maior parte, logo de cara, abrindo o setlist. “É bom de tocar ao vivo”, comenta Britto. Uma coragem para enfrentar os fãs mais xiitas, sedentos por clássicos que tocaram a exaustão nas rádios, desde os anos 1980, quando o Titãs começou.
O show de Nheengatu, entretanto, não abre espaço para baladas – sem “Epitáfio”, “Enquanto Houver Sol” ou “É Preciso Saber Viver”. Do interminável cancioneiro do grupo são resgatadas “AA UU”, “Polícia”, “Bichos Escrotos” e “Cabeça Dinossauro”, de Cabeça Dinossauro, além de “Diversão”, “32 Dentes” e “Desordem”, entre outras, fazendo a atmosfera de Nheengatu ainda mais intensa.



Fonte: Rolling Stone Brasil

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